quarta-feira, 30 de março de 2005
Johnnie Cochran
Johnnie Cochran
(2 de Outubro de 1937 – 29 de Março de 2005)
Johnnie Cochran, provavelmente o advogado mais famoso do mundo, morreu ontem aos 67 anos de idade, de uma doença neurológica.
Johnnie Cochran nasceu em Shreveport, no estado da Louisiana, Estados Unidos da América, de uma família descendente de escravos.
Depois de se licenciar em direito, na Califórnia, fez o exame à barra no ano de 1963. O seu primeiro emprego foi na divisão criminal do Ministério Público, em Los Angeles.
Mas, logo dois anos depois, optou pela advocacia privada e cedo fundou a sua própria firma, a «Cochran, Atkins & Evans» que ganhou fama nos anos 70 com a defesa de alguns casos mediáticos relacionados com brutalidade policial.
O seu caso mais famoso, em 1994, foi sem dúvida a defesa de O. J. Simpson, acusado do sangrento homicídio da ex-mulher, Nicole Brown Smith e do namorado desta, Ron Goldman.
À frente de uma extraordinária equipa de advogados famosos e sumptuosamente pagos, que ficaram conhecidos como o «Dream Team», como F. Lee Bailey, Robert Shapiro ou Barry Scheck, Johnnie Cochran conseguiu, contra todos os prognósticos, a absolvição de O. J. Simpson.
Na ocasião, não pude deixar de seguir diariamente na «Sky News» quase todas as sessões do julgamento e o impressionante desempenho daquela equipa de advogados milionários, cada um com a sua especialidade específica, e com todas as suas tarefas rigorosamente definidas com um profissionalismo indescritível.
(2 de Outubro de 1937 – 29 de Março de 2005)
Johnnie Cochran, provavelmente o advogado mais famoso do mundo, morreu ontem aos 67 anos de idade, de uma doença neurológica.
Johnnie Cochran nasceu em Shreveport, no estado da Louisiana, Estados Unidos da América, de uma família descendente de escravos.
Depois de se licenciar em direito, na Califórnia, fez o exame à barra no ano de 1963. O seu primeiro emprego foi na divisão criminal do Ministério Público, em Los Angeles.
Mas, logo dois anos depois, optou pela advocacia privada e cedo fundou a sua própria firma, a «Cochran, Atkins & Evans» que ganhou fama nos anos 70 com a defesa de alguns casos mediáticos relacionados com brutalidade policial.
O seu caso mais famoso, em 1994, foi sem dúvida a defesa de O. J. Simpson, acusado do sangrento homicídio da ex-mulher, Nicole Brown Smith e do namorado desta, Ron Goldman.
À frente de uma extraordinária equipa de advogados famosos e sumptuosamente pagos, que ficaram conhecidos como o «Dream Team», como F. Lee Bailey, Robert Shapiro ou Barry Scheck, Johnnie Cochran conseguiu, contra todos os prognósticos, a absolvição de O. J. Simpson.
Na ocasião, não pude deixar de seguir diariamente na «Sky News» quase todas as sessões do julgamento e o impressionante desempenho daquela equipa de advogados milionários, cada um com a sua especialidade específica, e com todas as suas tarefas rigorosamente definidas com um profissionalismo indescritível.
No final do julgamento, ficaram célebres as extraordinárias alegações finais de Johnnie Cochran, provavelmente das mais brilhantes da história da advocacia e que, sem qualquer dúvida, influenciaram decisivamente o júri no sentido da absolvição.
Recordo a repetição exaustiva, de forma a marcar e a impressionar profundamente cada um dos jurados, da fórmula «if it doesn't fit, you must acquit».
Cochran referia-se a uma fase decisiva do julgamento quando a acusação intimou O. J. Simpson a calçar uma das luvas usadas pelo assassino e a luva... não lhe serviu.
Depois da absolvição de O. J. Simpson, Johnnie Cochran ficou inquestionavelmente associado à imagem de uma determinada «justiça» que nos Estados Unidos da América favorece quem pode pagar os honorários milionários de advogados de renome, em detrimento daqueles que, mesmo inocentes, correm o risco de ser condenados depois de uma defesa negligente ou menos competente.
Cochran referia-se a uma fase decisiva do julgamento quando a acusação intimou O. J. Simpson a calçar uma das luvas usadas pelo assassino e a luva... não lhe serviu.
Depois da absolvição de O. J. Simpson, Johnnie Cochran ficou inquestionavelmente associado à imagem de uma determinada «justiça» que nos Estados Unidos da América favorece quem pode pagar os honorários milionários de advogados de renome, em detrimento daqueles que, mesmo inocentes, correm o risco de ser condenados depois de uma defesa negligente ou menos competente.
Em Portugal, como é óbvio, passa-se rigorosamente o mesmo.