sábado, 12 de novembro de 2005

 

O Jantar



Prontos!

Realizou-se já o “Primeiro Grande Jantar” do «Random Precision».

Vindos de todos os pontos do país os comensais foram chegando a essa grande metrópole cosmopolita que é a Ponte de Frielas, causando grandes perturbações no trânsito e dores de cabeça às forças policiais destacadas preventivamente para o evento.
E, obviamente, a natural curiosidade dos autóctones que aproveitaram a oportunidade para ver de perto os convidados a quem insistentemente pediam autógrafos em folhas de papel em que nitidamente se distinguiam “prints” do «Random Precision».

Depois, já preservados da curiosidade da turba em ebulição pelo Corpo de Segurança Especial da P.S.P., que aqui e ali teve de usar a força física para afastar alguns indígenas mais recalcitrantes, os convidados entraram no restaurante onde, artisticamente dispostas em luxuosas mesas e ladeadas por espectaculares esculturas em gelo, os esperavam fabulosas iguarias preparadas pelos mais afamados cozinheiros de renome internacional.
Só a título de exemplo, basta dizer que eu comi um bife com natas, com batatas fritas e um ovo a cavalo, obviamente muito mal passado.

Uma maravilha!

O jantar contou ainda à cabeceira com a iluminação proporcionada pela careca do Menir, agora destituído das pilosidades faciais que lhe davam aquele ar abichanado mas que, contudo e paradoxalmente, me pareceu agora incrementado.

Ali bem perto, disputando com a Tt o deslumbramento dos mais próximos, a Pachita (que não teve o mesmo cuidado de trazer um guarda-costas tão cordial como eficiente) procurava dar conta do indisfarçado assédio que lhe dispensavam o Bock e o Fininho, e até o Zeca, que chegou mais tarde porque antes do jantar ainda teve de ir estraçalhar mais um carro.

Aqui e ali outros frequentadores do «Random Precision» protegidos pelo abichanado anonimato da falta de coragem para escrever na caixa de comentários (alguns, quem sabe, na mira de uma inesperada oportunidade de investimento), admiravam o estrelato dos comentadores habituais, como por exemplo o Resmas e o Zéquinha Coronel que falavam da imperiosa necessidade que certas pessoas têm de possuir um Porsche.

Depois, mais ao longe e sob o olhar atento e fascinado do Lágico, do Zé, da Lusitana e da Tó, a Palmira e o Frei Tomás desempenhavam a missionária conversão ao ateísmo de alguns autores de Blogs vizinhos.
Pareceu-me que com um inesperado, embora disfarçado sucesso...

Já lá mais para o fundo, o Geolouco procurava a conversão ao bloguismo dos mais recalcitrantes convidados, que o ouviam em pânico não fosse ele começar a tentar convencê-los que os professores são uma classe profissional sacrificada e sem férias.

Para o final da noite o Bock conseguiu arrastar os mais corajosos para o Cachodré, onde os enfiou num cubículo de 30 metros quadrados a que deram o nome de «Tóquio», provavelmente em homenagem ao Vareta, onde estavam 200 pessoas a saltar ao som de «heavy metal».


Enfim, um sucesso!
E para um primeiro jantar não estava nada mal.

Dadas as complexidades logísticas da organização de um evento com estas dimensões, a organização prepara já o próximo jantar, onde se esperará a presença de alguns frequentadores do «Random Precision» que desta vez não compareceram.

Ou por serem distante gente rude do campo, ou simplesmente por um abichanado temor de ainda virem a ser convertidos ao ateísmo...




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