sexta-feira, 30 de junho de 2006

 

O Ilhéu da Triste Figura



As notícias que dizem respeito ao Bokassa da Madeira, o inefável presidente do Governo Regional Alberto João Jardim já não surpreendem ninguém.

Perdido há longos anos o sentido de Estado, Alberto João Jardim demonstra agora que também perdeu definitivamente o sentido do ridículo.
Ele e todos aqueles (e quem conhece a Madeira bem o sabe), que gravitam à sua volta e o bajulam como vulgares sabujos à espreita de umas migalhas do orçamento regional que lhes caia no chão.

Por isso, ninguém ficará admirado com a notícia de que este presidente da Região Autónoma das Bananas acabou de manifestar a sua inteira solidariedade com o Presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, que sugeriu que os funcionários do Ministério do Ambiente fossem corridos à pedrada.
Estão mesmo bem um para o outro, não há dúvida.

Mas o deslumbramento místico da criatura vai muito mais longe!

Provavelmente convencido que é assim uma espécie de semi-deus nem se apercebe, coitado, que não tem um único amigo.
E nem sonha o papel profundamente ridículo que desempenha em todo o país – e até mesmo na Madeira – quando os que o rodeiam se riem fingida e cinicamente das suas piadas de mau gosto e dos seus actos de grande inspiração política, sem se aperceber da sua triste figura e de que ninguém se atreve a dizer-lhe que não pelo simples medo cobarde de perder o seu quinhão do bolo.
Deve ser por isso que anda convencido que não é uma besta!

Será também por isso que depois de se ter recusado a comemorar o 25 de Abril na Madeira, Alberto João Jardim vai celebrar amanhã os 30 anos de autonomia regional, e organizou uma cerimónia oficial onde os partidos da oposição estão impedidos de usar da palavra.

Não contente com isto, Alberto João Jardim vai ainda mais longe nas suas patéticas provocações aos «cubanos» do «Contenente», e desta vez à lei do Protocolo de Estado, mais uma lei em que se resolveu borrifar, ao atribuir no protocolo regional das comemorações um lugar de destaque ao bispo do Funchal, ao mesmo tempo que impediu o Ministro da República, que é o representante do Governo Central e do país no seu conjunto, de ter assento oficial na cerimónia.


E eu confesso que estou farto deste gajo!
E estou farto que ninguém tenha tomates para o meter na ordem!

Nem os sucessivos presidentes da República, nem a Assembleia da República, nem os Governos, uns atrás dos outros, nem a Justiça.
Nem sequer o seu próprio partido político tem a dignidade de sequer se pronunciar.
Lá a meter-se com o Valentim Loureiro e com o Isaltino, Marques Mendes atreveu-se; agora chatear o Alberto João, é que está quieto!
E o nosso ilustre Presidente da República, Prof. Aníbal Cavaco Silva, o «mais alto magistrado da Nação» e também «o garante do regular funcionamento das instituições democráticas», tem pelos vistos tanta coragem como os presidentes que o antecederam para dar umas palmatoadas àquele ditadorzeco de meia tigela, e então anda a fingir que não sabe o que se passa.

Por isso, e para acabar com esta vergonha nacional, das três uma:

- Ou metem depressa o indivíduo na linha;
- Ou lhe dão um pontapé no rabo e correm com ele para as Selvagens pregar às gaivotas;
- Ou dão a independência àquela porcaria.

E então, não só se poupava uma pipa de massa, ao mesmo tempo deixava de haver motivo para uma chantagem mesquinha que dura há trinta anos, e ainda por cima deixava de existir a autêntica vergonha nacional que é associarem-me por esse mundo fora à perfeita idiotia deste ilhéu da triste figura.




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