sábado, 29 de setembro de 2007
É tão giro ser católico!
Noticia a BBC que Francisco Chimoio, arcebispo de Maputo e líder da Igreja Católica em Moçambique, afirma que os preservativos fabricados na Europa «são deliberadamente infectados com o vírus da SIDA» e que, como se não bastasse, até alguns medicamentos destinados a combater a doença são falsificados, unicamente com o objectivo de «exterminar rapidamente o povo africano».
Tudo isto porque, como é óbvio, o piedoso arcebispo não pretende nada mais que, independentemente da sua religião, todos os moçambicanos lhe dêem ouvidos – sendo certo que cerca de 17,5% dos moçambicanos são católicos – e impedir assim que usem preservativo quando têm relações sexuais, apesar de bem saber que essa é a forma mais eficaz que actualmente se conhece de combater a propagação desta autêntica peste dos nossos dias, desta imensa pandemia que é a SIDA.
De facto, é muito giro ser católico: num país em que mais de 16% da população está já infectada com HIV e onde todos os dias, dia após dia, são infectadas mais 500 pessoas, está acima de qualquer qualificação um energúmeno imbecil que obedece cegamente a uma determinação hierárquica autenticamente assassina, e que dá mais importância a um dogma religioso cretino e revoltante do que à própria vida humana.
É mesmo muito giro ser católico.
Mas, mais giro ainda do que ser católico, é saber que tudo isto acontece e, apesar disso, ser católico... «mesmo assim»!...
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Mesmo para gente de fé...
...esta vida são dois dias!...
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Quando um gajo perde a paciência...
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Um Pequeno Filme Policial
sábado, 22 de setembro de 2007
Anúncio de Jornal
Um belo dia apareceu num jornal o seguinte anúncio:
«ALUGO CASA, MAS SÓ A CRISTÃOS»
No dia seguinte, apareceu um interessado.
O dono da casa, muito mal educado, atende-o:
- O que é que o senhor quer?
- Eu quero alugar uma casa!
- Pronto, está bem! E como é que se chama?
- David.
- David quê?
- David Elias!
- Nã, nã, nã! Eu não alugo a minha casa a judeus! Só a cristãos!
- Tudo bem, eu sou judeu, mas também sou cristão...
- Que é isso, homem? Pensa que eu sou parvo? Não há judeus cristãos!
- Mas eu garanto-lhe! Sou judeu e sou cristão!
Perante a insistência, o dono da casa diz:
- Ah, é? Então vou fazer-lhe um teste. Vamos lá a ver se você é mesmo cristão: o que é que há dentro de uma Igreja Católica ?
- A sacristia.
- E que mais ?
- Há o crucifixo, o sacrário, o altar, o confessionário...
- Muito bem... então diga lá de quem é Jesus, filho?
- De José.
- E de quem mais?
- Da Virgem Maria...
- E onde nasceu Jesus?
- Em Belém!
- Eu sei que foi em Belém! Eu quero saber é o local... a casa.
- Não era uma casa, era uma gruta e ele nasceu numa manjedoura.
- Certo. Até aqui tudo bem. Mas então diga-me lá: e porque é que Jesus nasceu numa gruta e numa manjedoura ?
- Porque já naquela época, existiam filhos da puta como você, que não alugam casas a judeus!
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Uma Pequena Diferença
É, de facto, de uma tristeza confrangedora depararmos com alguém que precisa de recorrer à «fé», à religião e à irracionalidade mais néscia para vivenciar sentimentos de compaixão ou de amor, ou para ter uma simples noção de estética.
E que, por isso mesmo, não sabe que a Filosofia só começa precisamente onde acaba a religião.
E que, entre os delírios das suas alucinações místicas, nem sequer faz a mínima ideia daquilo que é mais do que óbvio:
- «Que a teologia não é mais do que um ramo da ignorância».
Que pensar de alguém que precisa de recorrer à «Fé» num judeu analfabeto que há dois mil anos se passeou a iludir os incautos pelos desertos do Médio Oriente (e que, depois de ter sido transformado em Deus, parece tê-los transformado, em sua honra, num gigantesco mar de sangue) para somente então poder «amar o próximo como a si mesmo», e que não é capaz de o fazer só por si mesmo, como uma pessoa que se define pelos seus próprios valores (e não pelos valores copiados de um Deus imbecil e tarado sexual) numa base simplesmente ética e racional?
Foi a pensar nisto que fui buscar esta pequena citação de «O Fim da Fé» de Sam Harris:
«Existem várias designações para as pessoas que têm muitas crenças para as quais não possuem uma justificação racional.
«Quando as suas crenças são muito comuns chamamos-lhes «religiosas»; caso contrário apelidamo-as de «loucas», «psicóticas» ou «delirantes».
Que pensar de alguém que precisa de recorrer à «Fé» num judeu analfabeto que há dois mil anos se passeou a iludir os incautos pelos desertos do Médio Oriente (e que, depois de ter sido transformado em Deus, parece tê-los transformado, em sua honra, num gigantesco mar de sangue) para somente então poder «amar o próximo como a si mesmo», e que não é capaz de o fazer só por si mesmo, como uma pessoa que se define pelos seus próprios valores (e não pelos valores copiados de um Deus imbecil e tarado sexual) numa base simplesmente ética e racional?
Foi a pensar nisto que fui buscar esta pequena citação de «O Fim da Fé» de Sam Harris:
«Existem várias designações para as pessoas que têm muitas crenças para as quais não possuem uma justificação racional.
«Quando as suas crenças são muito comuns chamamos-lhes «religiosas»; caso contrário apelidamo-as de «loucas», «psicóticas» ou «delirantes».
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Citações de Ateus Famosos
O «Texas Observer» noticia que Rick Perry, o Governador do Estado do Texas, um conhecido fanático fundamentalista cristão, defensor e crente acérrimo do «Inteligent Design» (esse tão piedoso eufemismo para o «Criacionismo»), nomeou recentemente para director do «Conselho de Educação Estadual» um ilustre correligionário seu de nome Don McLeroy que, tal como ele, acredita (entre outras coisas) que o mundo foi criado em seis dias e há pouco mais de 6.000 anos.
Esta nomeação é interpretada como uma reacção à derrota política que a facção mais fanática e radical daquele Conselho de Educação sofreu em 2003, quando não conseguiu fazer incluir o «Criacionismo», a par do Evolucionismo, no estudo das disciplinas de ciências e de biologia de todas as escolas e Universidades do Estado do Texas.
Mas é também vista como um reforço da posição e da influência dos criacionistas naquele mesmo Conselho, o que faz temer que em breve aquelas almas piedosas possam conseguir os seus intentos, e que tornem o “estudo” do «Criacionismo» obrigatório em todo o Texas.
Seja a par do Evolucionismo seja até (se for feita a vontade às facções mais radicais), em sua completa substituição!
*
Foi precisamente a propósito desta notícia que me lembrei, e que aqui deixo, este citação de Sam Harris (numa tradução como de costume um pouco livre) retirada do seu livro (que se seguiu ao extraordinário «The End Of Faith) «Letter To A Christian Nation»:
«Um dos maiores desafios com que a nossa civilização se depara neste século XXI consiste na necessidade de que todos os seres humanos aprendam a falar livremente das suas mais profundas preocupações – seja sobre a ética, seja sobre as suas experiências espirituais, seja até sobre a própria inevitabilidade do sofrimento humano – mas de uma forma que não seja flagrantemente irracional.
«É por isso que precisamos desesperadamente de uma opinião pública que encoraje o pensamento crítico e a honestidade intelectual.
«Mas, o que é verdade, é que neste momento nada impede mais a concretização desse objectivo do que o respeito e a tolerância que propiciamos à fé religiosa».
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
O Circo
Toda a gente está habituada a ver cerimónias públicas de inaugurações de tudo e mais alguma coisa, seja de uma ponte, de uma escola, de um hospital, seja até de um pequeno troço de estrada.
O que é que havemos de fazer? É assim que se faz em todo o mundo e já faz naturalmente parte da vida política.
