quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006
Macacos de Imitação
Confesso que fiquei chocado!
Eu que pensava que aquela bonita e singela história da rainha que andava a distribuir esmolas e pão aos pobres e que transformava tudo em rosas era bem portuguesa.
Eu que pensava que a história do milagre das rosas era património bem lusitano.
Até já tinha aqui feito um “post” sobre isso e tudo!
Ah, aquela bela história do rei a perguntar-lhe o que levava ela no manto.
E ela a aldrabá-lo indecentemente: “são rosas, senhor”
E a admiração do rei: “rosas em Janeiro???”
E depois a rainha a abrir o manto e as belas rosas a cair.
Que bonito!!!
Mas eis que de repente descubro que 64 anos anos antes de ter nascido a nossa Rainha Santa Isabel, mulher do rei D. Dinis, já tinha vivido uma tal Santa Isabel da Hungria.
E não é que a boa da Santa Isabel (desta vez a da Hungria), estava um dia precisamente a dar pão aos pobrezinhos, quando de repente lhe apareceu o marido.
Ao que parece os maridos não gostam que as mulheres piedosas dêem pão aos pobrezinhos.
Vai daí a piedosa senhora abriu o manto e todo aquele pão se transformou em rosas!
Escusado será dizer que este belo milagre valeu à Santa Isabel da Hungria a canonização pelo Papa Gregório IX em 1235, exactamente 36 anos antes da nossa rainha santa Isabel ter nascido.
Então afinal não podiam ter arranjado um milagre original à mulher?
A honra nacional está em causa.
Estou desiludido.
Macacos de imitação!