segunda-feira, 30 de junho de 2008

 

Um Cristão Coerente



O filme abaixo mostra-nos o comentário de Fred Phelps à morte de George Carlin, ocorrida no passado dia 22 de Junho.

Fred Phelps é uma personagem que não precisa de apresentações e muito menos de comentários.
Basta ouvirmos atentamente o que diz e observarmos a forma como o faz.

Fred Phelps é um famoso pastor cristão que nos fala movido por um incomensurável ódio e uma profunda aversão a quem não professa a sua fé e não segue os ensinamentos e os mandamentos «de Nosso Senhor Jesus Cristo».

É caso para perguntar: de onde lhe virá tanta raiva, tanta repugnância e tamanha aversão pelos seus semelhantes?
Mas a resposta talvez seja inesperadamente simples. E basta vermos o filme:

É que Fred Phelps deixa cada pequena frase que profere bem comprovada e ilustrada com a identificação precisa das passagens e das citações bíblicas em que se baseia.

Então basta-nos ir comprovar a veracidade das suas citações e o resultado é obviamente o esperado:
- De facto, Fred Phelps está cheio de razão!

Cada uma das suas proclamações de profundo ódio e de desmedida e alucinada discriminação e de obstinada intolerância para todos os que não seguem «a palavra de Deus» está perfeitamente fundamentada no livro sagrado de todos os cristãos, e onde efectivamente se encontra «a palavra de Deus» ditada aos Homens: a Bíblia!

De onde vem a raiva e o ódio de Fred Phelps?
A resposta só pode ser uma: podemos acusar Fred Phelps de tudo e até de ser um fanático alucinado.

Mas se Fred Phelps se afirma cristão, então do que não o podemos acusar é de não ser… coerente!



sexta-feira, 27 de junho de 2008

 

O Jeito Fácil da «Easy Jet»



A história é simples e conta-se em duas penadas:

Lá para Novembro do ano passado uma simpática senhora de uma «empresa de comunicação» chamada "Tinkle" telefonou-me para o escritório.

Segundo me disse, representava uma companhia de aviação de “low cost”, a «Easy Jet», e queria saber se eu alinhava numa espécie de peça de teatro que passava por uma encenação de um casamento entre a Teresa e a Lena a bordo de um avião daquela companhia, já em sobrevoo do espaço aéreo espanhol.

Como é por demais óbvio, declinei veementemente tal “honroso” convite.
Mas expliquei porquê: primeiro porque se via logo que o objectivo da encenação mais não passava do que a fabricação de uma “não-notícia” para aproveitamento publicitário de um caso mediático, da usurpação da imagem de duas cidadãs para promoção de uma empresa comercial, e que até passava, segundo me parecia, pelo achincalhamento muito pouco ético dos jornalistas que tivessem a ingenuidade de cair na esparrela e de publicar a tal “não-notícia”.

Depois, porque com um processo judicial “delicado” ainda pendente no Tribunal Constitucional e a aguardar uma decisão que, qualquer que ela seja, será certamente polémica, o que eu não poderia deixar de aconselhar às minhas clientes era simplesmente muito, mas muito recato.
Que é como quem diz que optassem pelo “low profile” em vez do “low cost”.

A senhora da agência ouviu atentamente a minha opinião, mas pediu-me que lhe desse o contacto telefónico da Teresa e da Lena, o que não pude deixar de fazer.
Contudo, liguei imediatamente à Teresa e à Lena e alertei-as para a proposta que iriam receber e aconselhei-as vivamente a rejeitá-la.

Mas a Teresa e a Lena decidiram não seguir o meu conselho e aceitaram a proposta.
Decerto a tentação foi mais forte, e talvez falasse mais alto a oportunidade única e a emoção de um baptismo de voo, que até poderiam também proporcionar às filhas.

E como são maiores e vacinadas e sabem bem o que fazem, a Teresa e a Lena lá fecharam negócio com a “Tinkle” e com a «Easy Jet» como quiseram e lá muito bem entenderam.

As condições do «negócio» foram simples e constam bem explícitas nos emails que desde então foram trocados:
- A «Easy Jet» oferecia à Teresa e à Lena nada menos do que 3 viagens de fim-de-semana com destino à sua escolha, incluindo alojamento com pensão completa e deslocações, de e para os aeroportos, e somente nas ocasiões em que os seus compromissos laborais lhes permitissem viajar.

Em contrapartida, a Teresa e a Lena teriam de fazer a sua parte:
- Viajar no dia 19 de Dezembro de 2007 de Lisboa para Madrid num avião da «Easy Jet», a bordo do qual encenariam um «compromisso», que passava pela troca de umas pulseiras que teriam de comprar.
Depois, teriam de se disponibilizar incondicionalmente para todas as entrevistas à comunicação social que lhes fossem solicitadas.
Finalmente, teriam de fazer de conta que tinham sido elas a contactar a «Easy Jet» e a propor-lhes o «negócio» e não o inverso, como de facto tinha sucedido.