A coreografia deste autêntico CIRCO é quase sempre a mesma: convidam-se umas autoridades locais e conta-se sempre que apareçam por ali alguns curiosos de circunstância a fazer número, não vá a coisa dar para papar uns croquetes ou uns rissóis.
E lá continua o circo: com um atraso convenientemente estudado lá chega o ministro – e às vezes até o Primeiro-ministro.
Todos fazem um ar de cerimónia e trocam-se apertos de mão com ar muito circunspecto. Algumas pessoas fazem uma pose de arrogância orgulhosa e altaneira quando apertam a mão ao ministro ou ao Secretário de Estado e olham em volta para ver se toda a gente viu bem.
Depois, como é costume, destapa-se uma placa de mármore com umas coisas escritas para a posteridade.
Mas o circo nunca fica completo sem os habituais discursos: todos protocolarmente na sua vez rapam de uns papéis e pregam uma seca tremenda a toda a gente, com as costumeiras duas ou três dúzias de banalidades que obviamente ninguém ouve.
A fotografia aqui ao lado representa mais um desses circos: desta vez trata-se da inauguração de um coisa que se pode ler na placa que está na parede que é o «Centro Escolar de São Martinho de Mouros».
Depois, como é costume, destapa-se uma placa de mármore com umas coisas escritas para a posteridade.
Mas o circo nunca fica completo sem os habituais discursos: todos protocolarmente na sua vez rapam de uns papéis e pregam uma seca tremenda a toda a gente, com as costumeiras duas ou três dúzias de banalidades que obviamente ninguém ouve.
A fotografia aqui ao lado representa mais um desses circos: desta vez trata-se da inauguração de um coisa que se pode ler na placa que está na parede que é o «Centro Escolar de São Martinho de Mouros».
As primeiras pessoas que reconhecemos são o Primeiro-ministro José Sócrates e a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.
Mas alguém, certamente muito ciente das suas responsabilidades administrativas, resolveu tornar este circo mais completo.
E lá terá pensado que um circo nunca está completo, nunca é perfeito sem, está bom de ver, um belo número de... palhaços.
Vai daí, resolveu convidar o palhaço que se vê à esquerda na fotografia.
E o palhaço lá apareceu, encafuado numas vestes brancas muito vincadinhas, e com um cachecol com umas merdas douradas pintadas a toda a volta.
Devia estar por ali calor dos diabos, porque se nota perfeitamente que o coitado do palhaço está a suar como se tivesse descido aos infernos.
Para fazer o seu número circense e fazer soltar umas boas gargalhadas a toda a malta – afinal é essa a sua profissão – o palhaço de serviço teve uma excelente ideia: como aquilo era uma cerimónia oficial de um Estado que é laico por imposição constitucional, primeiro resolveu fazer uns malabarismos com as mãos como se daquilo resultasse alguma coisa.
Mas alguém, certamente muito ciente das suas responsabilidades administrativas, resolveu tornar este circo mais completo.
E lá terá pensado que um circo nunca está completo, nunca é perfeito sem, está bom de ver, um belo número de... palhaços.
Vai daí, resolveu convidar o palhaço que se vê à esquerda na fotografia.
E o palhaço lá apareceu, encafuado numas vestes brancas muito vincadinhas, e com um cachecol com umas merdas douradas pintadas a toda a volta.
Devia estar por ali calor dos diabos, porque se nota perfeitamente que o coitado do palhaço está a suar como se tivesse descido aos infernos.
Para fazer o seu número circense e fazer soltar umas boas gargalhadas a toda a malta – afinal é essa a sua profissão – o palhaço de serviço teve uma excelente ideia: como aquilo era uma cerimónia oficial de um Estado que é laico por imposição constitucional, primeiro resolveu fazer uns malabarismos com as mãos como se daquilo resultasse alguma coisa.
Chegou mesmo a desenhar no ar algumas rectas perpendiculares umas às outras sobre tudo aquilo que via à sua frente.
Mas nada!
Depois, como nada tinha resultado dos misteriosos e esotéricos acenos, resolveu pôr-se a imitar uma cerimónia mitológica antiga, inventada no Médio Oriente há uma porrada de anos, com invocações a espíritos, a entidades místicas e até a um gajo judeu, só porque, ao que parece, o desgraçado morreu crucificado aqui há coisa de dois mil anos.
Mas a malta, sempre com aquele ar muito sério, nada de se rir.
Provavelmente porque ninguém estava a ver onde é que o raio do palhaço queria chegar com aquela história de falar de desgraças, de mortes e do coitado do judeu crucificado, numa inauguração oficial de um estabelecimento de ensino do Estado. E ainda por cima de um Estado laico!
Com um profissionalismo digno de nota, o palhaço fez mais um esforço e tentou outra coisa: desta vez resolveu pegar num livro com descrições de grandes batalhas travadas há três ou quatro mil anos, de morticínios vários perpetrados pelas entidades mitológicas que já tinha antes invocado e com ameaças de morte por apedrejamento a qualquer pessoa acusada de bruxaria ou que ouse ser homossexual, adúltero, apóstata, blasfemo ou até que trabalhe ao sábado.
Coitado do palhaço, era a sua última tentativa: fez umas leituras do livro mas, uma vez mais... nada!
Mas nada!
Depois, como nada tinha resultado dos misteriosos e esotéricos acenos, resolveu pôr-se a imitar uma cerimónia mitológica antiga, inventada no Médio Oriente há uma porrada de anos, com invocações a espíritos, a entidades místicas e até a um gajo judeu, só porque, ao que parece, o desgraçado morreu crucificado aqui há coisa de dois mil anos.
Mas a malta, sempre com aquele ar muito sério, nada de se rir.
Provavelmente porque ninguém estava a ver onde é que o raio do palhaço queria chegar com aquela história de falar de desgraças, de mortes e do coitado do judeu crucificado, numa inauguração oficial de um estabelecimento de ensino do Estado. E ainda por cima de um Estado laico!
Com um profissionalismo digno de nota, o palhaço fez mais um esforço e tentou outra coisa: desta vez resolveu pegar num livro com descrições de grandes batalhas travadas há três ou quatro mil anos, de morticínios vários perpetrados pelas entidades mitológicas que já tinha antes invocado e com ameaças de morte por apedrejamento a qualquer pessoa acusada de bruxaria ou que ouse ser homossexual, adúltero, apóstata, blasfemo ou até que trabalhe ao sábado.
Coitado do palhaço, era a sua última tentativa: fez umas leituras do livro mas, uma vez mais... nada!
Ninguém se riu!
Nem ninguém sequer percebeu onde é que o raio do palhaço queria chegar com as leituras daquela porcaria daquele livro pejado de homofobia, de misoginia, de medo, de ódio e de morte, numa inauguração oficial de um estabelecimento de ensino do Estado.
Uma autêntica desgraça!
Até já toda a gente estava um pouco constrangida com tudo aquilo; basta reparar no ar encolhido da ministra da Educação, que até parece que está aflita para ir à casa de banho.
E é então que o próprio Primeiro-ministro em pessoa, decerto cheio de comiseração por aquele seu concidadão em apuros, e que estava ali à frente de toda a gente a fazer aquelas tristes figuras, resolveu ajudá-lo.
Num gesto de magnânima solidariedade por aquele profissional circense em apuros, uma atitude que só está ao alcance de alguns políticos de excepção, o nosso Primeiro-ministro resolveu ajudar o palhaço e pôs-se a acompanhá-lo no seu número de circo.
Apesar de bem saber que estava ali em representação de um Estado que é laico por imposição constitucional, e que tudo aquilo não era mais do que uma inauguração oficial de um estabelecimento de ensino do Estado, José Sócrates borrifou-se nisso tudo e acorreu em auxílio daquele cidadão, daquele pobre trabalhador português, daquele palhaço em dificuldades.
Notável!
Vai daí, pôs-se a imitar, ao mesmo tempo que ele, os gestos circenses do palhaço.
A fotografia mostra claramente o Primeiro-ministro quando tentava fazer rir todos os presentes juntamente com o palhaço.
Nesta ocasião o Primeiro-ministro apontava com as pontas dos dedos da mão direita para partes diferentes do seu corpo, nos ombros, na testa e na barriga, enquanto ao mesmo tempo invocava espíritos e recitava uma ladainha mitológica cheia de um misterioso significado místico.
