terça-feira, 1 de fevereiro de 2005

 

O Regicídio


No dia 1 de Fevereiro de 1908 o Rei de Portugal, D. Carlos I, a Rainha D. Amélia e os seus filhos D. Luís Filipe e D. Manuel regressavam de Vila Viçosa.
Quando a carruagem que os transportava atravessou o Terreiro do Paço, surgiram do meio da multidão Alfredo Costa e Manuel Buiça que dispararam contra a família real portuguesa.

O Rei D. Carlos teve morte imediata. O príncipe herdeiro do trono, D. Luís Filipe foi também mortalmente ferido, acabando por falecer alguns minutos depois, e o seu irmão D. Manuel foi ferido num braço.
Os regicidas foram imediatamente abatidos no local pela Guarda Real, e mais tarde identificados como membros do Partido Republicano.
Com a morte de D. Carlos, sucedeu-lhe o seu filho mais novo, D. Manuel II, que reinou até à implantação da República, a 5 de Outubro de 1910.

Embora fosse tido como um homem culto e dedicado às ciências, D. Carlos I foi um rei muito criticado pelos gastos sumptuosos e pelas aventuras extra-conjugais que protagonizava sem muito recato, embora nunca tenha ligado qualquer importância às críticas populares.
Durante o seu reinado, Portugal foi declarado falido por duas vezes (a 14 de Junho de 1892 e a 10 de Maio de 1902), e os tratados que celebrou com a Inglaterra para a definição das fronteiras das colónias de África foram tidas como cedências ainda hoje pouco explicadas.

Terá constituído uma das causas próximas do levantamento da oposição republicana, e provavelmente do próprio regicídio, a determinação por parte de D. Carlos da ditadura militar protagonizada pelo General João Franco.

Recentes avaliações das evidências balísticas têm sugerido a existência de mais regicidas desconhecidos no meio da multidão, para além dos que foram detectados e mortos na ocasião.



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