sexta-feira, 25 de setembro de 2009

 

Na mouche!



Às vezes até parece que as pessoas se esquecem de que o Bloco de Esquerda é um partido político.
Ora, a filiação ou um simples voto em qualquer partido político representa uma identificação mínima com o seu programa, com a sua ideologia e com uma determinada filosofia política.

E é aqui que o Bloco de Esquerda é um partido absolutamente tenebroso:
No seu programa partidário o Bloco de Esquerda preconiza a nacionalização dos sectores produtivos e de várias empresas de referência, como a Galp ou a PT, sem explicar como consegue os recursos para pagar os 70 ou 80 mil milhões de euros que essas nacionalizações custariam a Portugal.
E isso não é honesto.

Talvez seja por isso que o Bloco de Esquerda lhes chama «reversão» e me deixa agoniado com a memória dos velhos tempos do «Verão Quente», do «Camarada Vasco» e da «Muralha de Aço», tempos que eu não quero que o meu país volte a viver.
Nunca mais!

A par disso, e à melhor maneira estalinista o Bloco de Esquerda levou toda esta campanha eleitoral a apelar aos mais bacocos sentimentos populistas, nem que para isso tivesse de inventar notícias falsas e slogans rasteiros e imbecis, numa táctica desonesta e rasca, mas ainda assim conscientemente assumida.

Propalado aos quatro ventos com o cínico tom seminarista de Francisco Louçã, o mais famoso slogan do Bloco de Esquerda não é mais do que isto:
- Não podem ser as pessoas a pagar isto; tem de ser o Estado!

E conseguem dizer isto sem se rir!

À melhor maneira trotskista, vimos agora um dirigente bloquista defender o fim do ensino do inglês no ensino básico porque, diz ele, esta língua representa «o império e o pensamento único».
E isto é dito desassombradamente, pressupondo mesmo um ganho eleitoral numa democracia ocidental do século XXI…

Como se não bastasse já, este dirigente esclarece-nos que o Bloco de Esquerda defende o fim da democracia representativa e a sua substituição por uma coisa chamada «democracia participativa», o costumeiro eufemismo usado para «legitimar» as ditaduras comunistas ou, por exemplo, o Partido Comunista da União Soviética.

Ora, votar no Bloco de Esquerda é obviamente admitir uma correspondência ideológica e filosófica com estes delírios trotskistas, com esta autêntica demência política e com esta falta de ética, e com uma assumida desonestidade intelectual mas que ainda vai rendendo os votos dos mais incautos.

É por isso que (ao menos uma vez) teve imensa razão Belmiro de Azevedo quando o ouvi na SIC Notícias definir assim o líder do Bloco de Esquerda:
- Francisco Louçã é uma mistura de Vasco Gonçalves com o bispo Edir Macedo.

Na mouche!




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