E assim foi, e no dia 19 de Dezembro lá foram a Teresa e a Lena passear de avião até Madrid. O resto é já de domínio público.

Mas, ao que parece, a coisa não correu lá muito bem à «Easy Jet», e o impacto mediático não foi propriamente o que tinha sido previsto.
Talvez mesmo a mensagem que na ocasião passou tenha criado mais danos à imagem da «Easy Jet» do que uma verdadeira promoção comercial positiva da sua marca.

Mas isto é somente uma mera impressão pessoal que tenho sobre um assunto de que nada percebo, e sobre o qual nem dados precisos ou concretos possuo.

Pois bem:
Só que, a certa altura, chegou a ocasião de a «Easy Jet» cumprir a sua parte do negócio, e ir proporcionando à Teresa e à Lena cada uma das três viagens de fim-de-semana que lhes tinha oferecido.

Pois é.
Mas acontece que ao que parece a «Easy Jet» não está pelos ajustes.
E como o «negócio» não rendeu o que esperava, a «Easy Jet» achou-se no direito de roer a corda à Teresa e à Lena.

Afinal já não eram três viagens, já não havia pensão completa, já não havia transportes, já não era para um lugar qualquer à escolha e, finalmente, tinha de ficar tudo resolvido muito rapidamente e de acordo com a disponibilidade de voos da «Easy Jet», que já não queria saber se a Teresa e a Lena tinham compromissos com os seus empregos ou não.

A troca de emails entre a «Easy Jet» e a Teresa e a Lena é de facto surrealista.

De início esta renomada empresa de “low cost” manteve bem elevados os seus padrões de violação de compromissos contratuais.
Nem sequer se demoveram quando a Teresa e a Lena iam lembrando que tudo tinham cumprido da sua parte, incluindo dizerem aos jornalistas que a iniciativa do «compromisso a bordo» tinha sido sua ideia, e que tudo tinha começado porque tinham sido elas a contactar a «Easy Jet» e não quando uma «empresa de comunicação» tinha contactado o seu advogado, como de facto acontecera.

Mas finalmente, e ao fim de vários meses de negociações, lá veio a última e final proposta da «Easy Jet»:
Magnanimamente, são agora propostas unicamente 2 viagens, em vez de 3, e com partida de Lisboa ou Porto, mas unicamente para destinos da «Easy Jet»; continua ainda incluído o alojamento por duas noites, mas agora já sem pensão completa e também já sem o pagamento das despesas de transporte para os aeroportos.
Finalmente, a Teresa e a Lena têm de realizar as viagens até ao fim do ano ou «perdem o direito a elas».

Mas a «Easy Jet» tem ao seu serviço colaboradores de uma gentileza inexcedível, e que não quiseram deixar de explicar á Teresa e à Lena a que se deve esta mudança de atitude e esta recusa de cumprirem o compromisso que perante elas tinham assumido.

Num linguajar lusófono bem peculiar, diz assim a «Easy Jet» à Teresa e à Lena:

«Espero que possam compreender que a nossa situação também é complicada pelos resultados obtidos nessa data, que ainda vocês não foram as responsáveis directas, sim o foi o vosso advogado. Mas, como disse anteriormente, sempre estou a conseguir uma solução à este tema».

Em suma:
- Parece que às vezes é bem difícil distinguir «low cost» de «low standards».


quarta-feira, 25 de junho de 2008

 

Sam Harris, Deus e Elvis Presley




segunda-feira, 23 de junho de 2008

 

Bullshit!


Um pequeno filme (legendado) do inimitável George Carlin:




Actualização:

Quando coloquei este filme no «Random Precision», mal sabia eu que praticamente à mesma hora George Carlin falecia de ataque cardíaco num hospital de Santa Monica onde tinha sido internado de urgência.

Fica assim este post como uma homenagem a um comediante de excepção e a um homem inequivocamente brilhante, que toda a sua vida lutou pela liberdade de expressão e por isso mesmo chegou a ser preso.

Alguns pormenores da sua biografia podem ser lidos AQUI e AQUI.


sexta-feira, 20 de junho de 2008

 

O Ministério Púdico


É este o título do artigo de Fernanda Câncio no «Diário de Notícias» de hoje:

«O número de países que consagrou já o casamento entre pessoas do mesmo sexo aumentou este mês, com a entrada da Noruega para um rol que inclui a Espanha, a Holanda, a Bélgica, o Canadá e a África do Sul (mais o Massachusetts e a Califórnia, nos EUA).

«Em Portugal, porém, o debate mal começou - e quando sucede, é comum ouvir argumentos tão elevados como "se se permitir o casamento entre homossexuais, porque não o casamento com animais?".

