terça-feira, 21 de junho de 2005

 

A fertilização “in vitro”



Segundo a CNN, os principais especialistas mundiais na matéria acreditam que a Igreja Católica, agora entusiasmada com o seu retumbante sucesso em Itália com a campanha, e o subsequente referendo, contra a pesquisa e o estudo de embriões e contra o desenvolvimento da fertilização “in vitro”, irá prosseguir uma ofensiva global, centrada principalmente nos países de maior influência católica, tentando alcançar o mesmo objectivo à escala mundial.

O presidente da Sociedade Europeia para a Reprodução Humana e Embriologia, professor Arne Sunde, acredita que a intervenção do Vaticano não se fique pela Itália:
«Uma vez que esta é, obviamente, uma das suas principais motivações, o novo Papa tentará passar a mesma mensagem noutros países onde a Igreja Católica tem grande influência; quando o Vaticano usar o seu peso e a sua influência política, o tratamento da infertilidade será uma das coisas que certamente será sacrificada».
«Mas o verdadeiro objectivo é a guerra contra as células estaminais; o cerne da questão é o estatuto moral do embrião nas primeiras fases posteriores à fecundação»

Desde que há 27 anos nasceu o primeiro “bebé-proveta”, já nasceram quase dois milhões de crianças de fertilizações “in vitro”. Estima-se que um em cada seis casais tenha problemas de fertilidade, e que esse número tenda a crescer.

A lei italiana não só baniu completamente a doação de esperma como proibiu a pesquisa e o congelamento de embriões.
Simultaneamente permite que somente três óvulos sejam fertilizados de cada vez, e obriga à implantação de todos eles no útero da mulher. O que, como é óbvio, aumenta a probabilidade de uma gravidez múltipla e aumenta exponencialmente o seu risco para a mulher.


A crer nesta notícia, um dos países que estará na mira da Igreja Católica para a implementação desta campanha será certamente Portugal, tido pelo Vaticano como um permeável e fiel amigo das doutrinas e das influências deste inefável país estrangeiro. Basta ver pela Concordata.

Ou seja:
Se por força de um qualquer problema de infertilidade de um casal, uma mulher portuguesa tiver dificuldade, ou não puder mesmo engravidar, e se a sua única opção for a fertilização “in vitro”, talvez seja esta a melhor ocasião para se apressar.

Não vá dar-se o caso de aparecer por aí uma lei semelhante à italiana, e o casal ainda venha a ser impedido de ter um filho.

Por ordem e determinação da Santa Madre Igreja!



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