quinta-feira, 30 de julho de 2009
Uma visão tão recente, que muita gente ainda não a entendeu
Originalmente a humanidade era formada por três tipos de seres completos:
O primeiro era composto por dois homens fundidos num só;
O segundo por duas mulheres;
O terceiro por um homem e uma mulher.
Por punição reservada aos seres humanos, os deuses dividiram e separaram estes seres superiores, dando assim vida à actual humanidade, formada por homens e mulheres errantes, constantemente à procura da sua própria “metade”.
Assim, de acordo com esta visão da natureza humana, tanto as escolhas homossexuais como heterossexuais são plenamente legítimas e naturais.
Deste modo, e em sentido rigoroso, o único comportamento “contra-natura” seria… o celibato.
- De Platão in «Simpósio»
quarta-feira, 29 de julho de 2009
A Filiação Partidária
A filiação partidária não é algo que se deva simplesmente ao acaso.
Mais do que a partilha de meia dúzia de ideais inscritos num programa eleitoral, a filiação partidária significa a comunhão de princípios básicos de uma determinada filosofia política, social, cultural, etc.
Mas principalmente ética.
Provavelmente só um militante partidário acrítico e fanático partilhará de todos os princípios filosóficos e programáticos do partido de que é militante ou simpatizante.
Mas uma coisa é certa: a comunhão partidária e a colocação de um voto numa urna por parte de uma qualquer pessoa certamente lhe exigem uma partilha dos mais básicos princípios fundamentais com o partido com quem diz identificar-se ideologicamente.
Ora, a filosofia política de qualquer partido define-se, mais do que pela leitura do seu programa, pela sua História mais recente e, principalmente, pela construção diária dos seus princípios éticos, que nos vão sendo transmitidos pelas posições fundamentais que os seus principais líderes vão quotidianamente definindo.
Vem isto a propósito da notícia da proposta de revisão constitucional aprovada conjuntamente e por unanimidade pelo PSD, pelo CDS/PP e pelo MPT na Assembleia Regional da Madeira.
E o que essa notícia nos transmite já é mais significativo do que as costumeiras palhaçadas de Alberto João Jardim e da ausência de dignidade institucional e de sentido de Estado com que vai fazendo reféns os titulares dos restantes Órgãos de Soberania, enquanto meia dúzia de sabujos o vão aplaudindo cobardemente, com medo de perderem as suas preciosas sinecuras e o seu lugar à mesa do Orçamento Regional.
Desta vez, entre outros dislates, como a eliminação da alusão ao "Estado Unitário", propõe-se a par da proibição do fascismo, já inscrita no texto constitucional, a pura e simples proibição do comunismo.
Repare-se que não se pretende a eliminação da actual proibição constitucional do fascismo. Isso, eu até entenderia, que não vejo grandes e fundamentais diferenças entre o fascismo e o comunismo.
Mas o que é significativo é estarmos perante a definição agora historicamente actualizada da filosofia política de três partidos políticos, entre os quais o PSD (que pode bem ser Governo em Portugal dentro de um par de meses - longe vá o agoiro!), e que num Estado de Direito, numa democracia ocidental, pretendem implementar a proibição de uma ideologia partilhada por uma percentagem significativa da população portuguesa, à bela maneira de Salazar, Franco ou Hitler, que tão boa companhia fazem a Lenine, Estaline ou Brejnev.
É este, pois, o PSD que temos.
É esta a sua ideologia e é esta a sua filosofia política, tal como elas nos vão sendo definidas e muito bem esclarecidas pelos seus responsáveis estatutários.
Só resta saber quem se identifica com isto…
Só resta saber quem se identifica com isto…
terça-feira, 28 de julho de 2009
Bíblia
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Programa Eleitoral
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Mé!
quinta-feira, 23 de julho de 2009
O Bom Samaritano
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Uma pequena citação desse conhecido xenófobo chamado Jesus Cristo
sábado, 18 de julho de 2009
Homeopatia de Urgência
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Uma pequena citação desse bom homem chamado Jesus Cristo
terça-feira, 14 de julho de 2009
Talvez não sejamos muitos e muitas…
«Talvez não sejamos muitos e muitas…
… mas existimos.
Somos as pessoas que, no espectro político-partidário, tal como ele se apresenta (e não o que idealizaríamos), se colocam entre o PS e o Bloco.
