quarta-feira, 20 de setembro de 2006

 

Os Direitos Adquiridos



Ainda a propósito do debate sobre o estado da educação em Portugal, o «Expresso» noticia esta semana que a ministra da Educação enviou já para promulgação um decreto-lei que visa a reconversão profissional dos professores incapacitados para dar aulas e a sua transferência das escolas para outros serviços da Administração Pública.

Existem neste momento cerca de dois mil professores que, embora tenham sido submetidos a juntas médicas que atestaram a sua incapacidade para dar aulas, continuam a permanecer nas escolas a que estão afectos e a receber o seu vencimento ao fim do mês.
E entre uns trabalhitos na biblioteca ou a fazer as contas da cantina, por lá se arrastam o dia todo a fazer não se sabe bem o quê.

O que o Ministério da Educação pretende, é precisamente acabar com esta insólita situação, e aproveitar e rentabilizar a força de trabalho destes professores para tarefas que possam efectivamente desempenhar, estando mesmo prevista a realização de novas juntas médicas e a frequência de cursos de formação para adaptação aos novos postos de trabalho.

Como não podia deixar de ser, os sindicatos dos professores acham muito bem a situação que actualmente se verifica e estão veementemente contra esta iniciativa da ministra da Educação.

Provavelmente porque pretendem defender o direito adquirido e inalienável de cada um destes professores continuar a receber o seu vencimento para passar o dia na escolas a roçar o cu pelas paredes.

Não é com certeza por demais repetir:
- Senhora ministra: por favor, não desista!




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