segunda-feira, 23 de julho de 2007
Concorrência Desleal
No primeiro dia em que foi posto oficialmente à venda «Harry Potter and the Deathly Hallows», o sétimo e último livro da autoria de J. K. Rowling vendeu, só nos Estados Unidos, mais de 8 milhões e 300 mil cópias.
Calcula-se que os seis primeiros livros da série tenham vendido por esse mundo fora cerca de 325 milhões de cópias.
Mas a popularidade destes livros está muito longe de ser pacífica.
De facto, ainda era somente o lídimo herdeiro das pias virtudes católicas de Tomás de Torquemada e o ilustre presidente da Santa Inquisição (hoje conhecida pelo eufemismo de «Congregação Para a Doutrina da Fé») e já Joseph Ratzinger era um opositor feroz dessa coisa maligna e perversa que são os livros de Harry Potter.
Hoje, já como Papa e com a alcunha de Bento XVI, o Rottweiller de Deus que usa sapatinhos vermelhos não mudou de ideias, e continua a pensar que estes livros demoníacos com as descrições dos feitiços e das virtudes mágicas das personagens das histórias de J. K. Rowling deveriam exigir a intervenção da mão férrea da «A.S.A.E.», e ser definitiva e terminantemente proibidos.
E com muita razão:
Porque não há qualquer dúvida que cada novo livro das aventuras de Harry Potter é mais uma inequívoca manobra de uma despudorada concorrência desleal, face às patranhas impingidas aos incautos pela Igreja Católica.