terça-feira, 4 de novembro de 2008
Um dia…
Os americanos vão hoje eleger o seu próximo presidente.
Independentemente de quem os «red necks» americanos decidam escolher por todos nós para determinar a política mundial nos próximos quatro anos e até daquilo que o seu peculiar sistema eleitoral ditar no final da contagem dos votos, estas eleições revestem-se de um significado muito especial.
Porque, independentemente da análise pessoal ou política dos candidatos, um McCain que pode ser presidente simplesmente porque tem um currículo de herói de guerra e uma inquebrantável determinação neo-liberal (no sentido europeu) e um Obama com preocupações sociais, sim, mas que tem mais a ganhar não por si, mas principalmente por oposição ao candidato republicano, uma coisa é certa:
Pela primeira vez numa eleição americana vão a votos, de um lado, um candidato negro, ainda por cima com vantagem em todas as sondagens e, do outro, uma mulher que por muito alucinada que seja pode estar «à distância de um carcinoma» de ser presidente dos Estados Unidos.
Tanto uma como outra situação seriam impensáveis há escassos 50 anos.
Como parecem distantes estas fotos que aqui vemos ao lado.
Mas é curioso como ao mesmo tempo elas são tão próximas e actuais.
E é aqui que reside o principal significado destas eleições americanas: é que elas constituem um passo gigantesco no longo caminho que ainda é preciso percorrer, até que um dia terminem de vez todas as discriminações.
Todas elas!