quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Joseph Ratzinger – Um Inimigo da Humanidade
Extracto do discurso de Richard Dawkins a propósito da recente visita do Papa Bento XVI ao Reino Unido.
O discurso completo por ser visto -> AQUI
Ou no filme do Youtube abaixo.
Joseph Ratzinger é um inimigo da Humanidade.
Ele é um inimigo das crianças, cujos corpos ele permitiu que fossem violados e cujas mentes ele encorajou a que fossem infectadas de culpa.
É embaraçosamente claro que a Igreja está menos preocupada em salvar dos violadores os corpos da crianças, do que salvar do Inferno as almas dos padres: e mais preocupada em salvar a longínqua reputação da própria Igreja.
Ele é um inimigo dos gays, dedicando-lhes a mesma espécie de discriminação que vinha reservando aos judeus.
Ele é um inimigo das mulheres – impedindo-as de aceder à ordenação, como se um pénis fosse uma ferramenta essencial aos deveres pastorais.
A que outro empregador é permitido discriminar com base no sexo no preenchimento de um emprego, que manifestamente não exige força física ou qualquer outra qualidade que só os homens possam ter?
Ele é um inimigo da verdade, promovendo mentiras descaradas sobre a falta de protecção do preservativo contra a SIDA, especialmente em África.
Ele é um inimigo das mais pobres pessoas do planeta, condenando-as a viver em famílias desproporcionadas que não podem alimentar, e assim as mantendo nas garras de uma eterna pobreza.
Uma pobreza que é chocante face às obscenas riquezas do Vaticano.
Ele é um inimigo da Ciência, obstruindo pesquisas vitais sobre células estaminais, com o fundamento não em moralidade mas em superstições pré-científicas.
Menos importante, do meu ponto de vista, Ratzinger é até um inimigo da própria Igreja da Rainha, corroborando as opiniões dos seus antecessores sobre os fundamentos da Igreja Anglicana como “absolutamente inúteis e completamente vazios”, enquanto ao mesmo tempo tenta cativar padres anglicanos para o seu próprio sacerdócio em lamentável declínio.
Finalmente, talvez a minha principal preocupação, ele é um inimigo da educação.
Mesmo para além dos perpétuos danos psicológicos causados pela culpa e pelo medo, que tornaram a educação católica infame por todo o mundo, ele e a sua Igreja promovem a doutrina educacionalmente perniciosa de que a prova é uma base menos confiável para a crença do que a fé, a tradição, a revelação e a autoridade – a sua autoridade.