quarta-feira, 26 de janeiro de 2005
A Filha
De um dia para o outro, começaram a aparecer em vários jornais notícias sobre a filha de Nené, o conhecido ex-futebolista do Benfica.
Paula Filipa Gonçalves contou em detalhe ao «Correio da Manhã» o trajecto da sua vida, desde que nasceu rapaz até que se tornou modelo profissional, após ter sido submetida a uma intervenção cirúrgica para mudança de sexo.
Desde criança que era já notório que a Filipa revelava comportamentos e uma personalidade marcadamente femininos. Os psicólogos e os psiquiatras em nada ajudaram.
E o trajecto não deve ter sido nada fácil, com os preconceitos de todos os que a rodeavam, os insultos e a chacota na escola e na rua e, principalmente, com a sua própria afirmação como pessoa.
Mas Paula Filipa Gonçalves sempre teve a compreensão e o apoio dos pais:
«O meu pai já tinha um filho e desejava muito uma rapariga e o destino acabou por fazer-lhe a vontade». E sempre esteve ao seu lado desde o primeiro momento em que percebeu que estava perante «um filho diferente», reconhecendo que «é muito difícil um pai perceber que tem um filho que se olha ao espelho e se vê como mulher, mas que ao despir-se da cintura para baixo nota que algo não encaixa naquele corpo».
O apoio do pai foi total, quer financeiro quer humano: «O meu pai gastou fortunas». «Nunca precisei de trabalhar ou de prostituir-me porque tive o apoio incondicional dos meus pais. Se não fossem eles não estaria aqui.»
Entrevistado também por aquele matutino, Nené declarou que quando se apercebeu da situação sofreu um «choque enorme»: «Como é normal, porque ela era um filho, não é? Passados cinco ou seis anos depararmo-nos com uma situação completamente nova é complicado, mas quando não somos nós a ajudar os filhos quem os irá ajudar? Sabíamos que a Paula também devia estar a sofrer com tudo isto. Queríamos ve-la feliz»
«Expulsá-la de casa nunca foi uma opção. Os pais que expulsam os filhos de casa só porque estes sofrem de um problema, podem estar a abrir-lhes a porta da prostituição, da droga, porque os transsexuais que não tem outra saída para arranjar dinheiro para fazerem a operação de mudança de sexo tentam obtê-lo através dessas vias. E eu nunca faria isso com nenhum filho».
Mas Paula Filipa Gonçalves sempre teve a compreensão e o apoio dos pais:
«O meu pai já tinha um filho e desejava muito uma rapariga e o destino acabou por fazer-lhe a vontade». E sempre esteve ao seu lado desde o primeiro momento em que percebeu que estava perante «um filho diferente», reconhecendo que «é muito difícil um pai perceber que tem um filho que se olha ao espelho e se vê como mulher, mas que ao despir-se da cintura para baixo nota que algo não encaixa naquele corpo».
O apoio do pai foi total, quer financeiro quer humano: «O meu pai gastou fortunas». «Nunca precisei de trabalhar ou de prostituir-me porque tive o apoio incondicional dos meus pais. Se não fossem eles não estaria aqui.»
Entrevistado também por aquele matutino, Nené declarou que quando se apercebeu da situação sofreu um «choque enorme»: «Como é normal, porque ela era um filho, não é? Passados cinco ou seis anos depararmo-nos com uma situação completamente nova é complicado, mas quando não somos nós a ajudar os filhos quem os irá ajudar? Sabíamos que a Paula também devia estar a sofrer com tudo isto. Queríamos ve-la feliz»
«Expulsá-la de casa nunca foi uma opção. Os pais que expulsam os filhos de casa só porque estes sofrem de um problema, podem estar a abrir-lhes a porta da prostituição, da droga, porque os transsexuais que não tem outra saída para arranjar dinheiro para fazerem a operação de mudança de sexo tentam obtê-lo através dessas vias. E eu nunca faria isso com nenhum filho».
«A Paula teve todo o nosso apoio, e esteve sempre à altura das nossas expectativas».
Já conhecia o Nené como futebolista.
Um grande futebolista.
Conheço-o agora como homem.
Um grande HOMEM!
Já conhecia o Nené como futebolista.
Um grande futebolista.
Conheço-o agora como homem.
Um grande HOMEM!