domingo, 5 de outubro de 2008

 

O Papa é Católico?



Na «TSF» e no «Correio da Manhã» podemos ler que uma vez mais o Papa Bento XVI voltou a afirmar a total condenação do uso do preservativo e de todos os métodos artificiais de contracepção.
Os casais que usam métodos anticoncepcionais «estão a negar a verdade do amor conjugal», diz “o Santo Padre”.

E Bento XVI só admite que as relações sexuais, mesmo dentro do casamento, não tenham como objectivo único a procriação se existirem «circunstâncias graves» que levem a adiar o nascimento dos filhos.
Nesse caso só existe uma solução:
- Respeitar os ritmos naturais de fertilidade da mulher.

Quer isto dizer, então, que um casal que não queira ter mais filhos deixa de ter «circunstâncias graves» que lhe permitam recorrer ao método da contagem dos dias de fertilidade da mulher para terem relações sexuais. E então, pelos vistos, acabou-se o sexo! Acabou-se o pecado!

Talvez esteja aí a explicação para o ar alucinado com que tanta gente se passeia por aí na rua. Talvez seja mesmo essa a explicação para algumas das mais peregrinas ideias que vemos alguns líderes políticos andarem por aí a defender.

Mas o Papa é um aldrabão!

Porque o Papa sabe bem que uma coisa é certa: o preservativo é o método mais eficaz para combater a infernal disseminação da SIDA que se verifica em todos os cantos do nosso planeta.

Por que motivo, então, o Papa persiste em proibir o uso do preservativo e usar a sua influência e o seu ascendente espiritual sobre milhões de pessoas nesse sentido, quando sabe bem que se os usasse em sentido oposto poderia salvar literalmente milhares de vidas?

Diz o Papa que o uso do preservativo é «negar a verdade do amor conjugal».
Mas isso é só mais uma das mais despudoradas aldrabices de quem pensa que para se ser um bom cristão é preciso ser também tarado sexual.

Na verdade, se a proibição do uso do preservativo, apesar de contribuir para a disseminação da SIDA, se justifica catolicamente com a «verdade do amor conjugal» porque impede a procriação, mas se ao mesmo tempo a doutrina católica permite como método contraceptivo a contagem dos dias de infertilidade da mulher, então… por que motivo não aconselha o Papa o uso do preservativo nem que fosse somente nesses precisos dias de infertilidade da mulher e quando de facto não impede a procriação, mas só que desta vez unicamente para impedir a propagação da SIDA, ao menos nesses dias?

A resposta é simples: o Papa não o faz porque é um hipócrita imundo!
Porque, bem acima dos valores da vida humana, para este Papa e para os seus cúmplices neste autêntico genocídio ainda estão meia dúzia de dogmas imbecis proclamados por pastores analfabetos da Idade do Ferro.




<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com