quarta-feira, 12 de janeiro de 2005
A Defesa da Honra
Alvo de críticas generalizadas pelas circunstâncias que rodearam a sua visita a São Tomé e Príncipe, o ministro da Presidência Nuno Morais Sarmento resolveu convocar uma conferência de imprensa com carácter de urgência, para «defender a sua honra».
De facto, Morais Sarmento disse que a polémica gerada em torno da sua visita atingiu proporções que considera «inaceitáveis», embora não tenha explicado o que tenciona fazer após tal consideração.
Mas, quando toda a gente esperava um esclarecimento, uma explicação que fosse, a defesa da honra do Sr. Ministro não passou por desmentir uma única das acusações que lhe foram imputadas.
Não.
Passou antes por um auto-elogio curricular muito emocionado, e pelo anúncio de logo à sua chegada a Lisboa tinha posto o seu lugar à disposição do Primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes.
No entanto, Morais Sarmento informou que Santana Lopes não só não tinha aceite a sua demissão como até lhe tinha reiterado toda a confiança no exercício das suas funções.
Ou seja: pelos vistos, a conferência de imprensa serviu somente para Morais Sarmento dividir com o Primeiro-ministro a responsabilidade política do regabofe que protagonizou.
No entanto, Morais Sarmento informou que Santana Lopes não só não tinha aceite a sua demissão como até lhe tinha reiterado toda a confiança no exercício das suas funções.
Ou seja: pelos vistos, a conferência de imprensa serviu somente para Morais Sarmento dividir com o Primeiro-ministro a responsabilidade política do regabofe que protagonizou.