segunda-feira, 31 de maio de 2010

 

Lei n.º 9/2010 de 31 de Maio



Permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo

«… um passo muito importante e simbólico para a plena realização de valores que são os pilares essenciais das sociedades democráticas, abertas e tolerantes: os valores da liberdade, da igualdade e da não-discriminação.
«Esta é uma lei que se destina a unir, não a dividir a sociedade portuguesa. Unir a sociedade, sim, porque é isso que sucede quando se acabam com divisões injustas e sem fundamento.
«Esta é uma lei de concórdia e de harmonia social, porque estabelece uma regra de igualdade que nada impõe a ninguém; porque respeita todas as crenças e convicções; porque salvaguarda a liberdade da pessoa adulta, nos seus projectos e opções de vida.
«Esta não é uma lei contra ninguém. Nem sequer é uma lei a favor de alguns: é uma lei a favor de todos. Que ninguém interprete esta lei como a vitória de uns sobre outros. Esta lei representa a vitória de todos. Porque são sempre assim as leis da liberdade e as leis humanistas.«O que é próprio de um humanista é sentir-se ele próprio humilhado com a humilhação dos outros. O que é próprio de um humanista é sentir-se excluído com a exclusão dos outros. O que é próprio de um humanista é sentir a sua liberdade diminuída e os seus direitos limitados, quando a liberdade de outros é diminuída e os seus direitos são limitados…».


sábado, 29 de maio de 2010

 

«Darwin»


Dana Carvey is "DARWIN" - watch more funny videos


sexta-feira, 28 de maio de 2010

 

O Meu Amor











quarta-feira, 26 de maio de 2010

 

Vade retro, Satanás!



Relata este site norte-americano (a que cheguei via «Pharyngula») que um belo dia estava Schandra Rodriguez, professora do ensino secundário na Florida, muito descansada quando outras duas professoras, suas colegas, resolveram atacá-la bárbara e selvaticamente atirando-lhe... água benta.

O motivo é simples: a professora havia expressado a sua descrença em Deus.
Apresentada a devida queixa, as atacantes arriscam-se agora a perder mesmo o emprego.

É incrível como de vez em quando ainda nos deparamos com uma história com tamanho ridículo.

O ridículo de alguém que se arrisca a perder o emprego só porque salpicou de água outra pessoa.
O ridículo de alguém que no século XXI ainda acredita que a água benta cura o ateísmo;
O ridículo de alguém que pensa que as balas de prata matam os lobisomens ou que o alho afasta os vampiros.

Enfim, o ridículo da fé...


terça-feira, 25 de maio de 2010

 

Como cozinhar um Cristo





segunda-feira, 24 de maio de 2010

 

How the hell did you do that?





domingo, 23 de maio de 2010

 

Comme toujours...








sábado, 22 de maio de 2010

 

I want more life, father...






quarta-feira, 19 de maio de 2010

 

O próximo passo



E pronto: promulgada pelo Presidente da República a proposta de lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo, resta agora a publicação e a entrada em vigor da nova lei, o que se prevê para breve.

Mas esta proposta de lei tem algo mais que se lhe diga.
Para além de (basicamente) ter alterado a redacção do artigo 1.577º do Código Civil, exactamente a norma que define a noção de casamento civil, retirando-lhe a expressão «de sexo diferente», esta nova lei veio também restringir expressamente no seu artigo 3º a possibilidade da adopção por pessoas casadas com cônjuge do mesmo sexo.

Ora, e como é por demais óbvio, esta norma é claramente inconstitucional.
E por três motivos:

- Primeiro, porque estabelece uma distinção entre formas de casamento em razão do sexo e da orientação sexual dos respectivos cônjuges;
- Segundo, porque retira, a quem já antes a tinha, a possibilidade de adopção a quem se case com pessoa do mesmo sexo;
- Terceiro, porque trata o casamento entre pessoas do mesmo sexo como uma espécie de “casamento menor” em relação ao casamento entre pessoas de sexo diferente.

