terça-feira, 6 de setembro de 2005

 

Roger Waters






George Roger Waters nasceu no dia 6 de Setembro de 1943.



Em 1965 Roger Waters formou com Syd Barrett uma das mais famosas bandas de Rock ‘n Roll de todos os tempos, os Pink Floyd, cujo nome foi inspirado em dois músicos americanos de “blues” que ambos admiravam: Pink Anderson e Floyd Council.

A formação original dos Pink Floyd (que Roger Waters acabou por abandonar em meados dos anos 80) incluía ainda Richard William Wright (Rick Wright) e Nicholas Berkeley Mason (Nick Mason).
Mais tarde, já em 1968, David Gilmour juntou-se ao grupo.


Tive oportunidade de conhecer pessoalmente Roger Waters, com quem conversei por ocasião dos dois concertos que deu em Lisboa em Maio de 2002, e pedi-lhe para me autografar algumas capas de discos, ao que acedeu com grande simpatia e afabilidade, escrevendo: «To Luís, best wishes, Roger Waters».




A personalidade e a obra de Roger Waters estão profundamente marcados pela morte de seu pai, que nunca conheceu, ocorrida em 1944 durante a batalha da testa de ponte de Anzio, somente alguns meses após o seu nascimento, e reflectem um profundo desprezo pela hierarquia e pelas instituições militares.

É absolutamente inegável o brilhantismo da obra musical e a excelência da composição e da execução de Roger Waters, logo desde os primeiros álbuns dos Pink Floyd, com um rock mais pesado e de influência marcadamente psicadélica, até às suas últimas obras a solo, de conteúdo muito mais elaborado, passando pelo inexcedível «The Dark Side of the Moon», que ainda hoje, mais de 30 anos depois da sua publicação, ocupa regularmente lugares cimeiros nos tops de vendas.

Mas é o álbum «The Wall» por muitos considerado uma das melhores composições de Rock ‘n Roll de sempre, que será sempre visto como a obra prima de Roger Waters.
A inspiração e o conceito desta obra surgiram-lhe quando se surpreendeu a si próprio a cuspir num fan mais exaltado durante um concerto no Canadá, e que Roger Waters explica assim:

«Nos velhos tempos, antes do “Dark Side of the Moon”, os Pink Floyd tocavam para audiências que, pela sua dimensão, permitiam uma intimidade e uma conexão que eram mágicas.
«Contudo, o sucesso tomou conta de nós e por volta de 1977 já tocávamos em estádios de futebol.
«A magia desapareceu esmagada com o peso dos números, e todos nós fomos ficando viciados na armadilha da popularidade.
«Então, dei comigo cada vez mais alienado nessa atmosfera de avareza e egoísmo.
«Até que uma noite, no “Olympic Stadium” em Montreal, o caldeirão das minhas frustrações rebentou: um amalucado fan adolescente tentava trepar a rede que nos separava da manada humana em frente do palco, gritando a sua devoção aos “semi-deuses” que não conseguia alcançar.
«Perturbado pela sua atitude e pela minha própria conivência, cuspi a minha frustração na sua cara.
«Mais tarde, nessa noite e de volta ao hotel, chocado pela minha própria atitude, fui confrontado com uma escolha: negar a minha dependência e conformar-me com aquela existência “comfortably numb”, aquele “limbo confortável” mas sem magia, ou aceitar o fardo da compreensão, tomar o caminho mais difícil e embarcar numa viagem, indubitavelmente dolorosa, para descobrir quem eu era e onde eu próprio me encaixava.
«The Wall foi o quadro que eu pintei para me ajudar a mim próprio a fazer essa escolha».




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