quinta-feira, 22 de outubro de 2009

 

Blasfémia!



Só há uma razão para os crentes se indignarem tanto com as críticas ao seu Deus e até aos seus objectos sagrados:
São eles os primeiros a ter consciência do profundo ridículo da sua religião, e do quão risíveis e até patéticos são os dogmas que adoptaram para comandar as suas vidas.

O medo da blasfémia não é mais do que um pavor ancestral que os crentes têm de ser confrontados e de terem de admitir tudo isso.

Refugiam-se então no argumento imbecil de que os seus dogmas têm de ser convenientemente interpretados, porque o que a Bíblia diz não é bem aquilo que a Bíblia diz.

A Bíblia conta-nos que Deus mandou Abraão sacrificar o filho, que mandou Josué destruir a cidade de Jericó porque os seus habitantes adoravam outro Deus, que mandou matar um chefe de família que apanhava lenha ao sábado, que destruiu Sodoma e Gomorra porque considerava aberrantes os seres humanos em razão da sua orientação sexual, que mandou apedrejar até à morte as mulheres adúlteras, que matou todos os seres vivos da Terra num dilúvio…

Pois bem: se tudo isto são parábolas, se tem de ser integrado num contexto e se, enfim, tudo isto é simbólico, então alguém que me responda:
- Simbólico de quê?...




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