terça-feira, 6 de julho de 2010
A Promoção do Erotismo, o Totalitarismo do Orgasmo e o Fundamentalismo Erótico
Há duas semanas o Abominável César das Neves perorava indignado contra a lei que aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Dizia ele que é uma lei que «é o mais recente passo de uma vasta campanha de promoção do erotismo, promiscuidade e depravação a que se tem assistido nos últimos anos».
Mas dizia mais: dizia que por trás de tudo isto está, vejam só, «o totalitarismo do orgasmo».
Já esta semana César das Neves vem dizer que «o casamento é a realização mais espantosa da humanidade» e que é «a mais utilizada forma de transmitir a existência e a única eficaz de transmitir a civilização».
O que, antes de mais, e tratando-se de casamento civil, nos deixa grandes perplexidades sobre a forma como a humanidade conseguiu sobreviver em Portugal até há 120 anos atrás...
Mas a coisa não fica por aqui:
César das Neves descobriu que «o fundamentalismo erótico anula a relação ao primeiro obstáculo e chega a ridicularizar a procriação. Este modelo é tão desequilibrado quanto o anterior, mas, ao contrário dele, implica a extinção da sociedade. Porque o casamento, mesmo impossível, é o nosso único futuro».
Já nem vale a pena fazer muitos comentários a estas homilias semanais do Diário de Notícias, às vezes tão tristemente divertidas.
João César das Neves é somente um triste pateta, cego por um misticismo exacerbado e por um fanatismo ridículo.
João César das Neves é somente um pobre tarado sexual que já nem se apercebe do profundo escárnio que o rodeia quando brama contra a «promoção do erotismo» e o «totalitarismo do orgasmo».
João César das Neves é um lorpa patético que já nem merece comentários: já só me faz pena.
Muita pena.
Embora, pelas campanhas que o vejo defender, tenha mais pena ainda é... da mulher dele...