Mas nem assim!
Ninguém esboçou sequer um sorriso!
Foi de tal modo, estava toda a gente tão embaraçada, que mal terminaram os discursos foi decidido acabar com aquele pobre espectáculo de circo logo ali.
Enfim, e numa palavra, com dois palhaços e tudo, foi um desastre.
Foi um autêntico fiasco de um circo!
Pois é.
E a moral da história é esta:
É que quando aparecem palhaços para actuar numa qualquer cerimónia oficial do Estado, o que acontece é que aquilo já não é cerimónia oficial e já não é circo, nem é nada.
- Passa a ser uma pura e simples... palhaçada!!!
Nem ninguém sequer percebeu onde é que o raio do palhaço queria chegar com as leituras daquela porcaria daquele livro pejado de homofobia, de misoginia, de medo, de ódio e de morte, numa inauguração oficial de um estabelecimento de ensino do Estado.
Uma autêntica desgraça!
Até já toda a gente estava um pouco constrangida com tudo aquilo; basta reparar no ar encolhido da ministra da Educação, que até parece que está aflita para ir à casa de banho.
E é então que o próprio Primeiro-ministro em pessoa, decerto cheio de comiseração por aquele seu concidadão em apuros, e que estava ali à frente de toda a gente a fazer aquelas tristes figuras, resolveu ajudá-lo.
Num gesto de magnânima solidariedade por aquele profissional circense em apuros, uma atitude que só está ao alcance de alguns políticos de excepção, o nosso Primeiro-ministro resolveu ajudar o palhaço e pôs-se a acompanhá-lo no seu número de circo.
Apesar de bem saber que estava ali em representação de um Estado que é laico por imposição constitucional, e que tudo aquilo não era mais do que uma inauguração oficial de um estabelecimento de ensino do Estado, José Sócrates borrifou-se nisso tudo e acorreu em auxílio daquele cidadão, daquele pobre trabalhador português, daquele palhaço em dificuldades.
Notável!
Vai daí, pôs-se a imitar, ao mesmo tempo que ele, os gestos circenses do palhaço.
A fotografia mostra claramente o Primeiro-ministro quando tentava fazer rir todos os presentes juntamente com o palhaço.
Nesta ocasião o Primeiro-ministro apontava com as pontas dos dedos da mão direita para partes diferentes do seu corpo, nos ombros, na testa e na barriga, enquanto ao mesmo tempo invocava espíritos e recitava uma ladainha mitológica cheia de um misterioso significado místico.
Mas nem assim!
Ninguém esboçou sequer um sorriso!
Foi de tal modo, estava toda a gente tão embaraçada, que mal terminaram os discursos foi decidido acabar com aquele pobre espectáculo de circo logo ali.
Enfim, e numa palavra, com dois palhaços e tudo, foi um desastre.
Foi um autêntico fiasco de um circo!
Pois é.
E a moral da história é esta:
É que quando aparecem palhaços para actuar numa qualquer cerimónia oficial do Estado, o que acontece é que aquilo já não é cerimónia oficial e já não é circo, nem é nada.
- Passa a ser uma pura e simples... palhaçada!!!
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
O «Dalai Lama» ou «Quando uma reputação nos precede»
O «Dalai Lama» anda por aí!
O «Dalai Lama», ou «O Grande Lama» ou ainda «O Oceano de Sabedoria», é o título de um senhor de nome Tenzin Gyatso que é, de facto, um gajo muito porreiro.
E é essa, de facto, a reputação que o precede.
E tem tudo para o ser:
Para já, tem aquele aspecto simpático, risonho e afável, e ainda por cima aquela curiosa contradição entre as suas vestes de monge e uns óculos aparentemente grandes demais para a sua cara.
Depois, o «Dalai Lama» prega os belíssimos valores do Budismo, como a comunhão pacífica e universal de todos os seres vivos, a compaixão, a tolerância, o amor e a bondade.
E ainda por cima defende a relação harmoniosa entre todas as religiões, baseada na compreensão e respeito mútuos.
Não podia ser melhor!
Até 1950 o «Dalai Lama» foi o líder político e espiritual do Tibete, ano que este país foi invadido e ocupado pela República Popular da China.
Seguiu-se uma carnificina indiscritível da população tibetana por parte das tropas chinesas, e uma perseguição racial e xenófoba que dura até aos dias de hoje.
Apesar disso, durante os primeiros anos foi-se organizando um movimento de resistência à ocupação chinesa financiado abertamente pelos Estados Unidos, pelo menos até 1959.
Nesse ano, após uma tentativa falhada de rebelião contra o exército chinês de ocupação, e que liderou pessoalmente, o «Dalai Lama», foi forçado a abandonar o Tibete disfarçado de simples soldado, e vive agora exilado na Índia.
Desde então tem dedicado toda a sua vida não só a proclamar os valores do Budismo, como também a chamar a atenção de todo o mundo para a causa tibetana e para os horrores do autêntico holocausto que tem sido a ocupação chinesa.
Refere-se a si próprio humildemente como «um simples monge budista» e é recebido com um entusiasmo solidário em todos os países que visita onde lhe chamam «o monge peregrino».
Em 1989 Tenzin Gyatso foi agraciado com o Prémio Nobel da Paz, pela sua defesa e luta pacífica contra a invasão chinesa e pela total autonomia de Lhasa em relação a Pequim.
Não há dúvida: O «Dalai Lama», é realmente um gajo porreiro!
É um gajo tão porreiro, que quando o Governo português e o Presidente da República se recusaram a recebê-lo oficialmente todos os partidos da oposição em coro gritaram indignados: o PSD acusou o Primeiro-ministro de ceder às pressões da China, embora curiosamente se tenha recusado a comentar a posição do Presidente; o Bloco de Esquerda lamentou que o Governo não tenha aproveitado a oportunidade desta visita para organizar um debate sobre os direitos humanos no Tibete e o CDS acusou-o de ter dois pesos e duas medidas.
Só o PCP não se manifestou, decerto para não embaraçar a delegação chinesa presente na «Festa do Avante».
De facto, o Partido Comunista Português é o único partido político português que não condenou a invasão e a ocupação chinesa do Tibete, nem nunca criticou, ou sequer se pronunciou, sobre as inenarráveis carnificinas que regularmente nos são noticiadas.
Até Ana Gomes criticou o Governo e o inefável D. Januário Torgal Ferreira comparou a ocupação do Tibete à ocupação de Timor pela Indonésia.
Até 1950 o «Dalai Lama» foi o líder político e espiritual do Tibete, ano que este país foi invadido e ocupado pela República Popular da China.
Seguiu-se uma carnificina indiscritível da população tibetana por parte das tropas chinesas, e uma perseguição racial e xenófoba que dura até aos dias de hoje.
Apesar disso, durante os primeiros anos foi-se organizando um movimento de resistência à ocupação chinesa financiado abertamente pelos Estados Unidos, pelo menos até 1959.
Nesse ano, após uma tentativa falhada de rebelião contra o exército chinês de ocupação, e que liderou pessoalmente, o «Dalai Lama», foi forçado a abandonar o Tibete disfarçado de simples soldado, e vive agora exilado na Índia.
Desde então tem dedicado toda a sua vida não só a proclamar os valores do Budismo, como também a chamar a atenção de todo o mundo para a causa tibetana e para os horrores do autêntico holocausto que tem sido a ocupação chinesa.
Refere-se a si próprio humildemente como «um simples monge budista» e é recebido com um entusiasmo solidário em todos os países que visita onde lhe chamam «o monge peregrino».
Em 1989 Tenzin Gyatso foi agraciado com o Prémio Nobel da Paz, pela sua defesa e luta pacífica contra a invasão chinesa e pela total autonomia de Lhasa em relação a Pequim.
Não há dúvida: O «Dalai Lama», é realmente um gajo porreiro!
É um gajo tão porreiro, que quando o Governo português e o Presidente da República se recusaram a recebê-lo oficialmente todos os partidos da oposição em coro gritaram indignados: o PSD acusou o Primeiro-ministro de ceder às pressões da China, embora curiosamente se tenha recusado a comentar a posição do Presidente; o Bloco de Esquerda lamentou que o Governo não tenha aproveitado a oportunidade desta visita para organizar um debate sobre os direitos humanos no Tibete e o CDS acusou-o de ter dois pesos e duas medidas.
