segunda-feira, 8 de junho de 2009
Há males que vêm por bem
Ninguém pode estranhar os resultados destas eleições europeias.
A derrota do PS é pesada e traz com ela consequências políticas que nos próximos meses não deixarão de se reflectir na vida portuguesa.
Nem sequer a fortíssima abstenção ou as mais recentes sondagens da SIC para as próximas eleições legislativas (que favorecem o PS em cerca de 40%), diminuem o peso desta derrota.
Mas há que enquadrar estes resultados eleitorais na sua real perspectiva:
Há quatro anos que o Governo do Primeiro-ministro José Sócrates afronta interesses corporativos há décadas instalados e promove reformas políticas e sociais de fundo.
Reformas que todos reconhecem como urgentes e necessárias, mas que até agora nunca nenhum político teve coragem para implementar ou sequer para aconselhar.
Com uma coragem e uma coerência política a que não estamos habituados em Portugal, José Sócrates manteve o rumo das reformas que programou e acha correctas.
Reformas que todos reconhecem como urgentes e necessárias, mas que até agora nunca nenhum político teve coragem para implementar ou sequer para aconselhar.
Com uma coragem e uma coerência política a que não estamos habituados em Portugal, José Sócrates manteve o rumo das reformas que programou e acha correctas.
Mesmo sabendo o desgaste político e eleitoral que isso certamente lhe traria.
E é esse, em qualquer parte do mundo, o principal elogio que se pode fazer a um político e a um Primeiro-ministro!
E é essa coerência de princípios e essa mesma coragem política que se espera de José Sócrates nos próximos tempos, sem ceder à demagogia fácil da desonestidade política e intelectual só porque esta rende votos. Tal com o PSD acabou esta noite de nos demonstrar.
Mas talvez a principal consequência política a retirar destas eleições seja esta:
É que, com estes resultados, não há dúvida que por muitos meses se consolidou a liderança de Manuela Ferreira Leite à frente do PSD, que esmagou a concorrência interna e conquistou inequivocamente o capital político suficiente para levar o seu partido até às próximas eleições legislativas.
E isso, no meio desta pesada derrota eleitoral, é de facto uma excelente notícia para o Partido Socialista…
E é esse, em qualquer parte do mundo, o principal elogio que se pode fazer a um político e a um Primeiro-ministro!
E é essa coerência de princípios e essa mesma coragem política que se espera de José Sócrates nos próximos tempos, sem ceder à demagogia fácil da desonestidade política e intelectual só porque esta rende votos. Tal com o PSD acabou esta noite de nos demonstrar.
Mas talvez a principal consequência política a retirar destas eleições seja esta:
É que, com estes resultados, não há dúvida que por muitos meses se consolidou a liderança de Manuela Ferreira Leite à frente do PSD, que esmagou a concorrência interna e conquistou inequivocamente o capital político suficiente para levar o seu partido até às próximas eleições legislativas.
E isso, no meio desta pesada derrota eleitoral, é de facto uma excelente notícia para o Partido Socialista…