sexta-feira, 20 de maio de 2005
A Arrogância Yankee
Não há dúvida que em toda a sua campanha iraquiana os americanos se têm revelado ao mundo.

Um país comandado por um ditador sanguinário, sim, mas um país tão soberano como a Coreia do Sul ou Cuba.
Invadido à revelia das mais básicas noções de Direito Internacional, unicamente para satisfazer negociatas obscuras de multinacionais ligadas à própria administração americana.
Depois, com os escândalos da prisão de Abu Ghraib, e com as torturas e as humilhações infligidas aos prisioneiros de guerra iraquianos, algumas das quais registadas em fotografias.
Depois, com os escândalos da prisão de Abu Ghraib, e com as torturas e as humilhações infligidas aos prisioneiros de guerra iraquianos, algumas das quais registadas em fotografias.

Agora, e para cúmulo, é a vez de Saddam Hussein ser mostrado em roupa interior, fotografado pelos seus próprios guardas à porta da cela da prisão onde está detido, na mais abjecta humilhação a um Chefe de Estado derrotado, exibido ao mundo como um simples troféu de caça.
Quando um imperador romano regressava das suas conquistas e desfilava aclamado pelo povo em parada triunfal pelas avenidas da capital do Império, seguia com ele na quadriga que o transportava um escravo, que não só segurava uma coroa de louros sobre a sua cabeça, num gesto simbólico de grandiosidade e de vitória, mas que lhe repetia constantemente: «lembra-te que és humano!».
De facto, a grandiosidade e a dignidade dos homens – e também a dos povos – mais do que na derrota, revelam-se nas vitórias que conquistam!