«Politicamente, adia-se o assunto com a chancela do "fracturante" e o "há outras prioridades". Juridicamente, e apesar de a questão estar pendente no Tribunal Constitucional, pouco se tem discutido.

«Até agora: três dos pareceres que junto do TC defendem a inconstitucionalidade do Código Civil no que respeita aos artigos 1577.º (define o casamento como "contrato celebrado entre duas pessoas de sexo diferente") e 1628.º (considera nulo o casamento de pessoas do mesmo sexo) foram publicados em livro pela editora Almedina.

«Da autoria de Carlos Pamplona Côrte-Real, Isabel Moreira e Luís Duarte d'Almeida, o volume, lançado esta semana, permite antes de mais conhecer as características jurídicas do casamento, aspecto fundamental no debate, e prossegue na demonstração da inconstitucionalidade dos dois referidos artigos.
«Acessíveis a não juristas pela linguagem e pela explicitação clara das questões, os três pareceres permitem a qualquer leigo entender que a proibição em vigor está longe de ser fácil de defender, com seriedade, do ponto de vista jurídico, até porque a própria definição do casamento na lei em vigor está longe de ser clara.

«Afinal, como sublinham os autores, o Código, ao mesmo tempo que define, no citado artigo 1577.º, o casamento como "contrato celebrado entre duas pessoas de sexo diferente que pretendem constituir família mediante uma plena comunhão de vida", permite, no artigo 1622.º, o casamento in articulo mortis (celebrado quando um dos nubentes está à morte).

«Dito de outra forma, alguém se casa para ser viúvo ou viúva de alguém - e lá se vai a ideia de "comunhão de vida" e de "constituição de família".
«De resto, os pareceres chamam a atenção para o facto de, ao contrário do que é comum argumentar-se, não existir qualquer relação obrigatória entre casamento e procriação (nada impede o casamento de duas pessoas com cem anos, ou inférteis).

«E vão mais longe: lembram que "contra direitos fundamentais não valem, sem mais, maiorias".
«Uma afirmação corajosa, que no caso adquire um travo peculiar.

«Apesar da sua óbvia qualidade e do seu evidente interesse e actualidade, dois destes pareceres, propostos para publicação na revista do Ministério Público (editada pelo sindicato dos respectivos magistrados), foram recusados com argumentos como "não é oportuno" e "seria preciso existir contraditório".

«Salvo melhor parecer, trata-se do silenciamento de opiniões jurídicas que contestam o statu quo.
«Que quem o faz tenha por função institucional defender a legalidade democrática - e portanto a Constituição - torna o gesto ainda mais significativo: uma causa com tantos e tão poderosos inimigos, que suscita tanto mal-estar e desperta tantos pudores, só pode ser tudo menos desprezível».


quinta-feira, 19 de junho de 2008

 

Religion + Ridiculous = RELIGULOUS



Está prevista já para o próximo mês de Outubro a estreia do filme de Bill Maher que será realizado por Larry Charles (o mesmo realizador de «Borat»).

O filme terá como título «RELIGULOUS», um nome que vem das palavras inglesas Religion + Ridiculous.

Para perceber porquê, nada melhor que ver esta pequena apresentação do filme:




E, já agora, esta entrevista de Bill Maher a Larry King:



quarta-feira, 18 de junho de 2008

 

God Is Not Great



Nos filmes abaixo podemos ver uma palestra de Christopher Hitchens em Seattle já no ano passado, e que está dividida em 8 partes.

De facto, se algum tempo podemos considerar bem passado e se há coisas a que vale verdadeiramente a pena assistirmos, esta é sem dúvida uma delas.

- Parte 1:



- Parte 2

- Parte 3

- Parte 4

- Parte 5

- Parte 6

- Parte 7

- Parte 8


segunda-feira, 16 de junho de 2008

 

O «Meme Ateísta»



O Hélder Sanches, do «Penso Logo Sou Ateu», desafiou-me a espalhar «o meme ateísta» que tem andado a circular por essa blogosfera fora, e que consta de 10 perguntas sobre o ateísmo.

Aqui vai a minha resposta ao desafio:

*

P1. Como definirias “ateísmo”?
R: Para não dar uma definição meramente semântica, terei de dizer que não se define algo pela sua negativa. Talvez a palavra «ateísmo» nem sequer devesse existir.
Assim o «teísmo» será a renúncia à Razão. O «ateísmo» será… o contrário disso.

P2. Tiveste uma educação religiosa? Se sim, de que tipo?
R: A minha educação religiosa não passou da catequese até aos 8 ou 9 anos de idade. Tive foi o privilégio de os meus pais sempre me proporcionarem o acesso a todos os livros que me dava na gana ler, de me darem uma educação baseada em critérios científicos, de ética e de racionalidade e de aceitarem pacífica e normalmente o meu “descambar” para o ateísmo a partir dos 12 ou 13 anos de idade.