Só o PCP não se manifestou, decerto para não embaraçar a delegação chinesa presente na «Festa do Avante».
De facto, o Partido Comunista Português é o único partido político português que não condenou a invasão e a ocupação chinesa do Tibete, nem nunca criticou, ou sequer se pronunciou, sobre as inenarráveis carnificinas que regularmente nos são noticiadas.
Até Ana Gomes criticou o Governo e o inefável D. Januário Torgal Ferreira comparou a ocupação do Tibete à ocupação de Timor pela Indonésia.
E não resistindo uma vez mais a meter-se na política, criticou igualmente o Governo embora, estranhamente, também ele não se tenha referido ao Presidente da República.
É curiosa esta comparação (que é, de facto, bem real) da ocupação chinesa com a ocupação indonésia.
Mas o que é mais curioso é que nunca ninguém se tenha lembrado de apelar ao boicote dos produtos feitos na China, quando ainda deve estar na memória de todos o boicote febril a tudo quanto viesse da Indonésia durante os últimos anos da ocupação de Timor.
Mas, dizia eu, que é inegável que o «Dalai Lama» é um gajo porreiro.
O pior é aquilo que nunca é dito, que nunca é comentado ou que simplesmente as pessoas desconhecem ou fingem desconhecer.
Mas, para já, é bom que fique bem claro que tudo, mas mesmo TUDO, seria preferível aos horrores da ocupação chinesa do Tibete.
Mas do que aqui se trata não é de comparações, mas da simples menção e comentário, primeiro a uma realidade e depois, separadamente, a uma outra absolutamente distinta.
Repito: nada se pode comparar ao massacre de centenas e centenas de milhar de pessoas.
O que se passa é que sob o domínio político e espiritual de Tenzin Gyatso, esse «gajo porreiro» que é o «Dalai Lama», o Tibete estava muito longe de ser um mar de rosas.
Por outras palavras, não era exactamente no Tibete que ficava o «Shangri-La»!
Até à sangrenta invasão chinesa, o que é facto é que Tenzin Gyatso governava o Tibete sob uma mão de ferro, numa feroz ditadura simultaneamente temporal e espiritual.
Durante o seu domínio, este e os anteriores «Dalai Lamas» transformaram o Tibete numa teocracia irracional, e durante mais de 500 anos impuseram ao povo tibetano (que obviamente nenhuma palavra tem a dizer sobre o assunto, muito menos votar), um Chefe de Estado, precisamente o «Dalai Lama», cuja «legitimidade» lhe advém de ser nada mais nada menos do que a «reencarnação» do «Dalai Lama» anterior.
E durante meio milénio, quem se atrevesse a contestar esta irracionalidade era perseguido e enclausurado, frequentemente por toda a vida.
Obviamente que a escolha ou a descoberta do «reencarnado», que então passava a ser o novo «Dalai Lama» era feita por métodos "tradicionais" e ultra-secretos completamente inacessíveis ao povo, por uma clique autoritária de monges.
Por isso, e para quem tiver curiosidade em saber como é que este gajo porreiro que é o Tenzin Gyatso era o Chefe de Estado do Tibete à data da invasão chinesa, e de onde lhe veio a legitimidade para o desempenho de tão alto cargo, agora já sabe: Tenzin Gyatso foi escolhido por uma elite de monges por ser a reencarnação do «Dalai Lama» anterior.
Aliás, era precisamente da mesma forma que o «Panchen Lama» uma espécie de primeiro-ministro do Tibete era também escolhido: por ser também a «reencarnação» do seu antecessor.
Como curiosidade, diga-se ainda que em 1995, e apesar de estar no exílio, o nosso amigo «Dalai Lama», nomeou como actual primeiro-ministro do Tibete, ou «Panchen Lama», por precisamente lhe reconhecer a qualidade de ser a reencarnação do primeiro-ministro anterior, um sujeito de nome Gedhun Choekyi Nyima, que era na ocasião uma criança... de 6 anos de idade!
A teocracia imposta no Tibete pelos sucessivos «reencarnados» chegava ao ponto de legislar e determinar ao povo a frequência, a forma e até as posições em que deviam ter relações sexuais, e tudo aquilo que deviam comer e a forma de o cozinhar.
Contudo, esta «ditadura culinária» tinha uma razão de ser bastante lógica e uma explicação por demais simples:
É que por todo o Tibete pululava uma elite ociosa de monges, que ora se recolhiam no escurinho dos mosteiros, todos muito juntinhos uns aos outros e com uma afabilidade e um carinho entre eles que não pode deixar de ser realçada, todos eles a meditar, claro está, ora andavam por ali pelas ruas sem nada para fazer, coitados.
Ora, e como toda a gente sabe, um monge não é de ferro!
É curiosa esta comparação (que é, de facto, bem real) da ocupação chinesa com a ocupação indonésia.
Mas o que é mais curioso é que nunca ninguém se tenha lembrado de apelar ao boicote dos produtos feitos na China, quando ainda deve estar na memória de todos o boicote febril a tudo quanto viesse da Indonésia durante os últimos anos da ocupação de Timor.
Mas, dizia eu, que é inegável que o «Dalai Lama» é um gajo porreiro.
O pior é aquilo que nunca é dito, que nunca é comentado ou que simplesmente as pessoas desconhecem ou fingem desconhecer.
Mas, para já, é bom que fique bem claro que tudo, mas mesmo TUDO, seria preferível aos horrores da ocupação chinesa do Tibete.
Mas do que aqui se trata não é de comparações, mas da simples menção e comentário, primeiro a uma realidade e depois, separadamente, a uma outra absolutamente distinta.
Repito: nada se pode comparar ao massacre de centenas e centenas de milhar de pessoas.
O que se passa é que sob o domínio político e espiritual de Tenzin Gyatso, esse «gajo porreiro» que é o «Dalai Lama», o Tibete estava muito longe de ser um mar de rosas.
Por outras palavras, não era exactamente no Tibete que ficava o «Shangri-La»!
Até à sangrenta invasão chinesa, o que é facto é que Tenzin Gyatso governava o Tibete sob uma mão de ferro, numa feroz ditadura simultaneamente temporal e espiritual.
Durante o seu domínio, este e os anteriores «Dalai Lamas» transformaram o Tibete numa teocracia irracional, e durante mais de 500 anos impuseram ao povo tibetano (que obviamente nenhuma palavra tem a dizer sobre o assunto, muito menos votar), um Chefe de Estado, precisamente o «Dalai Lama», cuja «legitimidade» lhe advém de ser nada mais nada menos do que a «reencarnação» do «Dalai Lama» anterior.
E durante meio milénio, quem se atrevesse a contestar esta irracionalidade era perseguido e enclausurado, frequentemente por toda a vida.
Obviamente que a escolha ou a descoberta do «reencarnado», que então passava a ser o novo «Dalai Lama» era feita por métodos "tradicionais" e ultra-secretos completamente inacessíveis ao povo, por uma clique autoritária de monges.
Por isso, e para quem tiver curiosidade em saber como é que este gajo porreiro que é o Tenzin Gyatso era o Chefe de Estado do Tibete à data da invasão chinesa, e de onde lhe veio a legitimidade para o desempenho de tão alto cargo, agora já sabe: Tenzin Gyatso foi escolhido por uma elite de monges por ser a reencarnação do «Dalai Lama» anterior.
Aliás, era precisamente da mesma forma que o «Panchen Lama» uma espécie de primeiro-ministro do Tibete era também escolhido: por ser também a «reencarnação» do seu antecessor.
Como curiosidade, diga-se ainda que em 1995, e apesar de estar no exílio, o nosso amigo «Dalai Lama», nomeou como actual primeiro-ministro do Tibete, ou «Panchen Lama», por precisamente lhe reconhecer a qualidade de ser a reencarnação do primeiro-ministro anterior, um sujeito de nome Gedhun Choekyi Nyima, que era na ocasião uma criança... de 6 anos de idade!
