quarta-feira, 5 de abril de 2006
Cá para nós, tudo bem!
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Depois, atiraram-no ainda com vida, para o fundo de um poço no piso subterrâneo de um parque de estacionamento, onde viria a morrer afogado.
Os jovens internos já há muito que conheciam a vítima, que aliás se divertiam frequentemente a provocar.
Ora, como seria de esperar a entidade responsável pela instituição onde estavam internados os jovens abriu um rigoroso inquérito aos acontecimentos.
Os resultados desse inquérito, agora divulgados, concluíram pela “inexistência de qualquer violação dos regulamentos das «Oficinas de São José»”.
Quer isto dizer que, segundo a entidade responsável por aquela instituição, 12 menores, alguns deles no princípio da adolescência, estão perfeitamente autorizados a sair a altas horas da noite e nenhum regulamento violam se resolverem divertir-se a espancar até à morte um ser humano.
Provavelmente porque os jovens são membros de uma respeitável instituição católica e porque o morto era simplesmente um homossexual.
Só resta dizer que a entidade responsável pelas «Oficinas de São José» e pelo resultado deste brilhante inquérito é a Diocese do Porto.
Está, portanto, tudo bem.
É sempre bom quando conhecemos com mais profundidade os valores pelos quais se regem as instituições católicas...