sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

 

Religion is Bullshit



No "post" anterior perguntava o que se deverá pensar de uma religião que abençoa a morte.

Nunca falha:
A resposta é recorrente e sempre a mesma: então e os ateus?

Já desisti de tentar fazer entender a pessoas que usam a sua fé como duas palas em frente aos olhos a irracionalidade deste comentário, ainda por cima dito assim com um gáudio um pouco babado e como se fosse a descoberta da pólvora.
Como fazer entender a esta gente que nunca houve nenhuma guerra em nome do ateísmo?
Como fazer entender a esta gente que se uma chacina ou um campo de concentração se devem a um qualquer facínora que é ateu, tal não significa que isso corresponda a uma prática ou a uma «filosofia ateísta» ou que os ateus devam como que partilhar essa responsabilidade.

Seria como criminalizar todos os homens que usam bigode porque Estaline e Hitler usavam bigode, todos os espanhóis pelas mortandades de Pizarro ou todos os americanos pelas cretinices de George Bush.

Como fazer entender a esta gente que quando tentam encontrar um qualquer paralelismo entre uma barbaridade praticada em nome do seu Deus e uma outra pretensamente praticada em nome do ateísmo não só não a «justificam» como... ainda a confirmam!
E com ela, afinal, se identificam!!!

E no final, claro está, nem uma palavra sobre o tema fundamental da questão: o que pensar, de facto, sobre uma religião que abençoa alguém que vai matar e as próprias armas com que o vai fazer?
O significado simbólico é inegável. E não carece de mais explicações.

E se no "post" se fala em concreto de um soldado americano a combater no Iraque, como explicar a alguém cuja fé, ou o mesmo é dizer, cuja irracionalidade lhe embota os sentidos, que não é pelo facto de a Igreja Católica não aprovar a guerra do Iraque ou pelo facto de o Papa ser ter manifestado contra ela, que fica esquecido o simbolismo de morte que é a bênção religiosa de um canhão que vai ser utilizado para matar homens, mulheres e crianças, agora como que sob uma espécie de beneplácito do Deus dos católicos?
Uma vez mais um simbolismo com que concordam e com o qual se identificam.

E que raio de argumento é esse de que a Igreja Católica e o Papa são contra a guerra do Iraque?
Será preciso fazer uma resenha histórica das guerras que a Igreja católica apoiou e das que foram iniciadas pelos próprios Papas? Será preciso falar das cruzadas? Dos passaportes diplomáticos do Vaticano oferecidos para os criminosos de guerra nazis fugirem para a América do Sul? Do apoio da Igreja às ditaduras por esse mundo fora, a começar por Portugal?

Quanto sangue correu já, quantas mortes, quanto sofrimento foram causados em nome de Deus e em nome dessa coisa estapafúrdia e imbecil que é a «fé»?

Que pensar de uma pessoa que, apesar disso, persiste em reafirmar essa fé e esse mesmo Deus de ódio, de preconceito, de sofrimento e de morte?

Talvez a melhor maneira de responder a tudo isso seja o humor e o sarcasmo.
Então, sendo assim, talvez seja melhor dar a palavra a um especialista na matéria, George Carlin, neste seu «stand up» intitulado «Religion is Bullshit».

Porque, de facto, é verdade: a religião é uma merda!




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