A teocracia imposta no Tibete pelos sucessivos «reencarnados» chegava ao ponto de legislar e determinar ao povo a frequência, a forma e até as posições em que deviam ter relações sexuais, e tudo aquilo que deviam comer e a forma de o cozinhar.
Contudo, esta «ditadura culinária» tinha uma razão de ser bastante lógica e uma explicação por demais simples:
É que por todo o Tibete pululava uma elite ociosa de monges, que ora se recolhiam no escurinho dos mosteiros, todos muito juntinhos uns aos outros e com uma afabilidade e um carinho entre eles que não pode deixar de ser realçada, todos eles a meditar, claro está, ora andavam por ali pelas ruas sem nada para fazer, coitados.
Ora, e como toda a gente sabe, um monge não é de ferro!
Por isso estava claramente determinado pelos «reencarnados» que toda a gente tinha obrigação de sustentar e alimentar os monges.
Por isso, se à hora do almoço um determinado monge com apetite decidisse entrar numa casa para comer, os seus habitantes, por muito pobres ou miseráveis que fossem, eram obrigados a prescindir da comida de toda a família e a entregá-la ao monge até ele estar perfeitamente saciado.
Por isso, se à hora do almoço um determinado monge com apetite decidisse entrar numa casa para comer, os seus habitantes, por muito pobres ou miseráveis que fossem, eram obrigados a prescindir da comida de toda a família e a entregá-la ao monge até ele estar perfeitamente saciado.
Às vezes as crianças ficavam com fome, sim. Mas temos que ver que um monge é um monge, que Diabo!
Daí a tal determinação que era imposta ao povo na forma de cozinhar: é que um monge não podia estar sujeito, coitado, a entrar de repente numa casa qualquer e ser posto perante a desagradável experiência de... não gostar do almoço...
Se um ilustre monge tibetano fosse sujeito a esta abominável privação, a pena imposta, por vezes a toda a família, podia ir de uma pesada pena de prisão a uma mais piedosa e simples e suave pena de serem todos chicoteados em público.
Os crimes mais severos, entre os quais se contava, por exemplo, o desrespeito de um camponês ao seu senhor feudal, o proprietário das terras onde trabalhava e a quem devia obediência incondicional e absoluta, ou a adoração de divindades proibidas e consideradas demoníacas, ou ainda a blasfémia contra as divindades "oficiais", eram punidos com o arrancar de um ou dos dois braços, ou de um ou de ambos os olhos, consoante a gravidade da ofensa.
Era com esta elite de monges parasitas, destes autênticos chulos, que este "gajo porreiro" que é o nosso amigo «Dalai Lama» contava para, durante anos, submeter o Tibete a esta espécie de insana teocracia monacal e a esta aberrante irracionalidade feudal, e para subjugar todo um povo, mantido na ignorância e na mais indigente miséria e sob a opressão de pesadíssimos impostos, e sem sequer ter a mais pequena noção do que são os direitos humanos.
Mas de quem, ainda assim, tanta gente parece gostar e admirar.
Mas, apesar de tudo, nem tudo era mau no Tibete. Às vezes havia coisas com piada!
Daí a tal determinação que era imposta ao povo na forma de cozinhar: é que um monge não podia estar sujeito, coitado, a entrar de repente numa casa qualquer e ser posto perante a desagradável experiência de... não gostar do almoço...
Se um ilustre monge tibetano fosse sujeito a esta abominável privação, a pena imposta, por vezes a toda a família, podia ir de uma pesada pena de prisão a uma mais piedosa e simples e suave pena de serem todos chicoteados em público.
Os crimes mais severos, entre os quais se contava, por exemplo, o desrespeito de um camponês ao seu senhor feudal, o proprietário das terras onde trabalhava e a quem devia obediência incondicional e absoluta, ou a adoração de divindades proibidas e consideradas demoníacas, ou ainda a blasfémia contra as divindades "oficiais", eram punidos com o arrancar de um ou dos dois braços, ou de um ou de ambos os olhos, consoante a gravidade da ofensa.
Era com esta elite de monges parasitas, destes autênticos chulos, que este "gajo porreiro" que é o nosso amigo «Dalai Lama» contava para, durante anos, submeter o Tibete a esta espécie de insana teocracia monacal e a esta aberrante irracionalidade feudal, e para subjugar todo um povo, mantido na ignorância e na mais indigente miséria e sob a opressão de pesadíssimos impostos, e sem sequer ter a mais pequena noção do que são os direitos humanos.
Mas de quem, ainda assim, tanta gente parece gostar e admirar.
Mas, apesar de tudo, nem tudo era mau no Tibete. Às vezes havia coisas com piada!
Vejamos:
No Tibete a prostituição sempre foi vista como uma coisa abominável e imperdoavelmente pecaminosa e imoral. A sua prática era de todo inaceitável.
Por isso, e durante séculos, a prostituição foi proibida e severamente punida no Tibete. Não raro, quer a prostituta quer o seu cliente eram condenados (pelo menos) a pesadas penas de prisão.
E é então aqui, que podemos encontrar mais um exemplo de como o Tenzin Gyatso é, na verdade, um gajo porreiro:
De facto, poucos anos antes da invasão chinesa o nosso bom «Dalai Lama» determinou que a prostituição deixava de ser imoral, pecaminosa e proibida, mas unicamente desde que o homem que recorria a uma prostituta deixasse de lhe dar o dinheiro directamente na sua mão, devendo para tal efeito escolher um amigo que lho desse por si.
No Tibete a prostituição sempre foi vista como uma coisa abominável e imperdoavelmente pecaminosa e imoral. A sua prática era de todo inaceitável.
Por isso, e durante séculos, a prostituição foi proibida e severamente punida no Tibete. Não raro, quer a prostituta quer o seu cliente eram condenados (pelo menos) a pesadas penas de prisão.
E é então aqui, que podemos encontrar mais um exemplo de como o Tenzin Gyatso é, na verdade, um gajo porreiro:
De facto, poucos anos antes da invasão chinesa o nosso bom «Dalai Lama» determinou que a prostituição deixava de ser imoral, pecaminosa e proibida, mas unicamente desde que o homem que recorria a uma prostituta deixasse de lhe dar o dinheiro directamente na sua mão, devendo para tal efeito escolher um amigo que lho desse por si.
Genial!
Mas os exemplos desta curiosa maneira que o «Dalai Lama» tem de ver o mundo, não se ficam por aqui: a talhe de foice sempre se pode contar que numa recente visita a Barcelona o nosso amigo declarou que a ocupação do Tibete pelas tropas chinesas era comparável à ocupação da Catalunha pelos espanhóis.
De visita ao Chile, defendeu que Pinochet devia ser compreendido e perdoado.
Numa outra vez, declarou peremptoriamente que apoiava o programa nuclear indiano e o seu consequente projecto de construção de armas atómicas.
É mesmo um gajo porreiro, este «monge peregrino», que regula a sua vida, tal como em tempos determinou os destinos dos tibetanos, e às vezes até os seus mais pequenos gestos e decisões, recorrendo a oráculos, bruxos, adivinhos, astrólogos e outros aldrabões do género.
Por vezes ele próprio atira ao ar umas bolas especiais, em misteriosos exercícios de adivinhação.
O seu delírio supersticioso tem sido nos últimos tempos entregue a «uma menina de tenra idade» por quem se faz frequentemente acompanhar e que é «especialista em aplacar o fogo do deus Dorje Shugden», cujos seguidores eram ferozmente perseguidos no Tibete, quer antes quer mesmo já depois da invasão chinesa, sendo ainda hoje frequentemente espancados por hordas organizadas de budistas seguidores do «Dalai Lama».
Ao contrário da tolerância religiosa que proclama nos jornais, o «Dalai Lama» desde o dia 14 de Julho de 1978, data em que o fez pela primeira vez, passou a defender a proibição do deus Dorje Shugden (que ele próprio adorara durante muitos anos) e a feroz perseguição dos seus fiéis, não escondendo que essa posição se deveu a uma mensagem que recebeu pessoalmenente de Nechung, o seu «espírito protector».