P3. Usando apenas uma palavra, como descreverias o “design inteligente”?
R: Imbecil.

P4. Que campo científico mais te interessa?
R: Sem dúvida o Evolucionismo, em todas as suas vertentes e como tanto nos ensina sobre o papel do Homem na Terra. E como nos demonstra que não passamos de meros inquilinos deste planeta, ainda por cima com um contrato com um prazo de duração muito, muito curto.
Mas sobretudo porque a genialidade de Charles Darwin nos transmitiu uma nova forma de encarar o mundo. E, assim, não só de o conhecer e compreender, mas sobretudo de filosofar sobre as suas origens e o seu destino.

P5. Se pudesses mudar algo na “comunidade ateísta”, o que seria?
R: Não creio que haja sequer uma «comunidade ateísta».
Nem entendo como o ateísmo possa, só por si, constituir alguma espécie de cimento de união entre pessoas. Não mais do que sucede com um qualquer grupo de pessoas juntas por mero acaso numa carruagem de Metro, por exemplo, e em que nenhuma delas acredita em Hórus, Zeus ou Odin.
O que pode distinguir um grupo de pessoas das demais serão os seus valores, a sua ética, a sua racionalidade e o seu humanismo. Isso sim, poderá ser um excelente ponto de partida para o nascimento de uma "comunidade", independentemente do facto de as pessoas que a compõem coincidentemente rejeitarem o «conforto» da irracionalidade da fé para encontraram uma resposta fácil e cómoda para as coisas que não entendem ou sobre as quais nem sequer conseguem ou têm coragem de filosofar.

P6. Se um filho teu te dissesse que tinha optado pela vida clerical, qual seria a tua primeira resposta?
R: Independentemente do meu respeito pelas opções das pessoas que me rodeiam, e que teria inevitavelmente de aceitar, dir-lhe-ia desde logo que não me parecia nada ético dedicar e ganhar a vida a parasitar a fragilidade emocional das pessoas.

P7. Qual o teu argumento teístico favorito e como é que o refutas?
R: Sem dúvida os velhos chavões: «o que nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?» ou «se houve uma lenta evolução das espécies a partir de organismos mais simples, o que faria um animal a meio dessa evolução somente ainda, por exemplo, com “meio olho”?»
Como os refuto, é simples: com um qualquer livro de biologia ou de ciências naturais. Basta da escola primária.

P8. Qual o teu ponto de vista mais controverso (na perspectiva dos outros ateus)?
R: Que sou demasiado violento e até mesmo insultuoso e ofensivo não só para as religiões mas principalmente para com as pessoas religiosas. Como é óbvio estão enganados: o que digo não ultrapassa uma «veemência» absolutamente normal…

P9. Dos “quatro cavaleiros do ateísmo” (Dawkins, Dennett, Hitchens e Harris) qual é o teu preferido e porquê?
R: Sem dúvida admiro em primeiro lugar a indiscutível excelência de Richard Dawkins; mas não posso deixar de mencionar também o meu «colega de veemência» que é Christopher Hitchens.

P10. Se pudesses convencer apenas um teísta a abandonar as suas crenças, quem seria?
R: Ninguém em especial! Até por que não deixaria de ser um esforço inglório: o Papa Bento XVI é notoriamente ateu e isso não faz dele uma melhor pessoa.
Seria mais útil apresentar às pessoas os valores éticos, racionalistas e humanistas. Isso seria mais do que suficiente para fazer deste mundo um lugar bem melhor para todos nós vivermos.

- Nomeia outros 3 blogs para espalharem o «meme»:

1)
O Carlos Esperança – Ponte Europa
2) O Ricardo Alves – Esquerda Republicana
3) O «AdaS» - Vareta Funda


sexta-feira, 13 de junho de 2008

 

As «práticas comerciais enganosas»



Quase três anos depois de ter sido adoptada a Directiva da União Europeia n.º 2005/29/CE relativa às «práticas comerciais desleais das empresas nas relações com os consumidores no mercado interno», que pode ser analisada com mais detalhe no site da Comissão Europeia, foi finalmente publicado o decreto-lei n.º 57/2008 de 26 de Março que transpõem para a Ordem Jurídica interna portuguesa a proibição clara e inequívoca das práticas comerciais desleais mais comuns: as práticas comerciais enganosas e as práticas comerciais agressivas.

Este diploma confere ainda à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (A.S.A.E.) competência administrativa para a sua aplicação prática.

Ora, tal como se pode ler no referido decreto-lei n.º 57/2008 são classificadas como «desleais», entre muitas outras, as práticas comerciais susceptíveis de distorcer substancialmente o comportamento de consumidores particularmente vulneráveis, em razão da sua doença mental ou física, idade ou credulidade e «enganosas» as que induzam em erro o consumidor quanto à natureza e atributos dos profissionais, como as suas qualificações e habilitações.

