segunda-feira, 13 de dezembro de 2004

 

Concílio de Trento


No dia 13 de Dezembro de 1545 teve início o Concílio de Trento.
Convocado por Paulo III, o Papa que ficou conhecido por em 1536 ter concedido autorização para a introdução formal da Inquisição em Portugal, durante o reinado de D. João III, o Piedoso, foi o 19º Concílio Ecuménico da Igreja e, após 25 sessões plenárias, terminou em 1563.
Quando o Concílio se iniciou já a Reforma Protestante se tinha espalhado por todos os países da Europa, pois teve lugar 28 anos depois do rompimento de Martinho Lutero com Roma (em outubro de 1517) e nove anos depois da primeira edição das "Institutas" da religião cristã, de Calvino, em 1536.

Neste Concílio procurou-se a melhoria da conduta do clero, formulando-se legislação com o objectivo de eliminar os abusos, e foi determinado que os sacerdotes deveriam residir junto às paróquias, os bispos, na sede episcopal, e os monges e freiras nos seus mosteiros e conventos.

Mas, em tempos de expansão da Reforma Protestante, o Concílio decidiu marcar ainda mais profundamente as diferenças que a opunham à Igreja Católica: enquanto os protestantes proclamavam que são as Sagradas Escrituras a única regra de fé e prática dos cristãos, o Concílio colocou a tradição e os dogmas papais no mesmo pé de igualdade com a Bíblia e declarou que a tradução latina da Bíblia, a Vulgata, era suficiente para qualquer discussão dogmática e que só a Igreja tem o direito de interpretar as Escrituras.
O Concílio reafirmou ainda a doutrina da transubstanciação, aprovou as preces dirigidas directamente aos santos, definiu o sacrifício da missa e a existência do purgatório e ensinou que a justificação é o resultado da colaboração entre a graça de Deus e as obras meritórias do crente.

E, como não podia deixar de ser, defendeu a continuação da concessão de indulgências.




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