sexta-feira, 9 de junho de 2006

 

E quem não concordar…



Vai agora para sete anos, na bela cidade de Guimarães, os alunos resolveram zangar-se com o Ministério da Educação, se a memória não me falha, por causa das provas globais de final do ano.

O Ministério é que não podia ficar a ganhar, como é bom de ver.
Então, e como além do mais a cidade de Guimarães é o berço da nossa nacionalidade, toda a malta decidiu resolver o problema de forma tipicamente portuguesa.

Foi então que 300 alunos resolveram todos adoecer ao mesmo tempo, o que lhes permitiu faltar à prova.
Vai daí, todos os 300 apresentaram ao mesmo tempo atestados médicos, passados por 70 ilustres clínicos da cidade berço, todos afiançando – obviamente por sua honra – que os meninos estavam todos muito doentes, coitados.

Como o que é demais não presta, e o país inteiro já se ria à conta do esturro a que esta história cheirava, o Ministério Público lá decidiu intentar procedimento criminal contra esta malta toda.
Malta toda esta que, por diversas vicissitudes legais e processuais, acabou reduzida a 16 estudantes e 14 médicos, os únicos que foram a julgamento.
Sim, porque não ir ninguém até parecia mal.

Pois bem: o Tribunal de Guimarães decidiu absolver a malta toda por falta de provas, por ter sido impossível determinar se os alunos, todos ou apenas alguns, estavam de facto doentes e, consequentemente, saber se os atestados médicos correspondiam ou não à realidade.

E pronto: o problema está resolvido e toda a gente, como de costume, foi para casa em paz.

E quem não concordar, olhe... que meta atestado!




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