Depois, são consideradas «enganosas em qualquer circunstância» acções como alegar que o bem ou serviço pode aumentar as possibilidades de ganhar nos jogos de fortuna ou azar; alegar falsamente que o bem ou serviço é capaz de curar doenças, disfunções e malformações; omitir informação com requisitos substanciais para uma decisão negocial esclarecida do consumidor ou em que o profissional não refere a intenção comercial da sua prática.

Ora bem:
Quer isto dizer que desde o dia em que este decreto-lei entrou em vigor (nem de propósito, o dia 1 de Abril de 2008) que em Portugal finalmente estão proibidas expressamente as práticas de aldrabões “encartados”, desde os astrólogos aos tarólogos, passando pelos videntes, médiuns, quiropatas e cartomantes e acabando nos homeopatas e outros psicopatas, como os que praticam coisas abstrusas como a acupunctura, a medicina informacional, a medicina quântica, a medicina tradicional chinesa, terapias de Reiki, numerologia, cromoterapia, aromaterapia, cristaloterapia… e, enfim, um sem número de outros profissionais da aldrabice que ganham a vida a BURLAR (!) autenticamente as pessoas.

No entanto, o que é facto é que estes aldrabões continuam por aí a defraudar impunemente as pessoas sem que ninguém ponha de uma vez por todas cobro a esta autêntica patranha institucionalizada, este verdadeiro assalto à mão armada à luz do dia, embora seja já inequívoca (pelo menos agora) a sua completa proibição.

O desplante é tal que estes facínoras têm mesmo a autêntica lata de se anunciar a si próprios nos jornais e nas televisões, prometendo este mundo e o outro e enriquecendo como nababos a extorquir dinheiro às pessoas que, pelo seu desconhecimento ou até pela sua vulnerabilidade ou fragilidade emocional deviam ser as primeiras a merecer das autoridades competentes mais protecção e consideração.

Mais ainda: o despudor já é de tal modo, que até a Televisão Pública dá todos os dias guarida a estes trapaceiros, promovendo-os gratuitamente e publicitando as suas aldrabices nos programas de maior audiência, e até mesmo no seu site institucional, numa inexplicável cumplicidade com este autêntico logro nacional.

Mas talvez seja altura de se pôr um fim a isto:
Na verdade, para além da competência administrativa da A.S.A.E. para a aplicação prática desta nova lei, o seu artigo 16º institui e confere ainda um «Direito de Acção» a quaisquer pessoas que manifestem interesse legítimo em opor-se a estas práticas comerciais desleais e enganosas permitindo-lhes intentar um acção judicial inibitória com vista a prevenir, corrigir ou fazer cessar tais práticas.

De facto, e se é assim, talvez seja mesmo altura de alguém fazer alguma coisa!...


quinta-feira, 12 de junho de 2008

 

The Barack Obama Uncensored



No filme aqui ao lado podemos ver um discurso proferido por Barack Obama há já dois anos, em Junho de 2006.

Aquilo que Obama diz no filme fala por si: de facto, uma imagem vale mil palavras.

Mas a questão que se coloca é saber se Barack Obama, já o candidato oficial do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos e que ainda vai começar a sua verdadeira campanha eleitoral, terá a coragem de fazer agora um discurso semelhante.

Veremos…


quarta-feira, 11 de junho de 2008

 

O Dia da Raça



Tentando “escapar-se” ao batalhão de jornalistas que o pressionavam a comentar a situação que actualmente se vive com a greve dos camionistas e com a paralisação dos transportes de mercadorias em Portugal e um pouco por essa Europa fora, o Presidente da República Aníbal Cavaco Silva não achou nada melhor do que sair-se com esta:

«Hoje eu tenho que sublinhar, acima de tudo, a raça, o dia da raça, o dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas».

Não é a primeira gaffe de Cavaco Silva e talvez não seja a sua última.
Mas será certamente a que jamais o abandonará e a que mais ficará colada à sua imagem para o resto da sua vida política.
E Cavaco pode crer que de vez em quando lha irão lembrar e atirar à cara quando menos esperar.

É, de facto, uma gaffe monumental.

Como não podia deixar de ser, aí estão os comentários e a tentativa de rentabilização política, principalmente vindos do lado esquerdo do sector político-partidário.

Fernando Rosas, por exemplo, foi como de costume contundente:
«Tudo isto é paradoxal, anacrónico e faz-nos ecoar os termos de outrora. Nesse sentido, acho que o Presidente da República deve uma explicação ao país acerca da recuperação para o dia 10 de Junho das designações de raça e de dia da raça».
«O dia da raça é um dia que foi posto na época do fascismo e que trabalha com a ideia absurda de que há uma raça portuguesa com características, que não sei quais são».

Mas não é assim que eu vejo a coisa.
Não há dúvida, convenhamos, que a gaffe é gigantesca.

