terça-feira, 18 de novembro de 2008
A avaliação do desempenho de uma profissão não a insulta. Pelo contrário, dignifica-a!
Não me interessa agora saber se fez bem ou se fez mal.
Muito menos me interessa agora saber se o devia ter feito há mais tempo, ou se não o devia sequer ter feito de todo.
Mas, o que é verdade é que o fez:
Depois de ser persistentemente acusada de autoritarismo, de ser ditadora, de "autismo" ou de ser um "quero, posso e mando", a ministra da Educação… cedeu.
De facto, Maria de Lurdes Rodrigues admitiu fazer alterações à avaliação dos professores, no que respeita a «condições de tempo, processuais, de desburocratização, de melhoria das condições de trabalho e de melhoria das condições de percepção da legitimidade dos avaliadores».
A ministra afirmou ainda: «considero que está ao nosso alcance de, em conjunto com os conselhos executivos, melhorar as condições da avaliação».
Mas, acontece que a ministra da Educação não desistiu das suas intenções de prosseguir com o processo de avaliação de desempenho dos professores.
Então, perante esta nova posição da ministra, o que decidiram os professores?
Perante as intenções ministeriais que referem expressamente a possibilidade de alteração de TODOS os aspectos do sistema de avaliação que têm sido alvo das críticas dos professores, mas sem desistir dos seus intentos de prosseguir no projecto global de levar a cabo a implementação de um sistema de avaliação de desempenho dos professores, o que decidiu a mui nobre classe e corporação dos professores?
Honrar o compromisso assumido com o ministério em Abril?
Renegociar o processo de avaliação?
Aproveitar agora a posição da ministra e sugerir melhorias ou alterações ao sistema?
Não!
Nada disso.
O que foi decidido foi «continuar a luta» e anunciar já para o próximo dia 3 de Dezembro uma «Greve Nacional dos Educadores e Professores», «vigílias» à porta do ministério e ainda greves regionais.
E, no dia 19 de Janeiro de 2009, por ocasião dos dois anos de publicação do "Estatuto da Carreira Docente" haverá nova Greve Nacional para encerrar todas as escolas do País.
Pois é:
Para quem ainda não conhecia a verdadeira intenção dos professores, a resposta aí está:
O que os professores portugueses pretendem não é negociar nem contribuir para a melhoria do processo. É mesmo A RECUSA de todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho que não seja uma «auto-avaliação» seguida de um «processo de reflexão», obviamente sem atribuição de notas que impeçam a progressão automática de todos até ao topo da carreira.
E são estes os professores que temos!
Uma classe profissional que se deixa infantilmente levar por manipulações políticas e despudoradamente arrasta nisso os alunos, e se assume agora às claras perante a sociedade portuguesa a pensar que está isenta do escrutínio das suas competências.
E que não se apercebe que, mesmo quando junta 100.000 dos seus numa manifestação, lança também sobre si o opróbrio, porque não se apercebe que a avaliação do desempenho de uma profissão não a insulta. Pelo contrário, dignifica-a!
Mas que perde também a dignidade perante a esmagadora maioria dos portugueses, que a cada nova manifestação fazem subir o partido do governo mais um pouco nas sondagens.
E se é unânime a sensação que todos nós temos de que o ensino em Portugal atingiu um lamentável nível de degradação e de vergonhosa complacência pela mediocridade, talvez, então, esteja aqui a explicação para tudo isso.
A diferença está em saber quem se conforma com isso, ou em saber quem diz:
- Senhora ministra: por favor, não desista!
A ministra afirmou ainda: «considero que está ao nosso alcance de, em conjunto com os conselhos executivos, melhorar as condições da avaliação».
Mas, acontece que a ministra da Educação não desistiu das suas intenções de prosseguir com o processo de avaliação de desempenho dos professores.
Então, perante esta nova posição da ministra, o que decidiram os professores?
Perante as intenções ministeriais que referem expressamente a possibilidade de alteração de TODOS os aspectos do sistema de avaliação que têm sido alvo das críticas dos professores, mas sem desistir dos seus intentos de prosseguir no projecto global de levar a cabo a implementação de um sistema de avaliação de desempenho dos professores, o que decidiu a mui nobre classe e corporação dos professores?
Honrar o compromisso assumido com o ministério em Abril?
Renegociar o processo de avaliação?
Aproveitar agora a posição da ministra e sugerir melhorias ou alterações ao sistema?
Não!
Nada disso.
O que foi decidido foi «continuar a luta» e anunciar já para o próximo dia 3 de Dezembro uma «Greve Nacional dos Educadores e Professores», «vigílias» à porta do ministério e ainda greves regionais.
E, no dia 19 de Janeiro de 2009, por ocasião dos dois anos de publicação do "Estatuto da Carreira Docente" haverá nova Greve Nacional para encerrar todas as escolas do País.
Pois é:
Para quem ainda não conhecia a verdadeira intenção dos professores, a resposta aí está:
O que os professores portugueses pretendem não é negociar nem contribuir para a melhoria do processo. É mesmo A RECUSA de todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho que não seja uma «auto-avaliação» seguida de um «processo de reflexão», obviamente sem atribuição de notas que impeçam a progressão automática de todos até ao topo da carreira.
E são estes os professores que temos!
Uma classe profissional que se deixa infantilmente levar por manipulações políticas e despudoradamente arrasta nisso os alunos, e se assume agora às claras perante a sociedade portuguesa a pensar que está isenta do escrutínio das suas competências.
E que não se apercebe que, mesmo quando junta 100.000 dos seus numa manifestação, lança também sobre si o opróbrio, porque não se apercebe que a avaliação do desempenho de uma profissão não a insulta. Pelo contrário, dignifica-a!
Mas que perde também a dignidade perante a esmagadora maioria dos portugueses, que a cada nova manifestação fazem subir o partido do governo mais um pouco nas sondagens.
E se é unânime a sensação que todos nós temos de que o ensino em Portugal atingiu um lamentável nível de degradação e de vergonhosa complacência pela mediocridade, talvez, então, esteja aqui a explicação para tudo isso.
A diferença está em saber quem se conforma com isso, ou em saber quem diz:
- Senhora ministra: por favor, não desista!