É perfeitamente conhecida e do domínio público a história do «Grande Gelugpa», o Lama Reting Rinpoche. Ainda antes da invasão chinesa, em 1947, este Lama de elevado estatuto ousou desafiar a autoridade do «Dalai Lama» e dos restantes monges, membros da sua administração, e algumas das suas decisões governamentais.
Pois bem:
Mas os exemplos desta curiosa maneira que o «Dalai Lama» tem de ver o mundo, não se ficam por aqui: a talhe de foice sempre se pode contar que numa recente visita a Barcelona o nosso amigo declarou que a ocupação do Tibete pelas tropas chinesas era comparável à ocupação da Catalunha pelos espanhóis.
De visita ao Chile, defendeu que Pinochet devia ser compreendido e perdoado.
Numa outra vez, declarou peremptoriamente que apoiava o programa nuclear indiano e o seu consequente projecto de construção de armas atómicas.
É mesmo um gajo porreiro, este «monge peregrino», que regula a sua vida, tal como em tempos determinou os destinos dos tibetanos, e às vezes até os seus mais pequenos gestos e decisões, recorrendo a oráculos, bruxos, adivinhos, astrólogos e outros aldrabões do género.
Por vezes ele próprio atira ao ar umas bolas especiais, em misteriosos exercícios de adivinhação.
O seu delírio supersticioso tem sido nos últimos tempos entregue a «uma menina de tenra idade» por quem se faz frequentemente acompanhar e que é «especialista em aplacar o fogo do deus Dorje Shugden», cujos seguidores eram ferozmente perseguidos no Tibete, quer antes quer mesmo já depois da invasão chinesa, sendo ainda hoje frequentemente espancados por hordas organizadas de budistas seguidores do «Dalai Lama».
Ao contrário da tolerância religiosa que proclama nos jornais, o «Dalai Lama» desde o dia 14 de Julho de 1978, data em que o fez pela primeira vez, passou a defender a proibição do deus Dorje Shugden (que ele próprio adorara durante muitos anos) e a feroz perseguição dos seus fiéis, não escondendo que essa posição se deveu a uma mensagem que recebeu pessoalmenente de Nechung, o seu «espírito protector».
É perfeitamente conhecida e do domínio público a história do «Grande Gelugpa», o Lama Reting Rinpoche. Ainda antes da invasão chinesa, em 1947, este Lama de elevado estatuto ousou desafiar a autoridade do «Dalai Lama» e dos restantes monges, membros da sua administração, e algumas das suas decisões governamentais.
Pois bem:
Após deliberação expressamente tomada em pleno «Conselho de Ministros» com esse objectivo, foi decidido matar o Lama Reting Rinpoche.
Contudo, e face ao seu elevado estatuto, foi ainda mostrada alguma complacência, tendo sido decidido que o Lama Reting Rinpoche seria envenenado, em vez de ser atirado de um penhasco abaixo como era costume lá na terra.
Em suma:
Como disse no princípio, o «Dalai Lama» anda por aí!
E de acordo com a reputação que o precede, o «Dalai Lama» é um gajo porreiro.
Contudo, e face ao seu elevado estatuto, foi ainda mostrada alguma complacência, tendo sido decidido que o Lama Reting Rinpoche seria envenenado, em vez de ser atirado de um penhasco abaixo como era costume lá na terra.
Em suma:
Como disse no princípio, o «Dalai Lama» anda por aí!
E de acordo com a reputação que o precede, o «Dalai Lama» é um gajo porreiro.
É essa, de facto, a reputação que o precede.
Pois bem:
Se é mesmo um gajo porreiro, então o «Dalai Lama» que ande por aí em paz e em perfeita liberdade a dar umas voltas, e a dizer e a pregar às pessoas o que lhe der na sua «reencarnada» e real gana.
Mas mesmo com aquela cara bondosa e simpática, sendo um gajo porreiro ou não, o que era mesmo bom era que esse tal de «Dalai Lama» se despachasse daqui, e fosse mas é pregar para outra freguesia!!!
Pois bem:
Se é mesmo um gajo porreiro, então o «Dalai Lama» que ande por aí em paz e em perfeita liberdade a dar umas voltas, e a dizer e a pregar às pessoas o que lhe der na sua «reencarnada» e real gana.
Mas mesmo com aquela cara bondosa e simpática, sendo um gajo porreiro ou não, o que era mesmo bom era que esse tal de «Dalai Lama» se despachasse daqui, e fosse mas é pregar para outra freguesia!!!
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Gente de Fé
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Imagine...
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Não vou!
Um amigo convidou-me para ir com ele este fim de semana à «Festa do «Avante».
Antecipando alguma renitência da minha parte, acenou-me um bilhete que tinha disponível e pôs-se logo a perorar sobre as características da «festa»:
- Que, sim senhor, era uma festa político-partidária, mas que milhares de pessoas, como ele, que não são comunistas, gostavam de lá ir para assistir aos concertos musicais, às exposições e às manifestações culturais de muitos países.
Mas mais: como principal atractivo havia também uma «barraquinha» muito especial, que ele visitava todos os anos, e que servia umas deliciosas gambas grelhadas e umas ostras fresquíssimas, tudo isto regado com um espumante bem gelado e de ir às lágrimas. E ainda por cima tudo isto a um preço muito convidativo e que não se encontra "cá fora".
Pois é.
Mas o que é facto é que as gambas, as ostras e o espumante, não deixam de ter por trás uma festa política, um evento com uma conotação partidária específica e, por isso mesmo, com uma carga ideológica bem determinada.
Com discurso de Jerónimo de Sousa no final e tudo.
Mas não será que é possível dissociar as gambas, as ostras e o espumante da conotação político-partidária da «Festa do Avante»?
Imaginemos então uma situação, digamos, «simétrica»:
Imaginemos que havia, por exemplo, uma qualquer «Festa do PNR» também com barraquinhas de ostras, gambas e espumante fresquinho, e com discurso do inefável Pinto Coelho no final e tudo.
Imaginemos também que nessa festa havia uns «stands» promocionais de partidos neo-nazis provenientes de vários pontos do mundo, com uns rapazes muito simpáticos com as cabeças rapadas e de botas «Doc Martens» a servir uns copinhos de "schnaps" e a arengar sobre as virtudes do racismo, da homofobia e da xenofobia e a defender a pureza da «raça europeia».
Com discurso de Jerónimo de Sousa no final e tudo.
Mas não será que é possível dissociar as gambas, as ostras e o espumante da conotação político-partidária da «Festa do Avante»?
Imaginemos então uma situação, digamos, «simétrica»:
Imaginemos que havia, por exemplo, uma qualquer «Festa do PNR» também com barraquinhas de ostras, gambas e espumante fresquinho, e com discurso do inefável Pinto Coelho no final e tudo.
Imaginemos também que nessa festa havia uns «stands» promocionais de partidos neo-nazis provenientes de vários pontos do mundo, com uns rapazes muito simpáticos com as cabeças rapadas e de botas «Doc Martens» a servir uns copinhos de "schnaps" e a arengar sobre as virtudes do racismo, da homofobia e da xenofobia e a defender a pureza da «raça europeia».
E a impingirem-nos que, em nome de tudo isso, devemos perseguir os homossexuais e expulsar de Portugal os judeus, os pretos e toda essa caterva de estrangeiros que por aí pululam impunemente no nosso país.
Tudo isto decorado com coloridas e gigantescas suásticas e dezenas de “posters” de Adolf Hitler espalhados por todo o lado, todos louvando a sua genialidade política ou até mesmo as suas brilhantes aptidões tácticas e militares.
Será que era possível ignorarmos todo este delírio imbecil e irmos pacificamente à tal «Festa do PNR» comer ostras e gambas com espumante fresquinho?
É óbvio que não!!!
A dissociação política era pura e simplesmente impossível!
Pois!
Mas o que se passa é que a «Festa do Avante» é organizada pelo Partido Comunista Português.
Tudo isto decorado com coloridas e gigantescas suásticas e dezenas de “posters” de Adolf Hitler espalhados por todo o lado, todos louvando a sua genialidade política ou até mesmo as suas brilhantes aptidões tácticas e militares.