Mas não creio que o Presidente tenha querido referir-se, nem sequer implicitamente, a uma «raça portuguesa» ou que o movessem sentimentos racistas ou xenófobos.
Cavaco Silva pode ter muitos defeitos, mas não acho que esses sentimentos se contem entre eles.

A explicação será certamente outra:
Desde a época da sua campanha eleitoral Cavaco Silva tornou-se um emérito perito em proferir lugares-comuns e um hábil especialista em dar-se bem com toda a gente, com Deus e com o Diabo e com gregos e troianos, fugindo como o Diabo da Cruz de marcar uma posição, de dar uma opinião objectiva e concreta sobre temas que possam ser mais polémicos ou «fracturantes».

Formatado nesse sentido, Cavaco Silva não podia, como é óbvio, proferir uma opinião sobre um tema que mais do que nacional é já mundial, e cujas consequências são ainda imprevisíveis.

Entre camionistas a lutar pela sua própria sobrevivência, o que não pode ser desprezado, e um Governo refém de uma situação internacional que é impotente para resolver; entre pedidos de subsídios essenciais para um sector de importância estratégica primordial e uma ausência total de recursos orçamentais e financeiros para o Governo os conceder, só em sonhos alguém poderia supor que o Presidente Cavaco Silva manifestasse qualquer opinião para além de dizer, como é costume, que «está a acompanhar a situação».

Vai daí, apanhado de surpresa Cavaco Silva fez o que costuma fazer: “rematou para canto” e foi aos escaninhos da sua memória procurar desesperadamente o primeiro lugar-comum que lhe viesse à ideia.

E foi então que, de súbito, dos confins dos seus tempos de escola e dos livros de leitura da instrução primária – e ainda por cima estava a comemorar-se «o 10 de Junho» – lhe vieram à memória os mil vezes martelados slogans dos nossos «egrégios avós», o orgulho do nosso «Império Colonial» e a glória dos Descobrimentos Portugueses, que toda a gente sabe que serviram somente para «alargar o nosso território e espalhar a fé cristã».

Assim, não é de estranhar que em pleno desespero para não ter que fazer essa coisa horrível que é dar uma opinião, Cavaco Silva uma vez mais se socorreu de um lugar-comum – e lá lhe saltou da boca essa gigantesca calinada do «dia da raça».

E é a sombra dessa gaffe que nunca mais o abandonará.
E é bem feito!

É bem feito para Cavaco Silva, para todos aqueles que o apoiam e para os que lhe passaram um cheque em branco no dia em que votaram para o eleger.

De facto, de um Presidente da República que responde sempre «talvez» às perguntas mais delicadas que lhe fazem, que se conforma e até colabora impávido e sereno com os achincalhamentos protocolares que lhe fazem na Madeira, ou que inventou essa coisa inédita e do mais abstruso cinzentismo que é promulgar «sob reserva» uma lei que lhe mereceu reservas técnicas ou políticas, que outra coisa seria de esperar, mesmo perante situações extremas e delicadas da vida nacional, que não simples banalidades, meros lugares-comuns e, pelos vistos, de vez em quando, uma ou outra… gaffe?...


segunda-feira, 9 de junho de 2008

 

A Triste e Miserável Imbecilidade da Fé



O Sr. Manuel Morilla é o Presidente da Câmara Municipal de Morón de La Frontera, uma pequena cidade a Sudeste de Sevilha e foi eleito nas listas do PP com maioria absoluta.

Acontece que o Sr. Presidente da Câmara Manuel Morilla é um profundo devoto da Virgem Maria Auxiliadora.

Assim sendo, o Sr. Presidente da Câmara não achou nada melhor do que pegar na maioria absoluta que o elegeu e decidiu proclamar a sua querida Virgem Maria Auxiliadora como «Presidenta da Câmara Honorária» da mui nobre cidade de Morón de La Frontera.

No pequeno filme aqui ao lado podemos assistir à sessão camarária e ao imenso regozijo manifestado pelo Sr. Presidente, pelos vereadores e pelos fiéis presentes nos Paços do Concelho com a aprovação da proposta.

Podemos ainda ver o Sr. Presidente incitar os seus apaniguados e fiéis da Virgem Maria Auxiliadora e a pedir-lhes auxílio para apuparem e assobiarem os vereadores da oposição que tinham votado contra a proposta e a quem, entre duas gargalhadas, ainda disse: «aqueles que não crêem em Deus são uma minoria que não merece ser tida em consideração».

Finalmente, já no fim da sessão, ainda podemos ver o Sr. Presidente da Câmara Manuel Morilla a abandonar a sala e a marchar todo muito garboso à frente de uma bonita procissão de fiéis, todos a entoarem piedosamente e com imenso fervor o hino da Virgem Maria Auxiliadora.

Confesso que não me ocorrem palavras suficientemente adequadas a comentar esta tristeza, esta sabuja reverência perante o irracional.