Não gostamos do PS-centrão, com políticas neo-liberais no trabalho e na economia, e com um séquito de pessoas predispostas ao tráfico de influências. Gostamos do PS quando se apresenta do lado da igualdade, da liberdade, da modernidade.
Não gostamos do Bloco quando descai para a demagogia, quando arrebanha as pulsões populistas, ou quando aposta no “correr por fora” desresponsabilizando-se do governo da coisa pública.
Gostamos do Bloco quando se apresenta … do lado da igualdade, da liberdade, da modernidade.
Alguns e algumas de nós circulam em espaços criados para suprir esse ponto intermédio: em torno de Alegre, em torno de Roseta. Não é o meu caso. Porque acho que sem máquina e sem diversidade de composição social não há transformação política.
Alguns e algumas de nós circulam em espaços criados para suprir esse ponto intermédio: em torno de Alegre, em torno de Roseta. Não é o meu caso. Porque acho que sem máquina e sem diversidade de composição social não há transformação política.
Mas estejamos lá ou não, estejamos no PS ou não, estejamos no Bloco ou não, partilhamos uma série de preocupações:
sentimos que o sistema político português está prisioneiro de uma lógica de grande centro que cedeu demasiado ao neo-liberalismo e que um sintoma disso são as ligações ao poder económico e o tráfico de influências;
cortámos há muito com a esquerda revolucionária, mas recusámos a terceira via, acreditando que é possível uma social-democracia que aposte no papel do estado e dos serviços públicos na garantia de igualdade de oportunidades no quadro de uma economia de mercado regulada e com espaço e incentivo para formas de economia solidária e cooperativa;
defendemos acima de tudo a liberdade, e esta mede-se na capacidade de garantir opções e escolhas, diversidade, reconhecimento e direitos.
Somos pela escolha na interrupção voluntária da gravidez, somos pela diversidade cultural no país e pelo acolhimento dos imigrantes, somos pela plena igualdade no acesso ao casamento civil por parte de casais do mesmo sexo, somos pela despenalização do consumo de drogas, pela laicidade o estado e pela liberdade religiosa, pela efectiva igualdade de género;
somos reformistas, no sentido em que queremos transformações concretas na segurança social, na saúde, na justiça, na educação que, com base na valorização dos serviços públicos e na dignificação dos profissionais, melhorem as chances de boa vida para o maior número possível de pessoas, no tempo da sua vida, sem fazer a mudança depender do agudizar de contradições que possam levar, num futuro distante, a uma sociedade perfeita – em que não acreditamos.
Não desejamos que as coisas estejam mal para podermos justificar as lutas, desejamos que elas melhorem mesmo e quanto mais cedo melhor;
somos pela inovação, pelo conhecimento, pela capacidade inventiva e criadora, pela sustentabilidade energética, pela ecologia – e achamos que estas áreas oferecem o melhor potencial para o futuro económico do país, ao mesmo tempo promovendo o conhecimento, gerador de liberdade;
somos por um país que mede o seu valor pelo que faz agora pelos seus cidadãos e pelas suas cidadãs, nascidos ou não aqui, falantes ou não de português, e não pelos mitos do passado, recusando o medo, o atavismo e a violência simbólica das nostalgias do salazarismo ou das utopias revolucionárias.
Somos por uma União Europeia assente numa verdadeira representação democrática dos seus cidadãos, com uma verdadeira Constituição e com políticas que ajudem os países mais pobres a aproximarem-se da média comunitária.
Somos pela dignificação do sistema político, trazendo para ele novas pessoas, abrindo espaços e diversidades de opiniões, exigindo accountability, e não somos pelo corte definitivo entre a cidadania e a representação ou por alternativas caudilhistas, presidencialistas ou que se deixem seduzir por suspensões da democracia.
Em finais de Setembro vamos ter de decidir em quem votamos. Sabemos que não votamos num PSD cuja líder simboliza praticamente tudo o que de negativo foi aqui elencado – uma política que aposta na negatividade e apela aos piores instintos de receio, fechamento, e honrada pobreza.
E muitos e muitas de nós estamos tentad@s a votar à esquerda do PS para punir políticas concretas – laborais ou educativas, nomeadamente.
Mas mais do que esses argumentos, racionais, espanta-me a onda emotiva que se instalou, para lá das queixas justas, através da repugnância em relação à figura de Sócrates, pintada com as cores da arrogância e do autoritarismo. Ela assenta, a meu ver, num equívoco de percepção: a ideia de que um líder de esquerda deveria ser ou uma figura de bonomia (Alegre?) ou de inflamação revolucionária (Louçã?) – mas nunca uma figura que governa no seu estilo próprio e sem obedecer a um guião estético ou a um folclore de referências específico.