Será que era possível ignorarmos todo este delírio imbecil e irmos pacificamente à tal «Festa do PNR» comer ostras e gambas com espumante fresquinho?
É óbvio que não!!!
A dissociação política era pura e simplesmente impossível!
Pois!
Mas o que se passa é que a «Festa do Avante» é organizada pelo Partido Comunista Português.
Um partido cujo líder parlamentar não se cansa de louvar as virtudes civilizacionais e políticas da Coreia do Norte e das elevadas qualidades humanitárias do seu actual «Grande Líder Paternal», Kim Jong-Il.
O que se passa é que na «Festa do Avante» deste ano irão ser valorizados «os aspectos mais concretos do imenso património de conquistas da Grande Revolução Socialista de Outubro».
Ora, quando falam desse «imenso património», os mais altos responsáveis políticos do P.C.P., não poderão deixar de estar a pensar nas dezenas de milhão de mortos que essas tais «conquistas da Grande Revolução Socialista de Outubro» trouxeram consigo.
O que se passa é que nesta «Festa do Avante» será evocada (e muito bem, aliás) a memória de Adriano Correia de Oliveira que este ano faria 65 anos.
O que se passa é que na «Festa do Avante» deste ano irão ser valorizados «os aspectos mais concretos do imenso património de conquistas da Grande Revolução Socialista de Outubro».
Ora, quando falam desse «imenso património», os mais altos responsáveis políticos do P.C.P., não poderão deixar de estar a pensar nas dezenas de milhão de mortos que essas tais «conquistas da Grande Revolução Socialista de Outubro» trouxeram consigo.
O que se passa é que nesta «Festa do Avante» será evocada (e muito bem, aliás) a memória de Adriano Correia de Oliveira que este ano faria 65 anos.
Mas não se falará sequer de José Carlos Ary dos Santos, que este ano faria 70 anos e que, pelo simples facto de ser homossexual, foi expulso do Partido Comunista Português a quem tinha dedicado toda a sua vida.
E o que se passa é que na «Festa do Avante» estão instalados «stands» promovidos por países ou organizações por quem o P.C.P. não esconde uma estreita conotação ideológica e uma inegável afinidade política, da China à Bielorúsia, passando pela O.L.P.
Na «Festa do Avante» há um «stand» promocional de Cuba e do seu regime político abjecto e sanguinário, que só se mantém suportado pela imbecilidade do embargo americano, não ignorando o P.C.P. a oligarquia instalada e os milhares de presos políticos que já morreram ou ainda apodrecem esquecidos em dezenas de campos de concentração.
Na «Festa do Avante» há um «stand» promocional do Partido Comunista Colombiano que não é mais do que o suporte político das tenebrosas F.A.R.C. (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), uma organização terrorista que se subsidia a si própria com o tráfico de cocaína e pela pacífica convivência e salutar cooperação com os grandes traficantes de droga internacionais, que é responsável por impiedosos atentados e pelo assassinato de centenas de pessoas – homens, mulheres e crianças – e pelo rapto da candidata às eleições presidenciais Ingrid Bettancourt que, tal como a centenas de outras pessoas, mantém refém há vários anos.
Terá sido nas F.A.R.C. que foi inspirado o lema da «Festa do Avante» deste ano, que é «A Luta é o Caminho»?...
O que é certo é que na «Festa do Avante» do ano passado as F.A.R.C. tiveram mesmo direito um «stand» promocional só para si!
E o que se passa é que na «Festa do Avante» estão instalados «stands» promovidos por países ou organizações por quem o P.C.P. não esconde uma estreita conotação ideológica e uma inegável afinidade política, da China à Bielorúsia, passando pela O.L.P.
Na «Festa do Avante» há um «stand» promocional de Cuba e do seu regime político abjecto e sanguinário, que só se mantém suportado pela imbecilidade do embargo americano, não ignorando o P.C.P. a oligarquia instalada e os milhares de presos políticos que já morreram ou ainda apodrecem esquecidos em dezenas de campos de concentração.
Na «Festa do Avante» há um «stand» promocional do Partido Comunista Colombiano que não é mais do que o suporte político das tenebrosas F.A.R.C. (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), uma organização terrorista que se subsidia a si própria com o tráfico de cocaína e pela pacífica convivência e salutar cooperação com os grandes traficantes de droga internacionais, que é responsável por impiedosos atentados e pelo assassinato de centenas de pessoas – homens, mulheres e crianças – e pelo rapto da candidata às eleições presidenciais Ingrid Bettancourt que, tal como a centenas de outras pessoas, mantém refém há vários anos.
Terá sido nas F.A.R.C. que foi inspirado o lema da «Festa do Avante» deste ano, que é «A Luta é o Caminho»?...
O que é certo é que na «Festa do Avante» do ano passado as F.A.R.C. tiveram mesmo direito um «stand» promocional só para si!
Este ano, face à polémica então criada, «só» o P.C. Colombiano teve essa honra. Como se ambos não fossem uma e a mesma coisa...
Mas para que não houvesse equívocos políticos sobre a questão, o responsável pela organização da «Festa do Avante» apressou-se a esclarecer: «Não mudámos a nossa opinião política sobre as F.A.R.C.».
E assim, na verdade, tudo fica mais claro.
Em suma:
Será que, de facto, embora «de sinais opostos», existiria alguma diferença do ponto de vista estritamente político entre a tal «Festa do PNR» e a «Festa do Avante»?
É óbvio que não!
Por isso, sempre que me tornarem a convidar para ir a uma ou a outra, a minha resposta só poderá ser uma:
- Não! Não vou!
Mas para que não houvesse equívocos políticos sobre a questão, o responsável pela organização da «Festa do Avante» apressou-se a esclarecer: «Não mudámos a nossa opinião política sobre as F.A.R.C.».
E assim, na verdade, tudo fica mais claro.
Em suma:
Será que, de facto, embora «de sinais opostos», existiria alguma diferença do ponto de vista estritamente político entre a tal «Festa do PNR» e a «Festa do Avante»?
É óbvio que não!
Por isso, sempre que me tornarem a convidar para ir a uma ou a outra, a minha resposta só poderá ser uma:
- Não! Não vou!
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Citações de Católicos Famosos – I
Entre os séculos XI e XIII floresceu a partir da região de Languedoc, no sul da França, uma seita religiosa cujos membros, embora procurassem seguir os ensinamentos de Jesus Cristo, principalmente os que tinham sido expressos no «sermão da montanha», se distinguiam pela sua persistente recusa em aceitar alguns dos mais ortodoxos dogmas católicos, e que ficaram conhecidos como «albigenses» ou «cátaros».
Entre outras coisas, os cátaros não acreditavam na divindade de Jesus Cristo ou na sua ressurreição e subida aos Céus, ou sequer que ele tivesse nascido de uma virgem, considerando-o não mais do que um simples profeta, e negando obviamente a Santíssima Trindade.
De facto, para heresia não estava nada mal!
Como é bom de ver, as autoridades da Santa Igreja Católica Apostólica Romana não podiam tolerar este autêntico escândalo.
Aliás, para estas e para outras situações desse género, é que a Santa Inquisição tinha já sido criada no Concílio de Verona, reunido no ano de 1183 propositadamente e com o único objectivo de perseguir todas as formas de heresia.
Até que no dia 24 de Junho de 1209 os mais piedosos nobres e cavaleiros, soldados e membros do clero, entusiasmados pelas promessas papais de indulgências várias (como o perdão de todos os pecados, passados ou futuros, ou a anulação de todas as dívidas contraídas a judeus) e ainda pelos seus quinhões nos saques das cidades conquistadas, se reuniram na cidade de Lyon, dando formalmente início nesse dia a uma das mais famosas Cruzadas da sangrenta História da Cristandade, que ficou conhecida pela «Cruzada dos Albigenses».
Só que desta vez, esta Cruzada, organizada pelo Papa Inocêncio III não se destinava a combater os «infiéis» na Palestina, mas antes a dizimar no próprio centro da Europa todos os cristãos considerados heréticos por se recusarem a aceitar de forma incondicional os dogmas impostos pela ortodoxia católica.