Talvez então seja melhor recorrer a Friedrich Nietzsche e aqui deixar simplesmente esta citação, que assim de repente me veio à memória e que fui buscar à «Imprecação Contra o Cristianismo»:

«O problema… não é o de saber o que deve substituir o homem na sequência dos seres vivos (o homem é um fim), mas sim que tipo de homem se deve cultivar, se deve querer, como sendo de mais alto valor, mais digno de viver, com futuro mais garantido.

«Esse tipo de mais alta valia já existiu com bastante frequência, nunca como desejado.

«Pelo contrário, foi precisamente ele o mais temido, pouco faltou, até agora, para ser aquilo que era temível – e, a partir desse temor, foi desejado, cultivado e conseguido o tipo inverso: o animal doméstico, o animal gregário, o homem como animal doente – o cristão…».


sexta-feira, 6 de junho de 2008

 

O Respeito da Igreja



Sob o título «Igreja respeita ateus e espera ser respeitada», a «Agência Ecclesia» noticia a recente criação da «Associação Ateísta Portuguesa» e cita a posição do Cardeal-Patriarca de Lisboa, o Dr. José Policarpo.

Aqui vai a notícia na íntegra (os destaques são meus):

«O Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, assegurou esta Quinta-feira que a Igreja respeita os ateus e espera o mesmo respeito por parte destes.
«Num encontro com jornalistas, no qual foi questionado a respeito da criação da Associação Ateísta Portuguesa (AAP), o Patriarca assegurou que “cá estaremos para respeitar e dialogar, esperando também ser respeitados”.

«A recém-criada AAP manifestou-se contra várias tomadas de posição da Igreja Católica em relação ao ateísmo, incluindo uma do próprio Cardeal D. José Policarpo. Na sua homilia de Natal de 2007, este responsável afirmou que “todas as expressões de ateísmo, todas as formas existenciais de negação ou esquecimento de Deus, continuam a ser o maior drama da humanidade”.

«Hoje, aos jornalistas, o Patriarca de Lisboa voltou a sublinhar que “se eu acredito que Deus é essencial na vida do homem, desconhecê-lo é um problema fundamental na vida do homem”.
«Assegurando que “é um direito” a organização em associações deste género, o Cardeal português não deixou de afirmar que “não gostei da fundamentação” com que surgiu a AAP.

«A associação foi oficialmente constituída na Sexta-feira, 30 de Maio, em Lisboa, por cerca de meia centena de pessoas, tendo na altura sido denunciada uma “generalizada ofensiva clerical a que Portugal não ficou imune”.
«As críticas subiram de tom numa carta da AAP ao Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, tornada pública, na qual se afirma que “alguns bispos têm atacado o ateísmo e os ateus”.

«A missiva é particularmente dura em relação ao Cardeal Saraiva Martins, apresentado como “pesquisador de milagres e criador de beatos e santos” e acusado de ter presidido em Fátima, no passado mês de Maio, a uma alegada “peregrinação contra o ateísmo na Europa”.
«O prefeito da Congregação para as Causas dos Santos criticou, na sua homilia do 13 de Maio, as "ideologias ateias e materialistas, que procuraram sufocar a luz da Fé no coração dos homens" durante o século XX, numa peregrinação subordinada ao tema «Não levantar falsos testemunhos - "Viver na verdade"».

«“É o espírito belicista dos cruzados que ainda corrói a mente do vetusto cardeal da Cúria?”, questiona o texto, assinado por Carlos Esperança.

«Neste contexto, D. José Policarpo disse que “temos um grande respeito pelo ateísmo, uma atitude conhecida já no Antigo Testamento”, mas frisou que “nem todos os ateus são iguais”.
«“O que para mim é novo é que o ateísmo se transforme em comunidade ateia, parecida com as comunidades crentes”, frisou, antes de referir que “o ateísmo e o agnosticismo não são a mesma coisa”».


Pois bem:
Só dois pequenos comentários:

1º- Está muito enganado o Dr. Policarpo se pensa que o ateísmo se vai transformar numa «comunidade ateia» e muito menos numa comunidade «parecida com as comunidades crentes».

Porque, ao contrário das «comunidades crentes», os ateus, quando se associam ou se reúnem não o fazem para receber lições de moral de pastores de camelos da Idade do Bronze, porque têm a sua própria ética, que é racional e Humanista, e que aceitam só por si e pelo seu valor intrínseco.
Muito menos adoptam dogmas irracionais ou posturas de sabuja reverência perante entidades imaginárias ou ícones de gesso, ou se dedicam a cerimónias mitológicas de negociação da vida eterna.

2º- Apesar de o texto transcrito ter como título «Igreja respeita ateus e espera ser respeitada», acaba por ficar perfeitamente entendida a mensagem clara e cristalina do Dr. Policarpo e qual a sua verdadeira postura perante os ateus e o ateísmo quando nos diz:
- «temos um grande respeito pelo ateísmo, uma atitude conhecida já no Antigo Testamento».

