quinta-feira, 26 de janeiro de 2006

 

Deus caritas est



O Papa Bento XVI acabou de publicar a sua primeira Encíclica.


Com o título «Deus caritas est» (Deus é amor) esta Encíclica fala de caridade e de marxismo mas, estranhamente e por incrível que pareça, é na sua grande maioria dedicada... ao sexo.

Confesso que não entendo esta persistente obsessão da Igreja Católica pelo sexo.
Nem entendo esta fobia em considerar sujo e pecaminoso tudo o que se relacione com o sexo ou com o relacionamento erótico entre as pessoas.

É como se a abstinência sexual forçada tornasse esta gente doentiamente obcecada pelo tema e, como uns vulgares tarados sexuais, não os deixasse ver mais nada à frente e os impelisse compulsivamente a não falar de outra coisa.
E a arrogarem-se até em especialistas na matéria.

Até lhes fica mal: pôr o Papa ou a Madre Teresa de Calcutá a falar de sexo é a mesma coisa que pôr Saddam Hussein a falar de direitos humanos ou pôr Cavaco Silva a falar de bolo-rei ou a dar uma conferência de imprensa a dizer o que pensa.

Nesta Encíclica, o Papa Bento XVI considerou que o sexo sem amor incondicional torna os homens e as mulheres em simples mercadorias.

É pena o Papa não saber que o mesmo acontece ao amor incondicional sem sexo...




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