Estas inconstitucionalidades são tão flagrantes que se está mesmo a ver que se devem a uma mera estratégia do Governo (que, diga-se de passagem, não lhe ficou nada bem), que não quis “chocar” muito as pessoas quando apresentou a sua proposta de lei do casamento homossexual à Assembleia da República.
E são tão inequívocas que até o próprio Presidente da República teve o cuidado de não pedir especificamente ao Tribunal Constitucional a apreciação da constitucionalidade deste artigo 3º.
Como muito bem sabia o Sr. Presidente, o resultado seria mais do que esperado, e é por isso que a sua atitude revela, da sua parte, uma grande falta de honestidade política.

Perante isto, o que se passará agora a seguir?

Pois bem:
Teremos agora de esperar que um casal homossexual se apresente a uma entidade administrativa qualquer, e requeira um processo de adopção.
Depois, perante a recusa da adopção com o fundamento de que o casal é composto por dois cônjuges do mesmo sexo, é só recorrer judicialmente da decisão – até ao Tribunal Constitucional.

E aí, como sabemos, “o caminho das pedras” é já de todos conhecido...

Por outras palavras:
A adopção de crianças por casais homossexuais em Portugal não é mais do que uma mera e simples questão de tempo.


segunda-feira, 17 de maio de 2010

 

Está bem: eu promulgo porque não tenho outro remédio...

...mas que fique claro que não é por isso que deixo de ser homofóbico!


O Presidente da República Cavaco Silva promulgou hoje a proposta de lei que aprova o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Mas deixou-nos bem claro que promulgou porque não tinha outra hipótese: se vetasse a lei, os partidos com maioria parlamentar não deixariam de a aprovar novamente, e o Presidente seria obrigado a promulgá-la.
E lá estava o Presidente a perder a face outra vez.

E promulgou tão contrariado, que recorreu pateticamente à desculpa esfarrapada da situação financeira que o país vive.

Mas promulgou.
E isso é que importa.

É por isso que não interessa já falarmos do espectáculo triste e degradante de ver um Presidente da República a defender numa alocução ao seu país que teria preferido uma solução legislativa não só obviamente inconstitucional, mas também revoltantemente discriminatória para uma parte dos cidadãos em razão da sua identidade e das suas características próprias enquanto seres humanos.


Hoje é o dia mundial contra a homofobia.
E é a partir deste dia que Portugal é agora um país mais decente.


 

Quando o idiota acumula com tarado sexual





«Tornar obrigatório o ensino da educação sexual resume-se a dizer: forniquem à vontade, divirtam-se, façam o que quiserem mas com higiene».


- Duarte Pio de Bragança ao «DN»


sexta-feira, 14 de maio de 2010

 

Cooperação Institucional





quinta-feira, 13 de maio de 2010

 

O Embuste



Faz hoje anos que a Virgem Maria, a mãe de Deus, apareceu pela primeira vez em Fátima a três crianças para transmitir uma mensagem aos Humanos.
Andava preocupada com a gente, coitada.

De início a mensagem foi considerada um segredo divino tal era o seu significado simbólico e a sua enorme relevância para a História da Humanidade.
Só foi conhecida aos bochechos e depois de cuidadosamente dividida em três partes.

Ora, a mensagem da mãe de Deus era de tal forma importante que a sua última parte só foi conhecida meio século depois de nos ter sido transmitida.
Era uma previsão de que um gajo vestido de branco ia sofrer um atentado.

Foi pena que a “previsão” não tivesse sido divulgada mais cedo.
É que quando os prognósticos são feitos no fim do jogo perdem toda a piada, não é?...

Mas na primeira parte a Senhora «mais brilhante que o Sol» disse de facto uma coisa de particular importância para a Humanidade: disse que devíamos rezar muito a Deus.
Ao que parece, Deus gosta muito que lhe rezem. Faz-lhe bem ao ego, dizem.

Mas a especialidade da Virgem Santíssima era de facto a futurologia.
Pelos vistos a capacidade de adivinhação deve ser um dom especial reservado por Deus às mulheres «puríssimas», que são aquelas cujo canal vaginal só funciona no sentido catolicamente correcto, que é o sentido descendente, e que nunca foi conspurcada por essa coisa suja, horrível e pecaminosa chamada sexo.

Foi assim que vinda dos Céus, onde se encontra de corpo e alma, esta anorgásmica mãe, provavelmente com muito pouco que fazer, resolveu vir ao nosso planeta dizer-nos que a Guerra acabava nesse ano de 1917 e que os soldados portugueses estariam de volta ao solo pátrio já pelo Natal.

