sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
O fundamento e a ética das suspeitas jornalísticas
Cândida Almeida, directora do DCIAP, a Judite de Sousa na RTP:
- O primeiro-ministro é ou não suspeito no “Caso Freeport”?
- Não, não é suspeito.
…
- Não existindo suspeita, ele aparece e está a ser investigado no âmbito de quê e porquê?
- Ele não está a ser investigado.
…
- O primeiro ministro tem falado em “campanha negra”.
- Eu se fosse um cidadão na situação dele, eu pensava isso; ou seja, pensava que eram coincidências a mais...
Ricardo Araújo Pereira, na «Visão» a propósito do «Caso Freeport»:
«O (terceiro) ponto menosprezado pela comunicação social tem a ver com o facto que precipitou a investigação. Ao que parece, o juiz desconfiou do modo como o projecto foi licenciado.
«De acordo com a descrição do magistrado, tudo se passou de forma impecável, célere e competente. Estava à vista de todos que alguma coisa estava mal.
«Em Portugal, este costuma ser um bom método para descobrir ilegalidades. Se um projecto é aprovado dentro do prazo, alguém anda a receber dinheiro por fora. Normalmente, quando alguma coisa corre bem, é sinal de que há moscambilha».