Vejamos então alguns exemplos dessa «atitude» do Antigo Testamento perante o ateísmo a quem, pelos vistos, o bom do Dr. Policarpo dedica um grande «respeito»:

«...aquele que for tomado como anátema será queimado a fogo, ele e tudo quanto tiver» - Josué, 7:15

«E falou o Senhor a Moisés: tira o que tem blasfemado para fora do arraial; e todos os que o ouviram porão as suas mãos sobre a sua cabeça; então toda a congregação o apedrejará» - Levítico, 24:13

Das dezenas e dezenas que se poderiam retirar da Bíblia e desse tal Antigo Testamento que cita, são apenas dois exemplos, mas claramente elucidativos do que o Dr. Policarpo pensa sobre os ateus e qual a sua verdadeira «atitude» perante o ateísmo.
De facto, tudo fica agora claro como água!

Diz o Dr. Policarpo que “nem todos os ateus são iguais”.
- Mas, pelos vistos, quando se fala de ateísmo, todos os crentes o são…


quinta-feira, 5 de junho de 2008

 

Teologia





quarta-feira, 4 de junho de 2008

 

A «Associação Ateísta Portuguesa» na comunicação social



Foi hoje noticiada em diversos meios de comunicação a constituição da «Associação Ateísta Portuguesa», de que destaco os seguintes:

- Agência Lusa

- Sol

- Portugal Diário

- Diário Digital

- Portugal Zone


No «Público» foi publicado o seguinte texto, que transcrevo:

«Perto de uma centena de ateus, agnósticos e cépticos criaram a primeira Associação Ateísta Portuguesa (AAP) para divulgar esta "filosofia" de vida e combater a "discriminação e os preconceitos pessoais e sociais" de que dizem ser alvo.
«A criação da associação coincide com uma "generalizada ofensiva clerical a que Portugal não ficou imune, apesar de o ateísmo não se definir pela mera oposição à religião e ao dogmatismo, em nome da liberdade, da igualdade e da defesa dos direitos individuais", afirma a AAP.
«Em declarações à agência Lusa, o presidente da comissão instaladora da AAP, Carlos Esperança, disse que os ateus estão a ser "atacados publicamente, de forma violenta", nomeadamente pela religião católica.
«"Foram o Papa Bento XVI e depois o cardeal-patriarca, D. José Policarpo, que consideraram o ateísmo o maior drama da humanidade", sublinhou Esperança.
«Para os ateístas, "os grandes dramas da humanidade são a fome, a guerra, o analfabetismo e o terrorismo".
«Carlos Esperança adiantou que a associação surgiu da necessidade da defesa da laicidade do Estado e de todas as correntes religiosas": "Não podemos sofrer represálias por mudar de crença ou ser anticrente."
«A AAP é pelos "interesses comuns a todos os que escolhem viver sem religião, defendendo o direito a essa escolha e a laicidade do Estado, e combatendo a discriminação e os preconceitos pessoais e sociais que possam desencorajar quem quiser libertar-se da religião que a sua tradição lhe impôs", lê-se no "Manifesto».


terça-feira, 3 de junho de 2008

 

Gente de Fé



É sempre interessante assistir a um debate entre duas facções cristãs que se reclamam mutuamente serem os verdadeiros intérpretes da palavra de Deus.

Mas o que é mais curioso é ver a sempre alucinada Shirley Phelps da «Westboro Baptist Church» a discutir com dois piedosos apresentadores televisivos (da «Fox News», como não podia deixar de ser) todos a verem quem é que ganha uma espécie de concurso para ver quem fica com o melhor Deus.

E o resultado não podia ser outro:
Depois de assistirmos a imagens desta gente da «Westboro Baptist Church», acometida de um fanatismo indescritível, a profanar os funerais de soldados americanos mortos em combate no Iraque, e de seguida vermos um dos apresentadores a invocar a sua fé em Jesus Cristo e a exibi-la como a mais verdadeira e a mais pura de todas, ainda temos a singela oportunidade de vermos a desvairada da Shirley Phelps a perguntar-lhe:
- Como ousa você invocar o nome de Abraão, Isaac e Jacob e depois se recusa a obedecer-lhes e a praticar tudo aquilo que eles ensinam?

E é então que percebemos:
- É que, mais coisa menos coisa, o Deus que está ali em debate entre todas estas pessoas bafejadas com essa coisa tão bonita que é «o dom da fé», afinal, é… precisamente o mesmo!...



segunda-feira, 2 de junho de 2008

 

O Fanatismo Religioso



Não há dúvida que haverá muito poucas pessoas que possam comentar o fenómeno do fanatismo religioso melhor do que este genial Bill Maher.



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