O pior de tudo foi que a I Guerra Mundial, a tal guerra de 1914-18 acabou, tal como o próprio nome indica... no ano de 1918.
Então não querem lá ver que a mãe de Deus se enganou, coitadita?

Ou seja:
Quer isto dizer que nesta insigne e extraordinária mensagem transmitida aos Homens a mãe de Deus numa parte fez um prognóstico no fim do jogo, noutra disse uma banalidade e na terceira, ó Céus... enganou-se!

É pois para honrar esta extraordinária mensagem que milhares de pessoas – este ano com Papa e tudo – se deslocam todos os anos a Fátima para adorar e rezar à Virgem Maria e para comemorar e celebrar a extrema razoabilidade e a lucidez de tudo isto.


quarta-feira, 12 de maio de 2010

 

O Negócio





terça-feira, 11 de maio de 2010

 

Vai-te embora, ó palhaço!









domingo, 9 de maio de 2010

 

S L B






 

De vez em quando lá aparece um padre a dizer umas coisas de jeito





 

Estará o gajo a cantar em “play back”?






quinta-feira, 6 de maio de 2010

 

A Moralidade Absoluta



Neste pequeno filme Richard Dawkins responde a um daqueles idiotas que precisam que os conceitos de moralidade lhes sejam impostos por uma religião qualquer.




quarta-feira, 5 de maio de 2010

 

Petição «Cidadãos pela Laicidade»






Senhor Presidente da República Portuguesa:

Nós, cidadãs e cidadãos da República Portuguesa, motivados pelos valores da liberdade, da igualdade, da justiça e da laicidade, manifestamos, através da presente carta, o nosso veemente protesto contra as condições – oficialmente anunciadas – de que se revestirá a viagem a Portugal de Joseph Ratzinger, Papa da Igreja Católica.

Embora reconhecendo que o Estado português mantém relações diplomáticas com o Vaticano e que a religião católica é a mais expressiva entre a população nacional, não podemos deixar de sublinhar que ao receber Joseph Ratzinger com honras de chefe de Estado ao mesmo tempo que como dirigente religioso, o Presidente da República Portuguesa fomenta a confusão entre a legítima existência de uma comunidade religiosa organizada, e o discutível reconhecimento oficial a essa confissão religiosa de prerrogativas estatais, confusão que é por princípio contrária à laicidade.

Importa ter presente que o Vaticano é um regime teocrático arcaico que visa a defesa, propaganda e extensão dos privilégios temporais de uma religião, e que não reúne, de resto, os requisitos habituais de população própria e território para ser reconhecido como um Estado, e que a Santa Sé, governo da Igreja Católica e do «Estado» do Vaticano, não ratificou a Declaração Universal dos Direitos do Homem – não podendo portanto ser um membro de pleno direito da ONU – e não aceita nem a jurisdição do Tribunal Penal Internacional nem do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, antes utilizando o seu estatuto de Observador Permanente na ONU para alinhar, frequentemente, ao lado de ditaduras e regimes fundamentalistas.

Desejamos deixar claro que, se em Portugal há católicos dos quais uma fracção, mais ou menos importante, se regozijará com a visita de Joseph Ratzinger, há também católicos e não católicos para quem o carácter oficial da visita papal, o seu financiamento público e a tolerância de ponto concedida pelo Governo, são agressões perpetradas contra os princípios de laicidade do poder político que a própria Constituição da República Portuguesa institui.

Esta infracção da laicidade a que estão constitucionalmente vinculadas as autoridades republicanas torna-se ainda mais gritante e deletéria quando consideramos que se celebra este ano o Centenário da Implantação da República, de cujo legado faz parte o princípio de clara separação entre Estado e Igreja, contra o qual atentará qualquer confusão entre homenagens a um chefe de Estado e participação oficial dos titulares de órgãos de soberania em cerimoniais religiosos.

Declaramos também o nosso repúdio pelas posições veiculadas pelo Papa em matéria de liberdade de consciência, igualdade entre homens e mulheres, autodeterminação sexual de adultos, e outras matérias políticas.