Nesse sentido, Sócrates não “bate certo” com o guião cultural português (daí as acusações, como as de autoritarismo e arrogância, que não conseguem, a meu ver, acertar no alvo).
Neste momento de crise (que obriga o PS a pensar os erros da deriva neo-liberal da terceira via e do centrão), de desgaste do governo, de acumulação de asneiras por muitos ministros;
neste momento de criação de um clima de “derrota” (estabelecida pelos mecanismos retóricos e publicitários de uma comunicação social que em Portugal, ao contrário do resto da Europa, é estruturalmente conservadora);
neste momento em que o PS pode (e deve) ver-se obrigado a pensar à esquerda e a pensar em diálogos com muitos cidadãos e cidadãs das várias esquerdas, é o momento de escolher por onde passa a linha divisória entre esquerda e direita.
Pessoalmente não acredito que ela passe entre o PS e o Bloco.
Acredito que ela passa entre o PSD e o PS. Não quero o regresso do PSD, muito menos do PSD personificado por Manuela Ferreira Leite ou Santana Lopes.
Não concordo com várias das políticas deste governo PS que agora termina.
Não vi, ainda, o Bloco sair da lógica do “quanto mais dificuldades e tensões sociais melhor”, que o leva a apostar mais no “correr por fora” do que a valorizar as ideias e modos de uma das suas correntes fundadores (a que pertenci), a Política XXI.
Mas vejo pela primeira vez, no PS e sobretudo em Sócrates, sinais de um projecto de modernização para o país que se diferencia quer da tentação miserabilista da maior parte da direita, quer da tentação revolucionária da maior parte da esquerda.
Justamente num dos piores momentos por que aquele partido passa, e sem qualquer intenção de aderir de novo, enquanto filiado, a um partido, votarei pela primeira vez na vida no PS.».
segunda-feira, 13 de julho de 2009
A melancia ateia
Finalmente!
A prova definitiva e irrefutável de que Deus efectivamente não existe.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Carta de um contratado
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Não sei o que este Papa anda por aí a fumar…
Foi hoje noticiado que o Papa Bento XVI resolveu arengar aos incautos que o ouviam e recomendar aos participantes da Cimeira do G8 que decorre na cidade italiana de L’Aquila que «tomem decisões e orientações úteis para o verdadeiro progresso de todos os povos, em especial para os mais pobres».
Pelos vistos, aqui temos um líder religioso que vive como um nababo no meio da mais anacrónica opulência e que tem a autêntica lata de vir apelar aos interesses dos pobres.
Aqui temos um autêntico energúmeno, que resolve recomendar aos líderes mundiais «o verdadeiro progresso de todos os povos», quando é ele o primeiro a viver rodeado de ridículas celebrações mitológicas inventadas por pastores primitivos da Idade do Bronze e, do alto do inegável ascendente espiritual que infelizmente ainda tem sobre quase mil milhões de pessoas, recomenda que se discriminem os seres humanos em função das suas razões identitárias.
Como se não bastasse, ainda temos de assistir ao desplante místico deste alucinado tarado sexual vestido de trajes circenses a recomendar que se tomem «decisões e orientações úteis» quando é ele o primeiro a privilegiar os risíveis dogmas religiosos que professa sobre a própria vida humana.
Não sei o que este Papa anda por aí a fumar; mas deve estar estragado com certeza!
terça-feira, 7 de julho de 2009
Cristianismo
sábado, 4 de julho de 2009
Ateísmo
quinta-feira, 2 de julho de 2009
...a Deus o que é de Deus!
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Soapbox
Uma coisa é certa: ainda um dia se vai ouvir falar muito nestes tipos.
Os SOAPBOX ainda agora começaram, e já venceram o concurso do «Super Bock Super Rock Preload» e vão tocar no Estádio do Bessa no próximo dia 11 de Julho.
Para já, quem os quiser ver pode ir hoje mesmo ao Musicbox, em Lisboa.
(Fica ali na Rua Nova do Carvalho, nº 24 em Lisboa, mesmo ao pé da Rua do Alecrim e da Rua de São Paulo).
Uma pequena amostra da sua música pode ser encontrada AQUI.