sexta-feira, 6 de outubro de 2006
A Inflexibilidade Ministerial
Segundo o «Público», mais de 20 mil professores desfilaram ontem em Lisboa contra a revisão do «Estatuto da Carreira Docente».
Segundo o inefável Paulo Sucena, secretário-geral da «Fenprof», terá mesmo sido a maior manifestação de sempre de professores de que há memória.
É, de facto, um número impressionante.
E, por isso, inegavelmente significativo!
E o que defendem os professores que assim se manifestaram em tão grande, impressionante e significativo número?
Ainda segundo o próprio Paulo Sucena, os professores consideram condenável a atitude de «extrema inflexibilidade» do Ministério da Educação «em questões fundamentais e decisivas para o futuro da profissão docente».
E que questões fundamentais são essas, que o Ministério da Educação quer implementar e contra as quais os professores são contra?
É muito simples: entre outras coisas, estes senhores professores pretendem o acesso automático ao topo da carreira a todos os docentes pela sua mera antiguidade e independentemente do mérito profissional demonstrado no exercício da sua profissão, e são veementemente contra a avaliação do seu desempenho.
Ora, é sabido que, em qualquer profissão, só os maus trabalhadores temem uma diferenciação ou uma progressão nas suas carreiras baseadas no mérito.
Os bons profissionais não as temem; porventura até as desejam.
Serão então estes que hoje se manifestaram aqueles que lutam contra a proposta ministerial de uma efectiva avaliação do desempenho dos professores?
Todos estes vinte mil?
- Senhora Ministra: por favor não desista!