sexta-feira, 4 de novembro de 2005
O Apoio Autárquico
Nos próximos dias 5 a 13 de Novembro terá lugar o «Congresso Internacional para a Nova Evangelização», um evento organizado pelo Patriarcado de Lisboa.
Até aqui tudo bem:
Se todos os anos fazem congressos de curandeiros e burlões congéneres em Vilar de Perdizes, porque não hão de estender iniciativas semelhantes à capital?
Pois é!
Mas o problema é que este certame tem o apoio da Câmara Municipal de Lisboa.
Quer isto dizer que o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Engº. Carmona Rodrigues, do alto do seu elevado critério lá deve ter achado que lhe sobrava algum dinheiro das obras municipais e, vai daí, resolveu apoiar logística e financeiramente esse tal congresso publicitário e promocional da seita religiosa cujos ensinamentos tão calorosa e fervorosamente perfilha.
Com dinheiros públicos, claro está!
Como se não soubesse que a laicidade do Estado português está constitucionalmente imposta, o Engº. Carmona Rodrigues vem agora fazer de conta que é um completo irresponsável político.
Fez mesmo afixar na Praça Marquês de Pombal um placard gigantesco, e de custos obviamente proporcionais, onde publicita galhardamente o evento e o seu apoio municipal.
Não hesitou mesmo em desfigurar horrendamente a estética do local com uma enorme imagem iconográfica da mulher semi deificada a quem os dogmas religiosos têm impedido de “pecar” mesmo quando, coitada, lhe encomendaram que concebesse um filho.
E como se não fosse já bastante a protecção municipal, a Câmara Municipal de Lisboa, capitaneada pelo Engº Carmona Rodrigues, em despudorada cumplicidade com o Patriarcado decretou que a minha cidade natal ficará «sob a protecção de Nossa Senhora» após uma procissão de velas.
Não que isso me aqueça ou arrefeça:
Pois é!
Mas o problema é que este certame tem o apoio da Câmara Municipal de Lisboa.
Quer isto dizer que o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Engº. Carmona Rodrigues, do alto do seu elevado critério lá deve ter achado que lhe sobrava algum dinheiro das obras municipais e, vai daí, resolveu apoiar logística e financeiramente esse tal congresso publicitário e promocional da seita religiosa cujos ensinamentos tão calorosa e fervorosamente perfilha.
Com dinheiros públicos, claro está!
Como se não soubesse que a laicidade do Estado português está constitucionalmente imposta, o Engº. Carmona Rodrigues vem agora fazer de conta que é um completo irresponsável político.
Fez mesmo afixar na Praça Marquês de Pombal um placard gigantesco, e de custos obviamente proporcionais, onde publicita galhardamente o evento e o seu apoio municipal.
Não hesitou mesmo em desfigurar horrendamente a estética do local com uma enorme imagem iconográfica da mulher semi deificada a quem os dogmas religiosos têm impedido de “pecar” mesmo quando, coitada, lhe encomendaram que concebesse um filho.
E como se não fosse já bastante a protecção municipal, a Câmara Municipal de Lisboa, capitaneada pelo Engº Carmona Rodrigues, em despudorada cumplicidade com o Patriarcado decretou que a minha cidade natal ficará «sob a protecção de Nossa Senhora» após uma procissão de velas.
Não que isso me aqueça ou arrefeça:
Só que a Câmara Municipal de Lisboa devia explicar melhor que tipo de protecção é esta proporcionada por «Nossa Senhora» e se até vai aproveitar o ensejo para dar uma merecida folga aos esforçados funcionários do piquete do Serviço Nacional de Protecção Civil em serviço na capital, dada a óbvia desnecessidade de uma duplicação de protecções.
O Engº. Carmona Rodrigues, que já como responsável político resolveu borrifar na Constituição do Estado onde vive, aproveitou esta anómica embalagem e, agora como piedoso católico, resolveu marimbar-se também nas determinações divinas e fazer de conta que desconhece a proibição bíblica de adoração de imagens ou ícones.
Então, conluiado com o Cardeal Patriarca, decerto mais habituado a estas andanças da interpretação extensiva da Bíblia, o Engº Carmona Rodrigues, correndo mesmo o risco de ser acusado de co-autoria material no crime de atentado ao pudor, vai proporcionar todo o apoio autárquico ao transporte da imagem da Virgem desde a Capelinha das Aparições, na Cova da Iria, até à exibição pública em diversos locais da capital portuguesa.
A acompanhar a imagem virá a sua sagrada coroa, onde foi incrustada a bala que feriu o Papa João Paulo II no atentado da Praça de São Pedro.
Presumo que já depois de ser desinfectada...
Só espero que este famigerado exemplo não frutifique!
Caso contrário ainda havemos de assistir ao custeio e ao suporte logístico municipal a iniciativas de outras seitas religiosas.
Havia de ser bonito assistirmos à promoção e à comparticipação financeira das autarquias por esse país fora a iniciativas como o dia da «Sagrada Tenda Insuflável» da Igreja Maná, a festa da «Sagrada Habituação à Poligamia» da Igreja Mórmon, o «Dia Nacional do Toque às Campainhas» das Testemunhas de Jeová e outras coisas assim do género.
Quem sabe até se a cerimónias de exorcismo de adversários políticos...
Se o Engº Carmona Rodrigues quer comparticipar e apoiar as iniciativas promocionais da sua religião, que o faça do seu próprio bolso.
Não o faça é com o dinheiro dos outros!
O Engº. Carmona Rodrigues, que já como responsável político resolveu borrifar na Constituição do Estado onde vive, aproveitou esta anómica embalagem e, agora como piedoso católico, resolveu marimbar-se também nas determinações divinas e fazer de conta que desconhece a proibição bíblica de adoração de imagens ou ícones.
Então, conluiado com o Cardeal Patriarca, decerto mais habituado a estas andanças da interpretação extensiva da Bíblia, o Engº Carmona Rodrigues, correndo mesmo o risco de ser acusado de co-autoria material no crime de atentado ao pudor, vai proporcionar todo o apoio autárquico ao transporte da imagem da Virgem desde a Capelinha das Aparições, na Cova da Iria, até à exibição pública em diversos locais da capital portuguesa.
A acompanhar a imagem virá a sua sagrada coroa, onde foi incrustada a bala que feriu o Papa João Paulo II no atentado da Praça de São Pedro.
Presumo que já depois de ser desinfectada...
Só espero que este famigerado exemplo não frutifique!
Caso contrário ainda havemos de assistir ao custeio e ao suporte logístico municipal a iniciativas de outras seitas religiosas.
Havia de ser bonito assistirmos à promoção e à comparticipação financeira das autarquias por esse país fora a iniciativas como o dia da «Sagrada Tenda Insuflável» da Igreja Maná, a festa da «Sagrada Habituação à Poligamia» da Igreja Mórmon, o «Dia Nacional do Toque às Campainhas» das Testemunhas de Jeová e outras coisas assim do género.
Quem sabe até se a cerimónias de exorcismo de adversários políticos...
Se o Engº Carmona Rodrigues quer comparticipar e apoiar as iniciativas promocionais da sua religião, que o faça do seu próprio bolso.
Não o faça é com o dinheiro dos outros!