Sob o comando de Arnold de Amaury (e depois de Simon de Monfort), mais de 10.000 homens unidos sob o símbolo da Cruz, pela sua fé incondicional e pelo seu imenso amor a Jesus Cristo, marcharam sobre os primeiros objectivos desta Cruzada: a conquista da cidade francesa de Béziers, a que se seguiria imediatamente Carcassone.
As suas ordens, expressamente dadas pelo Papa Inocêncio III (que se sentou na cadeira de São Pedro entre os anos de 1198 e 1216), eram extremamente simples e não podiam ser mais claras:
- Destruir todas as cidades ou povoações onde se soubesse que havia heréticos e não deixar pedra sobre pedra, saquear todos os bens e pura e simplesmente... matar toda a gente.
Os sobreviventes das batalhas, se os houvesse, deveriam ser igualmente mortos, mas imolados pelo fogo.
E foi então, no início da batalha pela tomada de Béziers, que foi proferida uma das frases mais célebres da História da Igreja Católica.
Uma frase que é bem reveladora de quão profunda e, por isso, tão bela pode ser a fé em Deus, de como é imenso o amor dos católicos pelo seu próximo e até de como é tão bonita a singela História da Igreja Católica.
Os sobreviventes das batalhas, se os houvesse, deveriam ser igualmente mortos, mas imolados pelo fogo.
E foi então, no início da batalha pela tomada de Béziers, que foi proferida uma das frases mais célebres da História da Igreja Católica.
Uma frase que é bem reveladora de quão profunda e, por isso, tão bela pode ser a fé em Deus, de como é imenso o amor dos católicos pelo seu próximo e até de como é tão bonita a singela História da Igreja Católica.
Pois bem:
De facto, sabendo que a cidade que se preparavam para dizimar não era habitada somente por cátaros, um dos comandantes militares perguntou a Arnold de Amaury, líder da Cruzada e legado e representante directo do Papa Inocêncio III, como iriam as suas tropas distinguir os hereges dos verdadeiros católicos entre os habitantes da cidade.
A resposta de Arnold de Amaury não podia ser mais clara.
Reproduzindo as instruções que o Santo Padre especificamente lhe dera nesse sentido, aliás inspiradas directamente nos santos evangelhos, respondeu-lhe simplesmente:
- Matem-nos a todos; Deus reconhecerá os seus!
De facto, sabendo que a cidade que se preparavam para dizimar não era habitada somente por cátaros, um dos comandantes militares perguntou a Arnold de Amaury, líder da Cruzada e legado e representante directo do Papa Inocêncio III, como iriam as suas tropas distinguir os hereges dos verdadeiros católicos entre os habitantes da cidade.
A resposta de Arnold de Amaury não podia ser mais clara.
Reproduzindo as instruções que o Santo Padre especificamente lhe dera nesse sentido, aliás inspiradas directamente nos santos evangelhos, respondeu-lhe simplesmente:
- Matem-nos a todos; Deus reconhecerá os seus!
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Citações de Ateus Famosos - I
Para quem não sabe, o título deste Blog – Random Precision – deve-se a uma passagem da letra da canção “Shine On You Crazy Diamond” dos Pink Floyd, dedicada a Syd Barrett.
Significa mais ou menos «Precisão Aleatória» que, como está bom de ver, tem antes de mais um significado “contraditório no seus próprios termos”.
Vem isto a propósito de um Blog que tem também um título muito curioso e engraçado e também "contraditório nos seus próprios termos" e que, por isso mesmo, e de certo modo, é uma espécie de «compagnon de route» do Random Precision.
Chama-se tal Blog «Teologia».
De facto, a palavra “teologia” tem um significado etimológico que, como toda a gente sabe, decorre do grego “theós” (que significa Deus), mais “lógos” (que significa “tratado” mas também “razão”).
Sendo assim, daqui se envia um abraço de blogosférica solidariedade ao «Teologia», um Blog que pelo seu título contraditório nos próprios termos (Deus + Razão) se tornou «colega» do Random Precision.
Pois bem:
Tomei conhecimento do «Teologia» muito recentemente, a propósito de uma referência que ali é feita ao «Random Precision» e também ao «Devaneios Desintéricos» num post a que foi dado o título de «Fundamentalismo Ateu» e onde ambos os Blogs são “acusados” de «para além de serem anti-clericais, defenderem um elitismo bacoco e quase xenófobo dando uso a um tipo propaganda que quer fazer passar o ateu como o ser esclarecido, científico, lógico, quase uma raça à parte e mais evoluída por oposição ao homo religiosus que é por sua vez um ser baixo na escala de evolução que não se consegue livrar dos mitos dos antepassados e das suas mentiras e por isso só pode ser alvo de chacota. A imagem de Deus, muitas vezes apresentada nestes blogs, é de um Deus mau, tirano e ainda para mais criado para oprimir e explorar as classes mais pobres e menos instruídas».
Que mais há a dizer?
É, de facto, uma auto-crítica brilhante!
Por isso, embora o texto merecesse mais algumas considerações, que por falta de tempo terei de deixar para mais tarde, penso que por agora e perante este «mea culpa», este autêntico «enfiar da carapuça» que este articulista tão teólogo (passe a contradição nos próprios termos) tão sinceramente faz, e ainda face ao quanto já foi escrito a esse propósito no «Devaneios Desintéricos», por agora bastaria.
Mas, de facto, não podia acabar por aqui.
Na verdade, face à acusação de anti-clericalismo de que tão injustamente fui alvo não resisto a dedicar ao «Teologia» este post de hoje, onde sincera e desassombradamente (e obviamente sem qualquer ponta de anti-clericalismo), faço uma pequena citação de um Papa.
Um Santo Padre, um ilustre herdeiro da cadeira de Pedro, cuja santidade e infalibilidade ninguém ousará pôr em causa - e com quem todos os católicos decerto concordarão - e que será o primeiro com que inicio uma série de posts que intitularei genericamente «Citações de Ateus Famosos».
Desta vez trata-se de uma pequena e singela citação do mui ilustre Papa Leão X, que esteve sentado na cadeira de Pedro entre 1513 e 1521 (e que decidiu a excomunhão de Martinho Lutero), e que um belo dia numa carta dirigida a um cardeal lhe disse da sua infalível e sacrossanta cátedra assim:
- «Desde os tempos imemoriais que se sabe quão proveitosa nos tem sido esta fábula de Jesus Cristo».
E pronto.
É tudo por hoje.
Desta vez trata-se de uma pequena e singela citação do mui ilustre Papa Leão X, que esteve sentado na cadeira de Pedro entre 1513 e 1521 (e que decidiu a excomunhão de Martinho Lutero), e que um belo dia numa carta dirigida a um cardeal lhe disse da sua infalível e sacrossanta cátedra assim:
- «Desde os tempos imemoriais que se sabe quão proveitosa nos tem sido esta fábula de Jesus Cristo».
E pronto.
É tudo por hoje.
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Os Inimigos da Razão
No regresso de férias, nada melhor do que assistir a estes dois documentários da autoria de Richard Dawkins (um pouco longos mas absolutamente fantásticos e imperdíveis) sobre a forma como a organização da fé e os valores religiosos primitivos determinam em concreto as nossas vidas.
Nestes dois filmes Richard Dawkins considera que a Ciência e a Razão travam actualmente uma autêntica batalha contra aquilo que denuncia como a «epidemia de uma forma de pensar irracional e supersticiosa».
Richard Dawkins afirma que, como cientista, não pensa que a nossa actual tolerância perante as superstições irracionais seja inócua ou inconsequente pois, pelo contrário, numa época em que aquelas visivelmente ganham terreno e a Razão e a Ciência são quotidianamente atacadas, elas acabam por pôr objectivamente em perigo a nossa própria civilização.
Porque a Razão e a Ciência estão na origem do progresso da Humanidade e constituem a nossa única defesa contra os fundamentalismos religiosos e contra todos aqueles que lucram e se aproveitam do obscurantismo e da ignorância.
- Primeira parte (Os Escravos da Superstição):
http://video.google.com/videoplay?docid=-2293483151556804649
- Segunda parte (O Serviço Irracional de Saúde):
http://video.google.com/videoplay?docid=6004927014381716642