domingo, 30 de janeiro de 2005
O Chanceler
No dia 30 de Janeiro de 1933, Adolf Hitler tomou posse como Chanceler da Alemanha, depois de ter sido nomeado pelo Presidente von Hindenburg.
Apenas algumas horas após o anúncio oficial da morte de Hindenburg, a 2 de Agosto de 1934, Hitler funde as funções de Presidente e Chanceler passando a intitular-se Führer. Esta fusão foi alguns dias mais tarde confirmada num plebiscito que obteve 89,9% de votos favoráveis.
Adolf Hitler começa então um regime de terror, que suportou nas sinistras S.A., S.S. e Gestapo, e desde os primeiros dias, com ferozes leis anti-semitas.
Em 1935, com as Leis de Nuremberga, os judeus perdem mesmo o seu estatuto de cidadãos alemães e são proibidos de tomar quaisquer lugares na função pública, de exercer profissões ou de tomar parte na actividade económica.
Em 1938, após a «Noite de Cristal» Hitler ordena o seu envio sistemático para os diversos campos de extermínio.
Hitler sempre soube rodear-se dos apoios que considerava momentaneamente mais convenientes. Desde Francisco Franco (a quem apoiou com a célebre «Legião Condor» na Guerra Civil Espanhola), a Mussolini, a Estaline e até ao próprio Vaticano, e que lhe foram dando abertura para anexar a Áustria, para invadir a Checoslováquia e, mais tarde, a Polónia, dando início à 2ª Guerra Mundial.
Provavelmente devido à obediência cega do povo alemão à sua liderança, e ao esmagador apoio plebiscitário que antes obtivera e que frequentemente invocava, Adolf Hitler não teve praticamente oposição às suas políticas. As próprias Igrejas Cristãs, impregnadas de séculos de anti-semitismo, permaneceram num silêncio cúmplice.
Algumas até ao dia de hoje.