terça-feira, 14 de outubro de 2008
«O Arquipélago da Insónia»
«Os livros deviam ter não o nome do autor mas o nome do leitor; o livro é escrito pelo leitor quando o está a ler. E até é lido por vários “eus” porque se eu leio um livro agora e se o vou ler daqui a um ano, já é um livro diferente…».
Já aqui tinha postado uma entrevista de Mário Crespo a António Lobo Antunes, a propósito, então, do lançamento do seu livro «O meu nome é Legião».
Um raro momento de televisão que bem demonstra que «a entrevista é a arte do silêncio do entrevistador, e é também uma capacidade de ouvir e de não brilhar à custa do entrevistado...».
Dessa memorável entrevista ficarei para sempre a recordar esta frase de Lobo Antunes:
«As minhas amizades foram sempre instantâneas: a gente conhece uma pessoa, e fica amigo de infância...».
Agora, desta vez a propósito de «O Arquipélago da Insónia», o novo livro de António Lobo Antunes, tenho uma vez mais o privilégio de poder aqui postar uma outra entrevista deste notável escritor (será no próximo ano que a Comissão Nobel o reconhece devidamente?) a Mário Crespo no «Jornal das 9» da SIC do passado dia 10 de Outubro.
Como não podia deixar de ser, e tal como então disse e se torna irresistível não repetir, trata-se de uma entrevista absolutamente imperdível, e que somente é possível quando se encontram um escritor, que é também uma personagem realmente notável, com um jornalista de excepção, e indubitavelmente um dos melhores jornalistas portugueses – e que tenho o imenso privilégio de contar entre os meus grandes amigos.
O Arquipélago da Insónia - Parte I
O Arquipélago da Insónia - Parte II
O Arquipélago da Insónia - Parte III
O Arquipélago da Insónia - Parte IV