Porque nos contamos entre esses cidadãos que entendem que a laicidade da política é condição fundamental das liberdades e direitos democráticos em cuja defesa e extensão estão apostados, aqui deixamos o nosso protesto e declaramos a Vossa Excelência o nosso propósito de o mantermos e alargarmos através de todos os meios de expressão e acção ao nosso alcance enquanto cidadãos activos da República Portuguesa.

Subscritores:
Alexandre Andrade, Andrea Peniche, António Serzedelo, Carlos Esperança, Eugénio de Oliveira, Francisco Carromeu, João Pedro Cachopo, João Tunes, Joana Amaral Dias, Joana Lopes, José Rebelo, Ludwig Krippahl, Luís Grave Rodrigues, Luís Mateus, Luís Sousa, Maria Augusta Babo, Miguel Cardina, Miguel Duarte, Miguel Madeira, Miguel Serras Pereira, Onofre Varela, Palmira Silva, Pedro Viana, Porfírio Silva, Ricardo Gaio Alves, Rui Tavares, Xavier de Basto.


- Assine a petição -> AQUI



terça-feira, 4 de maio de 2010

 

Um imbecil é um imbecil



O Pacheco Pereira desabafa assim no «Abrupto» sobre aquilo a que chama «um surto de imbecilidade considerável» e sobre «uma nova forma de anticlericalismo intelectual»:

«A visita do Papa tem gerado em vários países, Portugal é um deles, um surto de imbecilidade considerável.
«À falta de anticlericalismo popular, há agora uma nova forma de anticlericalismo intelectual de parte da esquerda «fracturante». Enquanto não houver um Papa que não seja mulher, lésbica, negra, de preferência não crente, e que vote nos EUA no Obama, os Papas, em particular este, são alvos preferenciais.
«E este acirra os ânimos de forma muito especial porque é branco, alemão, conservador, teólogo, e conhece bem demais a impregnação da doutrina cristã pelas variantes na moda desde os anos sessenta de «progressismo» esquerdizante.
«A absurda intolerância dos «fracturantes» exerce-se então em toda a sua amplitude»
.

O Pacheco Pereira é um daqueles cromos que pensa que para se ser considerado «um grande intelectual» basta fazer constar que se tem uma grande biblioteca na província e apresentar-se na televisão com o cabelo gorduroso e mal lavado.

Num engraçadíssimo raciocínio que faria Freud corar de vergonha, Pacheco Pereira acusa de imbecilidade o anticlericalismo sobre Bento XVI porque, ironiza, ele é «branco, alemão, conservador, teólogo e conhece a doutrina cristã».
Talvez seja a absurda gordura que lhe escorre do cabelo que impede Pacheco Pereira de ver mais alguns outros pequenos pormenores que têm caracterizado e definido a figura deste Papa.
Porque Ratzinger é um empedernido ultra-conservador, um reconhecido misógino, é um miserável homofóbico, é certamente responsável por um incontável número de mortos graças à sua política contra o preservativo ou contra o aborto mesmo em caso de perigo de vida para a mãe, para além de que durante décadas protegeu e foi cúmplice de padres pedófilos.

E é precisamente este facínora que vem a Portugal e vai ser recebido com honras de chefe de Estado.

Uma coisa é certa: anticlericalismo intelectual ou não, absurda intolerância fracturante ou não, só mesmo uma imbecilidade considerável como a de Pacheco Pereira pode impedir alguém de ver isto!


segunda-feira, 3 de maio de 2010

 

Les beaux esprits se rencontrent



O «ABC.es» noticia que um grupo de bispos da ala mais tradicionalista e conservadora da Igreja Anglicana, revoltado com as reformas desta Igreja protestante, principalmente com a possibilidade da ordenação de mulheres como bispos, tem mantido conversações secretas com o Vaticano para se converter em massa à religião católica.

De facto, eis aqui uma associação perfeitamente natural: religiosos reaccionários e conservadores empedernidos que, pelos vistos é com a Igreja Católica Apostólica Romana que mais se identificam e junto de quem se sentem mais confortáveis.

Porque sabem que serão recebidos de braços abertos por uma organização igualmente reaccionária e conservadora, e que ainda por cima é conhecida por proteger e resguardar no seu seio mesmo aqueles que são reconhecidamente responsáveis pelos crimes mais hediondos.


This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com