quarta-feira, 1 de dezembro de 2004

 

O naufrágio


É curioso como é do interior do seu próprio partido que se levantam as mais críticas vozes à liderança de Pedro Santana Lopes, logo no próprio dia em que soçobra o seu Governo.
Com declarações, proferidas pelos mais notáveis militantes partidários, como: «Candidatar o actual primeiro-ministro nas legislativas era entregar o poder de bandeja ao PS. Os desastres e os insucessos têm as suas consequências»
Decerto porque constitui sensação generalizada que o PSD sob a liderança de Santana Lopes sofreria uma pesada derrota face ao PS de Sócrates se as eleições fossem hoje, mas também porque as mais recentes sondagens apontam inequivocamente nesse sentido.
Mas é mais curioso notar que, quando Durão Barroso saiu, foram essas mesmas vozes que no Conselho Nacional do PSD elegeram Santana Lopes presidente do partido – por unanimidade!
E foram essas mesmas vozes que há escassas duas semanas transformaram o congresso do PSD num autêntico comício - amorfo e completamente acrítico - de mera e formal consagração de Santana Lopes.

Pedro Santana Lopes caiu agora em desgraça. Perante este «naufrágio», são essas mesmas vozes (são sempre elas) as primeiras a abandonar o navio...




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