quarta-feira, 2 de fevereiro de 2005

 

O Macaco Adriano


Não sei a quem atribuir a frase, mas é de facto bem apanhada:
«mesmo que nas próximas eleições apresentasse o Macaco Adriano como candidato a Primeiro-ministro, o PSD obtinha sempre pelo menos 30% dos votos»; o resto vem «por acréscimo».

Assim é, de facto.
Mas a rábula atingiu agora uma actualidade acrescida:
Primeiro, porque as últimas sondagens dão ao PSD de Santana Lopes pouco mais de 27% das intenções de voto.
O que, para já, quer dizer que a comparação com o Macaco Adriano não tem favorecido o Primeiro-ministro.

Depois, porque destas últimas tácticas de campanha a achincalhar a própria pessoa de José Sócrates, se pode chegar sem quaisquer dúvidas a uma conclusão: Santana Lopes não tem mesmo jeito nenhum para isto!
Ao som dos concertos para violino de Chopin, Santana Lopes atingiu o seu nível de incompetência. O seu «Princípio de Peter».
Às vezes até faz pena...

Desesperado com as sondagens desfavoráveis, ora parece um elefante dentro de uma loja de porcelanas e ameaça processar as empresas de sondagens; ora parece um palhaço num circo de terceira categoria, tentando fazer rir os espectadores, com umas pantominas já requentadas e sem graça.
E quando se julgava que Santana Lopes já não podia descer mais baixo, que já tinha batido no fundo, uma vez mais o nosso Primeiro-ministro nos surpreende:
Com base numa campanha de boatos sobre a sexualidade de José Sócrates (e que toda a gente suspeita agora que foi propositadamente lançada), não hesitou em cometer a indignidade de fazer alusões nos comícios de campanha «ao nome que se dá aos meninos que não querem brincar», em dizer que o outro candidato prefere «outro tipo de colos», depois de mandar colar cartazes a dizer «sabe quem é este homem?»

E quando Sócrates se indignou, Santana Lopes não hesita em insultar a inteligência de 10 milhões de portugueses e vem com ar cândido fazer de conta que não disse aquilo que todo o País o ouviu a dizer.
Vem pura e simplesmente mentir!
E vem dar razão ao ditado que diz que «não há pior imbecil do que aquele que pensa que os outros são imbecis».

Santana Lopes só sabe agora uma coisa: faça o que fizer, desça o que descer, terá sempre uma franja do eleitorado que fechará o olhos e votará cegamente em si, talvez pensando que está a votar no PSD.

Mas uma coisa é certa:
depois deste triste espectáculo que dá de si aos portugueses, quer como Primeiro-ministro, quer como político, quer até como pessoa, já não surpreenderá ninguém que nas próximas eleições Santana Lopes nem sequer consiga chegar aos 30% do Macaco Adriano...



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