segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

 

Estou é farto disto!



Parece que é uma crise mundial, ou lá o que é.
O desemprego vai nos dois dígitos e o défice para lá caminha.
É uma crise a seguir à outra, ou então é o raio da mesma crise que não há meio de passar.

Já não sei se o Governo sabe o que está a fazer ou se está tudo a ir por água abaixo e se o Sócrates e o Teixeira dos Santos já nem controlam isto.
Parece que sim, que ainda vão sabendo o que estão a fazer.
Será?
É que se não sabem, o que é facto é que não imagino quem os substitua: a Ferreira Leite como primeira-ministra e o Bagão Félix como ministro das Finanças? Longe vá o agoiro!

As oposições de esquerda e de direita unem-se para governarem bem juntinhas a partir da Assembleia da República e humilham o Governo, que por sua vez ameaça ir-se embora. Mas parece que não querem que o Governo se vá embora…
Entretanto promovem tanto a divulgação de escutas ilegais em segredo de justiça, que ao que parece já conhecem com antecedência, como leis aberrantes que discriminam os cidadãos.

E de repente parece que ficou tudo doido. Os telejornais abrem com fugas ao segredo de justiça patrocinadas pelos próprios órgãos judiciais e ninguém faz nada. E toda a gente acha normal este autêntico deboche.

José Sócrates foi eleito o bombo da festa pelos partidos da oposição e pelos jornalistas, e de repente temos o primeiro-ministro de Portugal sob a permanente suspeita de que é um aldrabão.
Ora o acusam de receber dinheiro de um freeport qualquer, ou de ser escutado a atentar contra o Estado de Direito, ou de chamar nomes às pessoas.

As acusações são injectadas na opinião pública em bocadinhos criteriosos, só o suficiente para manter o primeiro-ministro a cozer em lume brando.
É uma espécie de suicídio nacional dos que não vêm o que isso fragiliza e diminui aquele em quem confiámos a tarefa de nos resolver os problemas do país.

O passatempo nacional é agora achincalhar o Sócrates, e de repetente todos se acham muito poderosos por poderem julgar o primeiro-ministro na praça pública e acusá-lo das maiores filhadaputices que se lêem nas primeiras páginas dos jornais.
É um ódio obsessivo, que tenho dúvidas que não seja patológico.
É o orgasmo supremo do portuguesinho de merda, invejoso e medíocre. O mesmo passatempo preferido do mesquinho ranhoso que se baba quando risca a porta do carro novo do vizinho que não tem nada que ter um carro melhor que o seu.

Qualquer bardamerda se sente muito importante por ter a oportunidade de arrastar pela lama o nome de alguém que vingou na vida. E ainda por cima com o bónus de ser o primeiro-ministro.
Nem sei como é que o homem ainda atura esta merda e não decide simplesmente mandar lixar isto tudo e não se vai embora e bate com a porta no focinho de todos estes lorpas.

Os jornais publicam escutas judiciais em segredo de justiça que dizem que provam que o primeiro-ministro quer derrubar o Estado de Direito.
A coisa vai a tal ponto que já ninguém acha estranho que se publiquem escutas de conversas privadas e em segredo de justiça, e já ninguém acha ridículas as acusações, por mais absurdas e infundamentadas que sejam, desde que o visado seja o primeiro-ministro.
O hábito de brincar com a honorabilidade do primeiro-ministro de Portugal já abafou até o sentido crítico de toda esta gente.
E o jornalismo de caixote de lixo vende como pãezinhos quentes.

E a cada nova indignidade, lá aparecem nas câmaras de televisão os mesmos idiotas do costume, a chafurdar na porcaria e a rebolarem-se na lama com aquela cara de gozo alvar a exigir «um cabal esclarecimento», sem sequer se aperceberem que um dia podem ser os próximos os escolhidos para o festim mediático.

Nunca se prova nada. Mas basta repetir tudo muitas vezes, outra e outra vez, conscientemente, desonestamente e de má fé, injectando de vez em quando coisas novas, e cá temos a famosa “asfixia democrática” e aqui d’el rei que o primeiro-ministro “tem um padrão” de atacar a liberdade de expressão.
Deve atacar muito mal, porque toda a gente diz o que lhe apetece e todos os dias lhe achincalham o nome na praça pública e nunca vi ninguém lixar-se por causa disso. Mas enfim…

O que é verdade é que anda tudo ao contrário.
De repente parece que alguém decidiu envenenar-me e intoxicar-me nos jornais, nas revistas, nas televisões, nas rádios, sempre com as mesmas notícias, as mesmas acusações, as mesmas calúnias, o mesmo nojo, o mesmo vómito.
A mesma falta de ética, a mesma falta de vergonha, a mesma indecência.
E é disto que agora se faz a política em Portugal!

Esta merda perdeu a piada.
Já nem compro jornais, nem vejo telejornais nem vejo debates, nem coisa nenhuma.
Estou farto disto.
Farto!
Puta que os pariu a todos!




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