quarta-feira, 29 de dezembro de 2004

 

Silêncio, que se vai cantar o fado!


aqui comentei que o PSD ofereceu nada menos que quatro deputados a dois partidos cuja força eleitoral não representa, em conjunto, mais de 0,5%.
Trata-se do «Movimento Partido da Terra» e de um célebre grupo de fadistas às vezes também conhecido como «Partido Popular Monárquico».

Sabe-se já que quem vai representar o P.P.M. na Assembleia da República serão Miguel Pignatelli Queiroz, presidente do partido, e o fadista Nuno da Câmara Pereira.
E podemos desde já conhecer quais os principais contributos que na sede do Poder Legislativo podemos esperar destes «adeptos da Coroa».
Pignatelli Queiroz afirmou que «o PPM não vai incluir o referendo sobre a monarquia no programa, embora esta seja a linha de força do partido e a primeira prioridade do PPM», sem se esquecer de dizer que considera a Constituição Portuguesa como «completamente antidemocrática».
E sem explicar com que intenção vai jurar cumpri-la quando for eleito.

Por sua vez, Nuno da Câmara Pereira, que como toda a gente sabe é um artista, referiu que o acordo eleitoral que o transformará em legislador foi sem dúvida um bom acordo, tanto para o PPM como para o PSD.
O futuro deputado, cujo sucesso artístico, a julgar pelo número de discos vendidos, deverá encontrar o seu público exclusivamente nos eleitores do P.P.M., ficou conhecido nas últimas eleições autárquicas pelas denúncias de casos de corrupção na Câmara de Sintra.
Embora nos últimos tempos se mantenha estranhamente silencioso, mesmo perante o escândalo recentemente vindo a público e envolvendo já a gestão de Fernando Seara, como foi o caso do estranho loteamento do «Belas Clube de Campo», de André Jordan, que aqui relatei em pormenor.
O fadista referiu ainda que tem uma visão «muito pessimista» do cargo de deputado, não explicando, contudo, o que vai fazer para o melhorar.



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